31 de julho de 2014

259 - INFLUÊNCIA

259 por Carine Würch - SEMANA 09

A influência de Jamila Salimpour na dança do ventre nos Estados Unidos é reconhecido por seus fãs e seus inimigos. Por um lado, ela estudou muito, treinou muito e codificou o que ainda não havia sido descrito no mundo ocidental. De outro lado, ela introduziu um folclore popular e aspecto circense em seu trabalho, que ela nunca dizia ser autêntico, mas que muitos puristas condenam como enganosa. No entanto, se alguém toma a posição de que a dança do ventre é entretenimento, e os artistas estão aqui para atestar, a incorporação do exótico figurino, música e teatro feitos por Jamila Salimpour, pode muito bem ter salvo a dança do ventre da extinção, como o Ballet Russo salvou o ballet. (texto de Maura Enright)
Fotos: Photos © Robert Altman; all rights - robert@altmanphoto.com
The Marriage of Raggedy Robin to Raggedy Jane - May 1, 1971 - Glide Church, San Francisco
Fotos: Photos © Robert Altman; all rights - robert@altmanphoto.com
The Marriage of Raggedy Robin to Raggedy Jane - May 1, 1971 - Glide Church, San Francisco
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The Marriage of Raggedy Robin to Raggedy Jane - May 1, 1971 - Glide Church, San Francisco
Fotos: Photos © Robert Altman; all rights - robert@altmanphoto.com
The Marriage of Raggedy Robin to Raggedy Jane - May 1, 1971 - Glide Church, San Francisco

30 de julho de 2014

260 - TATUAGEM FACIAL

260 por Natália Espinosa -  SEMANA 09


Bem, gente, uma coisa que eu AMO no tribal é a tatuagem facial. É claro, Jamila Salimpour usava essas tatuagens em suas performances, o que não era comum para dançarinas de dança do ventre na época. 

Estas tatuagens faciais, feitas por dançarinas de tribal com kajal ou kohl (ou lápis de olho e delineador, ahem :p) são chamadas Harquus e utilizadas por povos do norte da África (e adjacências), e muitas vezes são tatuagens de verdade, outras vezes são feitas com henna

Segundo um artigo do Tribal Talk, em algumas tribos essas tatuagens eram específicas para cada família ou linhagem, para que seus ancestrais pudessem saber que você pertencia à família após a sua morte. Este site possui informações sobre essas tatuagens, clique nos artigos:

29 de julho de 2014

261 - A DANÇA II

261 por Maria Carvalho -  SEMANA 09


Então, outro dia estava observando os efeitos da dança num grupo de pessoas com 70 à 90 anos, tem noção do que é isso?

Uma amiga Nilsa (Deus a tenha) dizia "o dia que não danço é um dia perdido", qdo se foi perto dos 90 anos...ela dançava todos os dias e segundo o sábio Zaratrusta de Nietzsche, ele só poderia crer num Deus que soubesse dançar.

A dança é o ópio, vivemos embriagados e enebriados nesta cortina, que quando aberta nos suga a alma e cospe fogo no palco da vida.

Cuspindo fogo pelas ventas... xeros e vamo q vamo!!!

28 de julho de 2014

262 - A DANÇA

262 por Maria Carvalho - SEMANA 09


Pessoal, peço licença pra postar um vídeo que me impactou demais!!!! 


Bruna Gomes numa interpretação que me deixou uns 30 segundos sem respirar, apneia!!! Sei que o tema do grupo são as Pilares e tudo mais, qual a relação então? 

Muito se fala do que é a tribal... cada um tem sua interpretação (alguns tem uma distorção celular), contudo há uma convergência universal: corpo, idade, padrões estéticos... tudo foi parar no esgoto quando Jamila e Masha deixaram o corpo num terceiro plano e potencializaram a dança. 

Assim sendo, foi isso que senti na Bruna.

27 de julho de 2014

263 - DUETO {vídeo}

263 por Maria Carvalho - SEMANA 08

Publicado em 22/03/2012
An improvised finger cymbal duet between Jamila Salimpour and Suhaila Salimpour at Rakkasah West 2005. Learn more about the Salimpour finger cymbal instructional method from Jamila's "Playing Finger Cymbals with Jamila" CD available by download at www.SuhailaStore.com

26 de julho de 2014

264 - SALIMPOUR LEGACY

264 por Carine Würch - SEMANA 08 - UM LEGADO FAMILIAR


Após esse festival (Renaissance Faire), o nome de Jamila só cresceu, se tornando uma referência para a dança do ventre americana. 

Sua família passou também a se dedicar à dança do ventre: sua filha, Suhaila Salimpour começou a dançar aos 3 anos de idade, e hoje é uma dançarina renomada, e sua neta Isabella parece percorrer o mesmo caminho. 

Jamila, já com 88 anos, não mais se apresenta em shows, mas oferece workshops e aulas na escola de sua filha, permanecendo como um ícone da dança do ventre e tribal em todo o mundo. 

** As fotos são uma delícia! ** 


 

Aniversário da grande-mãe Jamila Salimpour em Agosto de 2010.
Lindas, novamente no aniver de Jamila Salimpour, em 2013 
Aniversário da Suhaila Salimpour em 2013.

25 de julho de 2014

265 - BAL ANAT {vídeo}

265 por Maria Carvalho - SEMANA 08

Versão do Bal Anat - para o Tribal Fest 12. Quem encontrar um vídeo do Tributo que as alunas fizeram para Jamila, recentemente, publica pra nós.


24 de julho de 2014

23 de julho de 2014

267 - ENCONTRO DE ALMAS

267 por Maria Carvalho - SEMANA 08

Encontro de Almas! Penso que subir no palco com pessoas que se somam faz repercutir, em todos, uma vibe poderosa. A química é um elemento a mais, que agrega confiança, energia e poder para quem está em evidência.

É certo e insofismável que todos estão expostos a diversos tipos de energia, da vuduzada àquela que nos alimenta a alma, assim sendo se proteger da maneira que lhe for possível, é de lei.

Fico imaginando o magnetismo de Miss J em cena... o campo de atração, fascínio e hipnotismo. E não é assim que deveríamos nos sentir com todos aqueles que sobem e demonstram sua essência? Mas de qual essência falamos? Daquela que se despe de EGOS, falsos endeusamentos....e delineia o contato com a ancestralidade. Não importa tua idade, peso, cor... a unica relevância é se deixar possuir pelas deidades e se desnudar, afinal a tribal é antônima a lantejoulites.

Tribo é sinônimo de família, união... vc já encontrou sua tribo?

21 de julho de 2014

269 - JAMILA

269 por Carine Würch - SEMANA 08

Texto de Shareen el Safy - Moldando um legado por Shareen El Safy - http://thebestofhabibi.com/vol-13-no-4-fall-1994/jamila-salimpour/


"Foi uma busca visionária que me levou para o centro de São Francisco, há quase três décadas, para conhecer Jamila Salimpour. Eu tinha viajado até a Costa, da nossa casa em Big Sur com, Peter Fels (um escultor, cuja imaginação com tubos de água e banheiras de hidromassagem, vendeu para The Who, Jefferson Airplane, Frank Zappa e os Smothers Brothers). Diane Webber, minha primeira professora, já havia trabalhado com Jamila no Bagdad, em São Francisco, e altamente recomendado ela. Meu primeiro encontro com a dança tinha sido no Renaissance Pleasure Faire no sul da Califórnia, seis meses antes, onde eu tinha visto Diane dançar, vibrantemente vestida em seda, no palco com músicos do Oriente Médio. Eu pensei, "Uau, uma dança de verdade feito por uma mulher de verdade: Inteira, elegante, inteligente, sensual, trazida de outro país." (Aliás, Feiruz Aram fez sua estréia na mesma Renaissance Pleasure Faire, com dança improvisada em um gramado.)



A contínua busca pessoal de identidade e autenticidade me levou ao estúdio de Jamila Salimpour na Van Ness em Sao Francisco em uma noite de outono em 1967. Quando entrei na grande sala com painéis de madeira, fiquei surpresa com a intensidade de envolvimento que eu encontrei lá . Um círculo de cerca de setenta e cinco bailarinos, em três anéis concêntricos, no sentido anti-horário., estavam lado a lado, em torno dançarina solo no meio da sala. Era um grupo energético cujos rostos e torsos nus pingavam suor através ondulações e shimmys, zaghareeting, enquanto os nomes dos passos eram chamados. A sala então trocava a formação, e ansiosamente começava uma nova seqüência de combinações, como as janelas escorrendo umidade. Hipnótico e interiorizada, a música inspirava dançarinos vigorosas. Juntando-se ao círculo, meus olhos foram atraídos para o centro do vórtice."


QUEM ESTAVA LÁ??? Jamila Salimpour! Logo mais, tem mais! 
Depoimento de Shareen El Safy

20 de julho de 2014

19 de julho de 2014

271 - O CHAMADO

271 Maria Carvalho - SEMANA 07



As danças que desenvolvemos com o espírito provocam uma catarse em nós. Provavelmente assim sentiu Jamila, somente algo espiritual pode ter uma força tão eloquente em quem assiste e pratica, o chamado de Miss J veio aos 16 anos e mesmo com todos percalços, um casamento falido, as dificuldades do início, as incertezas da criação de algo diferente de tudo que já se viu, houve a determinação de seguir adiante.


No Odissi acredita-se no contato com a divindade, como uma linhagem que alcança a Deusa. Quando o bailarino dança com sua verdade emerge a compreensão do divino que nos habita.

Na Tribal que preconiza união (tribo), a quebra dos egos e a formação de um ser coletivo, criado da junção dos que se encontram no palco (da vida) é o canal direto com o divino. Acredito no poder das energias, do compartilhar e creio que quando encontramos nossos pares o que se vê no palco é o real sentido da TRIBO - todos são um só.

Para alguns a dança será um CHAMADO...daquele que não compreendemos, aprender e buscar conhecimento será a missão e o momento de subir ao palco e se conectar com o divino o TESUDAL ORGASMO COLETIVO. Xeros.

18 de julho de 2014

272 - JAMILA

272 por Carine Würch - SEMANA 07

Onde Jamila Salimpour NÃO dançou...


Pois é, minha gente, fazendo nossa busca incessante sobre novas informações dos nosso Pilares Tribais, deparei com este texto, da autoria de Jamila, contando como surgiu um dos primeiros clubes de sucesso em Los Angeles, e que ela não foi convidada para dançar... (seus músicos tocavam lá, ela dançava eventualmente quando ia assistir os shows, mas não era paga para fazer apresentações.

Dêem uma lida: 

16 de julho de 2014

274 - ZAGAREET

274 por Maria Carvalho - SEMANA 07


Sons, quanto mais melhor!!!

Lendo uma declaração de Jamila sobre a época em que apresentava sua trupe nas feiras, algo me chamou atenção, não havia eletricidade, afinal queriam reproduzir a realidade do século XVI, então os sons demandavam pela autenticidade do ao vivo e em cores!

Já falamos sobre as dificuldades em encontrar músicos, para os específicos instrumentos que Miss J apresentava junto a BAL ANAT e assim... juntava-se a maior quantidade de músicos e sons possíveis. 

EIS QUE VEIO PRA FICAR, o zagareet, a ululação que conhecemos como nosso querido lililililililili.

13 de julho de 2014

277 - JOHN COMPTON

277 por Maria Carvalho - SEMANA 06


Voltando ao John Compton e a presença masculina na dança que nos encanta... Excelente domingo (restinho dele) a todos.

12 de julho de 2014

278 - DANÇA COM JARRO / POTE

278 por Maria Carvalho - SEMANA 06

Lembram que falamos sobre os improvisos e o motivo da Grande Mãe (Jamila) ter iniciado as coreografias? Pois bem...

1971 foi o ano desta nova roupagem do Bal Anat, assim como da primeira coreografia da Dança com Jarro. Na qual três garotas balançavam largas cuias em suas cabeças e dançavam em pé no palco.

Segundo conta Miss J. a inspiração veio por uma cena em um palácio Tunisiano no filme Justine, baseado no livro de Lawrence Durrel.

Umas trinta mulheres beduínas dançavam ao redor de cinco tocadores de mizmar. A dança indiana katak foi adicionada e um excelente dançarino da modalidade, Chitras Das, que havia chegado aos EUA, e estava ensinando na Escola de Música Ali Akbar.

11 de julho de 2014

279 - JAMILA

279 por Carine Würch- SEMANA 06


Nesta postagem do Blog, lá em Janeiro, nem imaginava o rumo que minha vida de pesquisa-tribal iria tomar...

"Ela (Jamila) começou a lecionar em 1952, desenvolvendo um método exclusivo de decomposição verbal e terminologia para os movimentos que a maioria de nós usa hoje. Em 1969 criou a Bal Anat, atuando e em tour com 40 membros da troupe. Jamila tem vários trabalhos pessoais publicados, incluindo “Finger Cymbal Manual” (Manual de Snujs), uma história da dança do Oriente Médio “From Cave to Cult to Cabaret”, uma coleção fotográfica de dançarinas do Oriente Médio na Feira Mundial de Chicago, o manual "Dance Format" e inúmeros artigos."

Sempre gostei muito de saber o porquê das coisas, o começo, as origens. Nada mais justo que fazer isto com a Dança Tribal, afinal me sentia sem embasamento teórico para conseguir debater, ou até explicar para outra pessoa que "dança tribal" não era uma dança de índios, ou sei-lá-eu-o-quê, que vem na mente da pessoas...
** CRÉDITOS DA IMAGEM: Sabrina Ramos **
É com muito amor que pesquisamos e postamos as coisas aqui para vocês, e acreditem, não é nada simples, rs, bem como a Maria Carvalho, mas é um trabalho gratificante, pois sei que eu, em primeiro lugar estou aprendendo muitíssimo. Espero que vocês também!

9 de julho de 2014

281 - JAMILA

281 por Maria Carvalho - SEMANA 06

As 3 Pilares do Tribal, em que nos inspiramos, estão vivas sendo possível observa-las, ler seus textos... entender e ouvir a história direto da fonte. 

Muito embora que seja necessário muiiiita pesquisa, pq os textos estão pulverizados, este é o discurso apresentado por Jamila Salimpour na Conferência Internacional sobre a Dança do Oriente Médio:


8 de julho de 2014

282 - HOMENS NA DANÇA II

282 por Natalia Espinosa - SEMANA 06


Inspiradas pelo post sobre John Compton, pedimos ao Marcelo Justino (texto AQUI) para falar sobre como é dançar pra ele, como é sua escolha de postura e movimentação. Hoje lembrei-me de um blog que eu gosto (infelizmente está parado) de um rapaz que dança dança do ventre, ATS® (aparece bastante nas aulas online de Carolena Nericcio-Bohlman no powhow) e tribal fusion. Ele se define como um bailarino gay e feminino, que gosta de se expressar de forma feminina (diferente de como o Marcelo prefere se expressar). Aqui estão alguns posts dele sobre o assunto, para quem fala inglês... 


7 de julho de 2014

283 - DANÇA COM ESPADA

283 por Carine Würch - SEMANA 06


"Jamila foi inspirada por uma pintura oriental, do século 19, do artista francês Jean Leon Gerome, de um grupo de músicos e uma bailarina, provavelmente uma ghawazee, dançando com uma espada equilibrada na cabeça e outra na mão. As espadas pertencia aos soldados turcos no fundo que tinham, sem dúvida, contratado a bailarina para entretê-los."

http://nossatribo-fusoes.blogspot.com/2014/07/a-danca-com-espada.html

6 de julho de 2014

284 - JAMILA & SUHAILA {vídeo}

284 por Natália Espinosa -  SEMANA 05 

Jamila Salimpour é uma mulher muito musical e isso se traduziu em seu método de dança: ela foi a primeira pessoa também a publicar um manual de toques de snujs, e os snujs para ela não eram um toque adicional à dança: ela quase sempre estava com snujs nos dedos, tocando enquanto dançava ou mesmo enquanto outros bailarinos dançavam. 

Ela lançou um manual com inúmeros toques de snujs, alguns deles bem complexos e intrincados. Esse manual também vinha com uma fita onde você podia ouvir os toques e estudar melhor.

Com o crescimento da dança do ventre, a música começou a ficar mais grandiosa, com mais instrumentos, inclusive instrumentos eletrônicos. As bailarinas não sentiam mais a necessidade de preencher a música com snujs, e para a maioria das bailarinas eles são usados ocasionalmente.

No ATS esse costume foi mantido: usamos sempre snujs, mesmo nas músicas lentas, quando não tocamos. Estão sempre em nossas mãos.
Esse vídeo é muito fofo: 

5 de julho de 2014

285 - ARTIGO


285 por Carine Würch - SEMANA 05


Recomendadíssimo

"Acredito que estudar o estilo é importante para você adquirir a" filosofia" das bailarinas de tribal fusion, cuja força e ousadia acaba transparecendo, mesmo você não usando o ATS® , pois sua filosofia torna-se viva intrinsecamente em cada batimento da sua dança."

FONTE

http://aerithtribalfusion.blogspot.com.br/2014/07/um-sentido-para-tribal.html

4 de julho de 2014

286 - EXPERIÊNCIAS

286 por Maria Carvalho - SEMANA 05

O objetivo central do grupo é divulgar o mundo Tribal, levar conhecimento através das pesquisas e assim amenizarmos a ansiedade do encontro que está por vir. Contudo, podemos e devemos nos conhecer melhor! Tenho uma forte convicção de que a experiência de um pode auxiliar e motivar o outro, mas para isso necessitamos exercer a compreensão de que as opiniões podem conflitar ou convergir; o que seria do azul se todos gostassem do verde?

Assim sendo, o espaço para você está aberto! Venha, compartilhe-se...queremos saber sobre sua experiência na dança, como lhe toca, motiva...o que vai no seu pulsante?

Necessitamos reverenciar os PILARES DA TRIBAL e concomitantemente se faz primordial reverenciarmos uns aos outros, afinal o que é belo está aí para admirarmos, ou respeitarmos. Os passos, floreios, gestuais são manifestações genuínas que vem da alma e nos conectam com as divindades.

Como diz uma querida amiga, você vai aprender os passos, a técnica é a mesma, mas a forma como será exteriorizada sempre será diferente do mestre e a diferença é o ingrediente especialíssimo; você.
Vamo que vamo....um xero forte!

3 de julho de 2014

287 - BAL ANAT {vídeo}

287 por Natália Espinosa - SEMANA 05


Katarina Burda interpretando a Deusa Mãe no Bal Anat, dançando com máscara.

Essa foto chamou minha atenção, pois Zoe Jakes é muito conhecida por dançar com uma máscara (especialmente ao som de Alto, do Beats Antique, ou no The Tribal Massive de 2013). Zoe foi aluna de Katarina e integrou o extinto grupo Aywah!, dirigido por Katarina e que contava também com Mira Betz e Elizabeth Strong.

Zoe é o que há de mais inovador e vanguardista; e Bal Anat é raiz. Eu pensei muitas coisas quando descobri essa foto, mas vou deixar a reflexão para vocês.
Alto, 2011:


The Tribal Massive 2013:


Zoe (e Mira, e Elizabeth) no Aywah! em 2002!!:

2 de julho de 2014

288 - FIGURINO

288 por Maria Carvalho - SEMANA 05


Hoje gostaria de abordar os Figurinos, numa conversa entre a Natalia Espinosa e o Marcelo Justino comentávamos sobre as tendências, moda-tribal... enfim, a questão basilar foi: por que não usamos nosso artesanato local? Afinal, há uma riqueza nababesca na cultura patrícia, com artesãos trabalhando os mais diversos tipos de materiais. 

Quando Jamila, Masha, Carolena pensaram o figurino que se usa, lançaram mão do que lhes era mais familiar, mas para nós o natural é um cinturão artesanal do Rajastão ou um belo cinturão Pataxó? Se vê muito dessa riqueza nacional nos figurinos elaborados no Tribal Brasil, em especial do Marcelo, que conheço o trabalho e sei da forma como pensa cada peça... nada impede que se incorpore no ATS a cultura que nos é peculiar e uterina.

Creio caber uma conversa com a Nave-mãe sobre isso.

1 de julho de 2014

289 - HOMENS NA DANÇA

289 Marcelo Justino - SEMANA 05

Quando eu dizia as pessoas que dançava bellydance, a primeira pergunta era: Você usa saia? Que tipo de roupa você usa? A segunda pergunta era: Seus movimentos são os mesmos que os das mulheres? 

E eu sempre achava engraçado esse tipo de pergunta, me imaginava de saia e começava a rir, porque me parecia algo tão óbvio não usá-las. Óbvio simplesmente por ser homem, mas pensando como leigo e alguém que não está acostumado ao estilo, passei a achar uma pergunta bem pertinente.

A escolha do figurino masculino é algo muito pessoal e sempre de acordo com o estilo do próprio bailarino, creio que seja aquilo a qual cada um se sinta melhor em mostrar seu trabalho e sua arte.

Em relação aos movimentos, sim os movimentos são os mesmos pra homens e mulheres, mas falarei sobre algo muito particular, sobre que o que sinto em meu próprio corpo.

O corpo masculino é diferente do feminino, não temos cintura tão acentuada como as mulheres, não temos quadris largos, nosso estrutura é essencialmente mais quadrada, nossos músculos são naturalmente mais rígidos, o que dificulta as vezes a execução de alguns movimentos, principalmente os mais sinuosos. Para compensar tal dificuldade, sempre tive a sensação que eu usava muito mais força que as meninas pra execução desses movimentos, o que em contra partida sempre tive a sensação que era melhor nos movimentos mais precisos, quebrados do que elas.

Pra mim enquanto bailarino, existem alguns movimentos, que particularmente eu prefiro não executá-los dentro do meu trabalho. Como alguns movimentos de braços e jogadas de cabelos que pra mim são essencialmente bem femininos, até porque sempre mantenho meus cabelos curtos. Algumas posturas ou molduras de braços como alguns dizem, também prefiro não usá-las. Quando danço solo ou com minha parceira, sempre tento manter alguns pontos de diferença para que quem me veja dançando, veja um homem dançando, não apenas pelo figurino, mas também através da minha postura em cena.

Isso é uma escolha muito pessoal, figurino e desenvolvimento de estilo, afinal estamos falando de dança, arte e cada um tem sua maneira de se expressar, aí está a grande riqueza da ARTE DIVERSIDADE.

Por conta dessa minha escolha já fui criticado por alguns, dizendo que não dançava bem e que eu era sério demais em palco com o bellydance. Foi quando descobri o tribal, ebaaaaaa, foi paixão a primeira vista.

A postura das bailarinas e bailarinos, são muito fortes, expressivas, talvez pela influência flamenca no estilo. A postura dos braços, são fortes, mesmo as mais sinuosas. Usamos muito trabalho e força muscular, não que o bellydance não se use, mas o tribal tem como essência na minha opinião a FORÇA.

Dentro do tribal pra mim existe menos diferenças entre homens e mulheres enquanto movimentação, mas mesmo assim, sempre tenho o cuidado de escolha do que se adequa melhor a mim, enquanto homem. Meus figurinos e trabalhos coreográficos são sempre pensados no MASCULINO, a escolha da musica, acessórios.

tribal permite muito a parte performática de cada artista, mas mesmo com toda a abertura que o estilo nos dá, nunca me imaginei fazendo um personagem feminino em cena. Trabalhar a essência masculina dentro de um estilo que pra muitos é essencialmente feminino, pra mim já é um grande desafio.

Ator e bailarino há 18 anos, atua em várias modalidades como jazz, contemporâneo, clássico, sapateado, dança do ventre e tribal fusion.Texto enviado por Marcelo Justino.
Eu gosto de desenvolver a masculinidade em cena, até porque as vezes eu sinto que a dança nos deixa mais delicados e eu sinto a necessidade de me expressar como HOMEM. Não o "homem" ser humano, mas sim o homem realmente como sexo masculino da raça humana.