28 de fevereiro de 2015

45 - MASHA, COMO EXEMPLO

45 por Carine Würch - SEMANA 39

Escrito por Najia Marlyzpara o Gilded Serpent  

Lembro-me de ter comprado este autêntico ornamento de cabeça do Oriente Médio, que aparece na foto, de um fornecedor muito exótico com quem me encontrei no Flea Market Alameda e que dava aulas para um grande grupo de dança do ventre em São Francisco. 

Ela era incrivelmente engenhosa e criativa: Masha Archer, que foi uma das primeiras professoras que criaram uma trupe toda no estilo de dança, que evoluiu para a dança "tribal" na América. 

O Estilo Tribal começou a tomar forma como um estilo real de dança, o qual era ensinado juntamente com o mais tradicional estilo dança do ventre. 

Masha (pronuncia-se "Mah'-xá") certamente me deu uma visão fresca sobre a política local da dança do ventre, além de seu humor seco, conciso e sua persona irresistivelmente estranha, embora eu nunca tive uma única aula com ela. 

Tratava-me com uma grande dose de respeito, e por causa disso, a via como um modelo de como permanecer indiferente, embora cercado pela política da dança, mas ainda assim simpático e envolvido com a dança ao mesmo tempo. 

Ela vendeu uma grande variedade de Mãos de Fátima (Hamsa) em prata, muitas em prata esterlina, prata alemã, latão e muitos com pedras azuis no centro e cheias de outros pingentes pendurados nos dedos. Comprei vários exemplares, que ainda tenho e uso até hoje. As Mãos de Fátima (Hamsa) são supostamente para proteger contra os danos do mau-olhado que tem o poder para mutilar, roubar e matar.

27 de fevereiro de 2015

46 - PEPER ALEXANDRIA

46 por Carine Würch - SEMANA 39


I remember this style as being invented by Masha - Tribal pose from the Masha era. Cholie use started by Masha. (Peper Alexandria).




Peper Alexandria começou sua carreira como dançarina, em Nova Orleans, indo morar na área da Baía de São Francisco durante o "summer of love". Foi apresentada a dança oriental pela Princess Aisha, uma bellydancer turca que trabalhava no Bagdad Cabaret, em San Francisco. 



Foto de quando eu era aluna de Masha Archer, 
1973, "San Francisco Classical Dance Company"

Placas sobre seios e headpiece são turcomano.
Em seguida, ela estudou com Masha ArcherJamila SalimpourEdwina NearingFatma Akef, Amina Goodyear, e Dahlena.

Ela era uma dançarina de bastão na troupe Bal Anat, em 1974. 

Em 1979, foi uma das primeiras bailarinas americanas a ir para o Egito, onde estudou Ghawazee com as Banat Mazin.

FONTEhttp://www.gildedserpent.com/art41/alexandriacostumes.htm


25 de fevereiro de 2015

JAMILA

Jamila Salimpour é uma das pioneiras da dança do ventre na América. Ela nada mais é do que a criadora do estilo tribal de dança do ventre e foi uma figura influente no mundo bellydancer por 50 anos! Sua forma de ensino e de desenvolvimento dos movimentos de dança ainda é utilizada em todo o mundo.

Nascida em 1926 em Nova York, de família siciliana, começou sua carreira como dançarina em 1942, trabalhando no grupo Ringling Brothers Circus. Neste grupo, ela desempenhou o papel de acrobata e dançarina, passando a compor em seu show elementos da dança oriental, influenciada por um filme de Tahia Carioca, o que para a audiência era como a verdadeira dança do ventre. Esta fusão de elementos orientais e o circo deu origem ao American Tribal Style (o que seria o estilo tribal que conhecemos), o qual ela começou a ensinar na década de 60, em Berkley. Em 1968, ela criou o grupo Bal Anat (Dança da Deusa Mãe), se apresentando no festival Renaissance Pleasure Faire, mostrando ao mundo uma forma diferente da tradicional dança do ventre de então, com grupos coreografados, compondo uma atmosfera mística, usando cobras, espadas, tatuagens, todo tipo de adereços: era a dança do ventre performática (American Cabaret), da qual Jamila era uma das precursoras.











Após esse festival, seu nome só cresceu, se tornando uma referência para a dança do ventre americana. Sua família passou também a se dedicar à dança do ventre: sua filha, Suhaila Salimpour começou a dançar aos 3 anos de idade, e hoje é uma dançarina renomada, e sua neta Isabella parece percorrer o mesmo caminho. Jamila, já com 83 anos, não mais se apresenta em shows, mas oferece workshops e aulas de American Tribal Style na escola de sua filha, permanecendo como um ícone da dança do ventre em todo o mundo.






Curiosidades:

- Jamila foi a primeira bailarina a introduzir a espada na dança do ventre.

- Jamila foi a primeira bailarina a dança usando cobras na dança do ventre.

- Jamila fazia entertenimento com a dança do ventre, era um show de atrações.



Jamila Salimpour é o criador de dança do ventre tribal na América, e tem sido influente na dança do ventre há mais de 50 anos. Ela também é a primeira a solidificar um formato de terminologia na dança do ventre usado ainda hoje . Seu formato é ensinado e aplicado aos movimentos dos bailarinos em todo o mundo .

A criação do grupo de dança lendária Bal- Anat evoluiu em 1968, quando a oportunidade se apresentar em um festival temático ao ar livre, The Pleasure Faire Renascença, desafiou Jamila Salimpour , para criar um programa de variedades que se pode ver em um festival árabe ou Souk.

De ser um membro de Ringling Irmãos Circus em 1942 , Jamila implementado esse formato na criação de Bal Anat . Como a dança do ventre , Jamila Salimpour trabalhou com muitos dançarinos , incluindo dançarinos de vidro água argelino , bailarinos , dançarinos pote tunisinos Bandeja Masculino , mágicos e apresentou muitas variedades de entretenimento. A dança da espada , dança Máscara, e Snake dança foram vistos pela primeira vez em Bal Anat . O espetáculo resultante tornou-se um show com danças tribais do norte da África e do Mediterrâneo Oriental.

O show inspirou toda uma geração de dançarinos de barriga americanos , abrindo caminho para o aumento da popularidade do gênero Belly Dance Tribal.

http://www.suhailainternational.com/salimpour-legacy/about-jamila

Shaping a Legacy: A New Generation in the Old Tradition

http://thebestofhabibi.com/vol-13-no-4-fall-1994/jamila-salimpour/

Foi uma busca visionária que me levou para o centro de São Francisco, há quase três décadas, para conhecer Jamila Salimpour. Eu tinha viajado até a Costa, da nossa casa em Big Sur com, Peter Fels (um escultor, cuja imaginação com tubos de água e banheiras de hidromassagem, vendeu para The WhoJefferson Airplane, Frank Zappa e os Smothers Brothers). Diane Webber, minha primeira professora, já havia trabalhado com Jamila no Bagdad, em São Francisco, e altamente recomendado ela. Meu primeiro encontro com a dança tinha sido no Renaissance Pleasure Faire no sul da Califórnia, seis meses antes, onde eu tinha visto Diane dançar, vibrantemente vestida em seda, no palco com músicos do Oriente Médio. Eu pensei, "Uau, uma dança de verdade feito por uma mulher de verdade:. Inteira, elegante, inteligente, sensual, trazida de outro país." (Aliás, Feiruz Aram fez sua estréia na  mesma Renaissance Pleasure Faire, com dança improvisada em um gramado.)

A contínua busca pessoal de identidade e autenticidade me levou ao estúdio de Jamila Salimpour na Van Ness em Sao Francisco em uma noite de outono em 1967. Quando entrei na grande sala com painéis de madeira, fiquei surpresa com a intensidade de envolvimento que eu encontrei lá . Um círculo de cerca de setenta e cinco bailarinos, em três anéis concêntricos, no sentido anti-horário., estavam lado a lado,  em torno dançarina solo no meio da sala. Era um grupo energético cujos rostos e torsos nus pingavam suor através ondulações e shimmyszaghareeting, enquanto os nomes dos passos eram chamados. A sala então trocava a formação, e ansiosamente começava uma nova seqüência de combinações, como as janelas escorrendo umidade. Hipnótico e interiorizada, a música inspirava dançarinos vigorosas. Juntando-se ao círculo, meus olhos foram atraídos para o centro do vórtice.

24 de fevereiro de 2015

49 - MASHA, TRIBAL?

49 por Maria Badulaques - SEMANA 39

 Masha, Tribal?!

"Com Jamila Salimpour e Masha Archer caminhamos em direção ao estilo, mas nem Jamila nem Masha nomearam-se dançarinas de tribal - elas tinham sim um aspecto tribal pelo fato das apresentações lembrarem uma expressão de tribo, e também pela indumentária. 

Mas enquanto linguagem, dança, o tribal tomou forma no ATS®." (tribalices.blogspot - da Natii) 

Vejam que as contribuições foram progressivas,

Jamila iniciou o caminho das pedras e uma a uma, 

Masha e Carolena foram a partir deste formato agregando sua própria interpretação, mas tudo estava conectado.

Não seria possível chamar a dança de Jamila e de Masha de bellydance, era realmente muito distinto da imagem tradicional da época, mas nem elas entendiam-se como tribalistas... 

Talvez a preocupação fosse desenvolver aquela efervescência que surgia e a nomenclatura fosse secundária, enfim...

Carolena (de quem falaremos a partir de sábado) estava focada numa estruturação total, englobando uma identidade que alteraria para todo o sempre o universo bellydancer... afinal são as FatChance Bellydance.

Xeros no pulsante, vamo que vamo.

23 de fevereiro de 2015

50 - IGUALDADE

50 por Maria Badulaques - SEMANA 39

Masha - a política da igualdade.
Uma das coisas que mais amo no ATS é o fato de não haver uma estrela em cena, a generosidade da troca de liderança é algo soberbo. 

Não importa a sua técnica nababesca se não houver a generosidade com os que se iniciam e isso fica evidente qdo a líder acompanha o mais fraco e não o contrário. 

Acredito que Carolena deva ter desenvolvido esse método a partir dos anos de estudo com Miss Archer.

Dançar em tribo é se sentir partir de algo maior do que nossa individualidade.

Xeros e vamo que vamo.

22 de fevereiro de 2015

51 - EMPODERAMENTO PELOS ACESSÓRIOS

51 por Maria Badulaques - SEMANA 38


Não é Masha...nam nam nam... são meus badulaques!!!

Hoje fiquei bem básica e fui me divertir num ensaio com amigos queridos (Marcelo Justino e Fernando Baesso). Todas mulheres poderosas que tanto falamos passaram em minha mente, mas quando fiz essas mãos, Carolena tomou conta de mim.

Tamo junto, no ATS, no estudo, na ansiedade e no EMPODERAMENTO

Nosso legado: divar em danças que saem do fi-o-fó da alma.

Xeros no pulsante.

21 de fevereiro de 2015

52 - QUÃO LIVRES SOMOS?

52 por Maria Carvalho - SEMANA 38

Não é Masha, são as mãos da Natiii... 

Remeteu-me a cenas antigas das mãos badulacadas de Masha.

Após 5h de intensivão de Flamenco, coloco-me a refletir: os povo do oriente, com sua cultura tão diferente da nossa, e aqui me refiro as mulheres, especificamente, são felizes e empoderadas tal qual achamos que somos no ocidente? 

Somos escravas de peso, perfil ditado pela moda, cabelos lisos... 

Quão livres somos afinal? 

Enfim a frase de Masha, a dança é o único caminho de liberdade para muitas mulheres, pode estar sedo mitigada por uma busca frenética pelo enquadramento no padrão de beleza. 

Liberdade! Para deixar o shimmie reverberar as banhas sem medo de ser feliz!!!!
Xeros

20 de fevereiro de 2015

53 - MASHA ARCHER

53 por Natália Espinosa - SEMANA 38

Apropriação Cultural? Masha Archer e o figurino.

O dress code do ATS como conhecemos hoje tem enorme influência da estética proposta por Masha. Foi ela a pessoa a instituir o uso do turbante, do choli (o “top” de modelo indiano) e a calça gênio ou pantalona como figurino. 

Antes dela, era comum o uso das roupas sensuais e reveladoras do estilo Cabaret Bellydance ou, no caso de Jamila Salimpour e seus alunos, indumentária tradicional de certas regiões, como o assuit, ou figurinos utilizados em danças folclóricas do Oriente Médio e norte da África.

O figurino proposto por Masha gerou alguns questionamentos sobre apropriação cultural ou uso indevido das peças nessa nova dança do ventre desenvolvida no Ocidente: o turbante não é tradicionalmente utilizado por mulheres, sendo uma indicação de casta entre os homens; os cholis são da cultura indiana etc.

Masha respondeu a esses questionamentos com muita ousadia: sim, ela estava utilizando essas roupas de uma forma totalmente nova e, de certa forma, tomando para si esses elementos de outras culturas. 

Os cabelos dentro de um régio turbante, o colo menos exposto pela utilização de um choli e as pernas cobertas por calças pantalonas realçavam o que realmente deveria ser visto nessa forma de dança: a movimentação de quadril e ventre, ao invés de expor atributos físicos da bailarina que poderiam ser erotizantes ou causar distração do real propósito da arte. Os cabelos presos também ajudavam as dançarinas a enxergar melhor a movimentação de suas companheiras para segui-las.


Ainda, na visão de Masha, ela estava tirando essa dança das mãos de povos que não valorizavam as mulheres e sua dança (os povos Orientais) e empoderando mulheres que se apropriavam da dança no Ocidente.
Ingrid Harper y Masha Archer

19 de fevereiro de 2015

54 - MASHA ARCHER


54 por Maria Carvalho - SEMANA 38

A política do pé no chão protagonizada por Masha.


Bem, temos o hábito do endeusamento...

Seja da professora de bellydance, do ídolo da tv, mas os verdadeiros heróis de nossas rotinas somos nós, ou pessoas muito próximas. 

Olhamos um vídeo com o trabalho de um colega nativo e logo falamos de alguém de fora como uma figura mitológica. 

Ou hiatamos experientes do iniciantes como o Mar de Maomé. 

Quando vou a eventos ou escuto sobre festivais onde tudo ficou junto e misturado meus olhos sempre saltam da órbita, porque não é o costume patrício, mas deveria. 

Conversando com a Nati sobre o cenário do tribal (lá fora) o que fica evidente é que a filosofia do todos iguais é aplicada na prática, ou seja, pessoas como Masha, Kajira circulando sem nenhum endeusamento entre os presentes... alunas, trupes e pessoas com uma larga bagagem de ATS dançando num mesmo momento, uma seguida da outra, pq a vontade em uníssono era o compartilhar daquele momento. 

A unica distinção foi a apresentação dos instrutores, que seguiu em separado.

Quando assisti um vídeo (do HomeComing), creio que das Wildcard Bellydance, não estou certa agora, vejo Masha buscando um buraquinho para ver a perfomance, visto que estava sentadinha lá atráááás. 

Isto pra mim foi mais soberbo que a dança, e olha que curto demais o trabalho de Seba.

Masha deve ser respeitada, por sua trajetória, a contribuição a nossa dança, mas há um liame entre respeito e endeusamento, e isto nem a nossa pilar deseja para si.

Então, vamos todos segurar a suadeira do suvaco e respeitar a vinda de Carolena, mas sem lantejoulites como diz minha amiga Bete Medeiros.

Somos todos iguais, uns com mais outros com menos... porém todos unidos pelo amor a dança e seus efeitos em nosso pulsante.

Xeros e vamo que vamo.

18 de fevereiro de 2015

55 - MASHA ARCHER


55 por Maria Carvalho - SEMANA 38

Masha, o ATS e as escolhas que nos guiam...


Bem, as escolhas que fazemos nos levam ali, aqui e ao acolá... indubitavelmente, ao se escolher essa dança a opção já promove grandes mudanças.

Nesta época, ano passado, estava pulando na avenida, nada contra quem foi, amoooo carnaval, mas este ano me dediquei a estudar ATS, deixar os snujs tilintarem e ser feliz no carnaval-tribalizado.

Não se trata somente disto, abdicar de uma festa, é algo mais profundo, até nossa alimentação muda, buscamos a limpeza interior, para que a organicidade da dança encontre sua completude.

Observo o cenário ao meu redor, há muito onde se espelhar e com quem se orientar. 

Como dito ontem, o legado nos foi dado e a obrigação de mantença esta com a nova geração.

Se deixe mudar, melhorar, aprimorar é disto que se trata essa tribo feita de mulheres poderosas, com atitudes superiores a seus egos. 

Masha se aproximou de Nati e disse "obrigada por ter vindo até aqui pra estudar o ATS". 

Humildade e respeito, eis nosso legado.

Xeroos e vamo que vamo! 
(Unidos do ATS - nota 100000000000000)

17 de fevereiro de 2015

56 - DHYANA

56 por Carine Würch - SEMANA 38

Texto original de Aziza! para o Gilded Serpent
http://www.gildedserpent.com/articles19/aziza10column902.htm

A primeira vez que fomos lá (em Albuquerque), levamos uma, relativamente nova, dançarina que havia estudado com Masha Archer - uma jovem loira chamado Dhyana

Eu tinha trabalhado com ela e a achava uma garota legal e uma dançarina promissora, por isso Guy deu-lhe uma chance. Ela e eu ficamos em um hotel antigo, muito estranho, que achamos muito charmoso, enquanto os músicos se hospedaram em um consideravelmente mais prosaico - mas bem mais limpo - motel. 

Nós comemos montes de pimentão verde e sopaipillas (umas massinhas fritas) (céus!) no Coney Island Café, que era dirigido por um grego. 

Nós também passamos muito tempo fazendo compras e passeios turísticos em Old Albuquerque. 

Tudo ia bem, até a noite Dhyana - para meu horror - deu uns baseados para uns caras na platéia após o show! 

Sim, era a época dos hippies, amor livre, flower power e tudo mais, mas Albuquerque não era Berkeley ou San Francisco, e seu ato de "amor" poderia ter tido consequências desastrosas para toda a trupe! 

Guy demitiu ela imediatamente, e ela foi substituída por uma antiga profissional, Yasmina (BJ Kunkel). 

O resto da nossa estadia lá foi sem intercorrências.

Texto original:
http://www.gildedserpent.com/articles19/aziza10column902.htm

16 de fevereiro de 2015

57 - MASHA ARCHER

57 por Carine Würch - SEMANA 37

O texto a seguir foge do padrão, onde apresentamos o lado bom e belo da dança. Tendemos a "romantizar" tudo, mas não podemos esquecer a época em que tudo isto estava acontecendo. Seu contexto social, cultural, histórico. 

É apropriado estudarmos as coisas, sem tirá-las do contexto, para absorvermos todos os nuances, e sem julgá-las como certas ou erradas, pois estaremos colocando a questão sobre o nosso ponto de vista, que é completamente diferente do que era vivido em cada época.

Leia, interprete e entenda o que se passava na época.

Boa leitura,
Carine


Texto escrito por Lynette Haris de sua entrevista com Najia para o Gilded Serpent 
Texto original: http://www.gildedserpent.com/articles5/northbeach/people/najia.htm

"Masha tinha uma organização social, como a de Jamila

No entanto, pareceu-me, na ocasião, que Masha tinha uma visão de vida voltada para a revolução sexual. 

Ouvi rumores de que suas festas em Minna Street, San Francisco, eram muito "liberais". 

A Dança do Ventre tinha uma natureza mais sexual naquela época, exatamente por isto, muitos de nós a levamos em primeiro lugar! 

Muitos bailarinos, músicos e artistas da época, eram famosos por seu mantra: fumar um baseado, dançar, e então, fazer amor e não guerra

Não haviam pensamentos sérios sobre a doença, como é necessário agora."

15 de fevereiro de 2015

58 - MASHA ARCHER

58 por Carine Würch - SEMANA 37
Texto escrito por Lynette Haris para o Gilded Serpent 

Pepper, Linda e Ingrid
"Eu vi Masha recentemente em uma abertura do museu em São Francisco, CA. 

Ela estava fabulosa, da maneira como me lembrava dela! 

Seu cabelo era escuro e penteado para trás como um dançarino de flamenco.

Ela estava usando grandes enfeites de cabelo e sua maquiagem era impecável. 

A cena artística havia a conquistado, e ela entrou no design de moda. Ela tem um talento real. 

Se você viu sua trupe, você testemunhou algo como FatChance, exceto por ser mais elaborado e original.

Havias tantas jóias Afghani sobre essas mulheres, que daria para afundar um navio de guerra! FatChance BellyDance, em comparação, parece mais limitado em termos de conceito e quase "frio".
Masha Linda e Talla - Poets Coalition
Golden Park in 1973 74 - Cedar Sposato Photo Archive


14 de fevereiro de 2015

59 - MASHA ARCHER

59 por Carine Würch - SEMANA 37
Texto escrito por Lynette Haris para o Gilded Serpent 

"Masha Archer, uma das ex-alunas de Jamila Salimpour, e sempre teve um estande no Alameda Flea Market

Ela tinha se tornado professora de dança do ventre e tinha um grande grupo de dança, o San Francisco Classic Dance Troupe

Masha foi simpática comigo, e ela poderia ser dramática e intimidante! 

Ela era definitivamente artística, e se separou do grupo de Jamila Salimpour

Ela tinha um sonho e foi atrás dele.

Ela e seu marido (o fotógrafo Charles Archer) vendiam jóias exóticas e étnicas no Alameda Flea Market

Eles davam grandes bailes em sua casa. Embora tivesse me convidado, eu nunca fui, pois sabia que não era o meu tipo de cena, e, provavelmente, eu não teria me encaixado com seus outros convidados."




Fotos: Masha Archer  - Erotic Art Museum Opening 1973 - Cedar Sposato Photo Archive 2

13 de fevereiro de 2015

60 - MASHA

60 por Carine Würch - SEMANA 37


Mary Muchin-Archer, mais conhecida como Masha, nascida em Kiev, na Ucrânia, estudou pintura e design gráfico em Nova York. Mais tarde, ela trabalhou como restauradora e professora do Museu Nacional do México e como designer de joias e roupas em Tucson e San Francisco

Foi nesta última cidade, onde se estabeleceu em 1967, que conheceu a dança. 

No campo da dança, Masha Archer era aluna de Jamila Salimpour e durante seu tempo como dançarina fez importantes contribuições para Estilo Tribal

A sua ideia de unidade entre os dançarinos desenvolveu o conceito de "tribo" e tornou-se a forma do grupo. 


Ela incluiu aos trajes os turbantes, as tatuagens, as joias tribais e as peças antigas, acessórios que se tornariam característicos do Estilo e permanecem válidas até hoje. 

Depois de dois anos e meio de estudo com Jamila, Masha deixou suas aulas e criou sua própria companhia de dança, Dance Troupe San Francisco, com o qual participou de vários eventos culturais. 

Ela sempre foi muito consciente de que estava tomando muita liberdade com a dança e suas raízes culturais, no entanto, acreditava firmemente que a dança que ela praticava era tão especial que merecia muito respeito. 

Este foi o último legado que ela ensinou às suas alunas, antes de se aposentar da dança para se dedicar a desenhar roupas e joias em San Francisco e Nova York. 

Site Oficial: www.masha.org

Masha Archer, sua aluna Carolena Nericcio e Rachel Brice no ATS Homecoming de 2015.

12 de fevereiro de 2015

61 - MASHA ARCHER

61 por Maria Carvalho - SEMANA 37

Masha e o legado de respeito.

Aprendemos, ou deveríamos, desde a tenra infância o respeito seja aos semelhantes, aos animais e a tudo que há neste mundo.

Certo?

Em termos, o fórum está abarrotado de processos provando o contrário, o ser humano tende a não repetir com seus semelhantes aquilo que gostaria de ver sendo praticado consigo. 

O ATS não é somente uma dança, um entretenimento, é algo que se aproxima a uma escolha de vida, o conceito de TRIBO nos leva a algo além de combinações de passos. 

Falamos de expectativas comportamentais, moral, ética, respeito.

Em uma das entrevistas que li sobre Masha havia enfase no respeito a Jamila e este mesmo comportamento se observa entre Miss Archer e Carolena quando o "cetro do poder" passou de uma mão a outra. 

Escolher o ATS é como estar aceitando este legado, de humildade, dedicação e amor a dança como arte e não como mero entretenimento. 

Anos se passaram desde que Masha deixou a prática de sala de aula, mas o respeito e gratidão as novas tribalistas permanece inalterado, como comentamos nos vídeos sobre o HomeComing com a Sister Studio Nati Espinosa.

Antes de se aventurar em choo choos, arabic, snujs indico uma conversa sobre ética na dança para que sua porta de entrada no ATS seja coroada com a força de nossas antecessoras 

Lilililili - xeros e vamo que vamo.