7 de maio de 2015

HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO - PARTE III

UMA HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO

Texto extraído do Blog Tribal Mind
*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira

O Passado Cigano

Dança do Ventre tem origens em cultos de fertilidade antigos e auxílio no nascimento das crianças, em um tempo em que a religião era uma parte integrante da vida diária e tinha relevância em cada aspecto da existência humana. 

No entanto, a dança pélvica feminina desapareceu em muitas partes do mundo, mas permaneceu em áreas como o Oriente Médio e norte da África. Ela então progrediu de uma esfera religiosa, para o reino de espetáculo e entretenimento, em uma nova classe de dançarinas profissionais.

A aceitabilidade da dança no Oriente Médio estava entrelaçada com o papel das mulheres na sociedade. Nenhuma mulher egípcia, bem criada, consideraria dançar em público. 

A dança como um passatempo social, no limite do lar, era aceitável para as mulheres apenas entreterem uma a outra. 

A dança profissional era o domínio das classes inferiores quando ela era limitada às "ciganas, comunidades minoritárias e os membros mais pobres da sociedade". 

Desconfiavam destas dançarinas por seus modos rebeldes, contudo elas foram recebidas com prazer nos lares das classes superiores para animar festividades de família.

As ciganas sempre assimilaram costumes e tradições locais e faziam os seus próprios. 

Elas poliram e ampliaram a dança e música local, a fim de usá-las como um meio de sustento. 

Então, quando os franceses encontraram a dança no Norte da África em 1798 durante as invasões Napoleônicas, as dançarinas ciganas logo descobriram que os soldados franceses eram uma nova e abundante fonte de renda. 

Elas adaptaram seu repertório para atrair mais renda. 

A elite nativa e educada não sentia que a dança era respeitável, nem importante o bastante para registrar. 

Naturalmente, as dançarinas se tornaram uma obsessão para muitos viajantes ocidentais, por causa da suposta sensualidade proibida, que representavam.

FOTOS DE DANÇARINAS OULED NAIL:

FOTOS DE DANÇARINAS GHAWAZEE:
  




Texto extraído do Blog Tribal Mind

*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira

6 de maio de 2015

HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO - PARTE II

UMA HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO

Texto extraído do Blog Tribal Mind
*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira
Um exemplo principal de Estilo Tribal Americano apresentado hoje é da FatChance BellyDance da qual eu sou a diretora assistente e com a qual tenho me apresentado desde 1989

Tenho uma tendência a querer usar a forma de dança como meu próprio veículo de auto expressão sem prestar muita atenção ao contexto cultural. 

No entanto, sei que sem o fundo cultural eu nunca determinaria a dança por inspiração. Então, focarei na linhagem direta que levou até o estilo da FatChance e o contexto cultural do qual a forma de dança originou-se.


A linhagem começa com as dançarinas ciganas da África do Norte, particularmente as Ghawazee do Egito e as Ouled Nail da Argélia

As dançarinas ciganas apresentaram-se nos Estados Unidos em 1893 na Grande Exposição de Columbia em Chicago

O movimento que estas dançarinas criaram, gerou espetáculos burlescos e inspirou todo um novo gênero de Hollywood, da mulher sedutora. 


"As dançarinas árabes foram atraídas a este glamour e quiseram imitar os ideais ocidentais. Então elas adotaram a versão de Hollywood como sua própria versão. Assim, a dança do ventre de cabaré egípcio moderna tradicional, é uma construção norte americana, que foi modificada pelas árabes para suas próprias necessidades artísticas e econômicas." (Rina Orellana Rall)

Jamila Salimpour, americana, é considerada a criadora da Dança do Ventre de Estilo Tribal Americano

Seu grupo de dança, Bal-Anat, construiu o caminho para outras usarem uma fusão das várias danças regionais do Oriente Médio e norte da África, como inspiração para sua própria versão de dança do ventre

Masha Archer, uma ex-aluna de Jamila, acrescentou mais uniformidade ao novo estilo, por meio de não distinção entre as regiões e simplesmente identificando-as como dança do ventre

Carolena Nericcio formou a FatChance BellyDance depois de estudar com Masha e combina as metodologias das duas professoras. 

O que essas artistas norte americanas têm em comum com suas criadoras ciganas é que todas elas adaptaram a dança para atender suas necessidades de sobrevivência e de valor de entretenimento.


Estilo Tribal Americano é um estilo de fusão étnica, influenciado pela dança do Oriente Médio mas inspirado pelas sensibilidades artísticas norte americanas. 

Não tem nada a ver com a representação de uma tribo particular, mas combina vocabulários de movimento e traje regional para formar uma apresentação coesa. 

A parte "Americana" do rótulo reconhece que as dançarinas estão continentes de distância da cultura que criou a forma de dança e estão tirando licença artística com ela. 

No entanto, elas ainda devem reconhecer, respeitar e honrar as raízes. 

A aparência do Estilo Tribal Americano parece autêntica por causa de sua semelhança com várias tribos ciganas por toda a África do Norte, Oriente Médio e Índia. Muitas vezes, os Árabes comentam que o estilo os lembra do 'lar'. 

No entanto, os trajes não são autênticos, mas dão a sensação de lar.

(texto com mais partes)


Texto extraído do Blog Tribal Mind
*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira

5 de maio de 2015

HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO - PARTE I

UMA HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO

Texto extraído do Blog Tribal Mind
*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira

Dança do Ventre de Estilo Tribal Americano é claramente uma nova forma de dança com suas origens na dança do Oriente Médio tradicional. 

Os componentes desta história incluem as dançarinas ciganas que inspiraram os Orientalistas do século dezenove e a introdução da dança nos Estados Unidos na Feira Mundial de Chicago em 1893

A dança cigana então se transformou num estilo de dança de cabaré urbano para agradar um público antigo no Egito. 

Também incluídas nesta história estão as professoras dos últimos cinqüenta anos que são a linhagem direta do que atualmente é conhecido como Estilo Tribal Americano
-Jamila Salimpour, diretora de Bal-Anat
-Masha Archer, diretora da Trupe de Dança Clássica de São Francisco
-Carolena Nericcio, diretora da FatChance BellyDance



"A Dança do Ventre na era moderna sempre se modificou para satisfazer as expectativas de seus expectadores, é o que liga as dançarinas ciganas do século 19 do Oriente Médio com as dançarinas americanas modernas do século 20." (Rina Orellana Rall)


Breve Avaliação da Dança do Ventre e Definição de Estilo Tribal Americano

Quando uma dança particular é tirada de seu contexto cultural e colocada em um palco, ela muda. Ela muda de modo que satisfaça seu novo público e suas expectativas. 

A Dança do Ventre como entretenimento secular do Oriente Médio, no entanto, sempre se adaptou e mudou para ajustar-se às expectativas de seus expectadores. O ímpeto para a adaptabilidade é um assunto econômico. É encorajar os expectadores a darem mais dinheiro às dançarinas. Isto é verdade para as dançarinas ciganas que a originaram, verdade para as dançarinas de cabaré árabes que a transformaram, e verdade para as dançarinas norte americanas que a adotaram. 

Meu foco aqui é estudar a Dança do Ventre de Estilo Tribal Americano que tem suas raízes nas danças ciganas do Oriente Médio, mas carrega o toque moderno de sensibilidades artísticas norte americanas.

(texto com mais partes)


Texto Original - Aqui


Texto extraído do Blog Tribal Mind
*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira

4 de maio de 2015

PILARES ENTREVISTA - Sister Studio Mariana Esther

Entrevista elaborada por Carine Würch para os participantes do General Skills e Teacher Training com Carolena Nericcio e Megha Gavin, em abril de 2015 em São Paulo. 
Conte uma breve trajetória da sua dança. (Mariana Esther)
Em meados de 2009, comecei, como a maioria das bailarinas do Estilo Tribal do Brasil, a ter aulas de Tribal Fusion, no interior de São Paulo. No ano seguinte, nossa professora, Larissa Elias, teve que se afastar temporariamente para dar andamento às suas atividades profissionais em outro país. A partir daí me pediram para continuar tocando os estudos e treinos com minhas companheiras de aula até que nossa teacher retornasse. Para cumprir a missão, comecei a estudar por meio dos dvd's didáticos disponíveis à época. Nesse entremeio, me deparei com os vídeos do FCBD® Inc.Tribal Basics e enquanto assistia, pensei: "que coisa estranha...". Daí percebi que era o American Tribal Style® do qual minha professora havia falado num breve relato da história do estilo. "Hum, engraçado isso aqui. E esses pompons?!? Eu nunca usaria isso!" Ha-ha!

Bom, depois que resolvi sentar e estudar o tal de ATS® é que percebi que aquilo de fato era um formato muito bacana, para não falar genial, com uma beleza própria, e que ele promovia a segurança e paz interior que eu não encontrava nos outros estilos de dança oriental ou derivados, e que tais elementos me faltavam para conseguir canalizar a emoção que a dança deve mostrar.

Passado mais um ano, decidi que era isso o que gostava de fazer e que queria compartilhar. Intensifiquei os estudos, visitei festivais, e, em 2012, fui a São Francisco, onde participei dos cursos General Skills e Teacher Trainings, e de aulas regulares no estúdio do FatChanceBellyDance®, conquistando na sequência o status de FCBD® Sister Studio.

A partir daí, todo dia que danço ATS® é um dia mais feliz! E se tiver pompons, é ainda melhor!

O que fez você escolher fazer o curso com Carolena Nericcio? 

Mesmo após certificada, não ter uma professora de carne e osso ao seu lado faz muita falta. Além disso, cada vez que eu assisto à série de dvd's do Tribal Basics, ou às aulas online desenvolvidas pelo FCBD®, eu vejo algo ali que não havia visto antes. Isso porque quem assiste à explicação pela segunda vez já não é mais a mesma pessoa que a assistiu na primeira vez. Por isso considerei tão importante participar novamente do General Skills e do Teacher Training. Jamais perderia a oportunidade de ter contato novamente com minha mestra Carolena e, de quebra, conhecer a simpática Megha!

Você já fazia aulas regulares de ATS? Participa de algum grupo/ trupe que se dedica ao estilo?
Dou aulas semanais de ATS® desde o início de 2013, no Espaço La Luna de Dança Egípcia Clássica (que, sim, agora tem Tribal também!), para alunas do município de Ribeirão Preto/SP e região. Como fui pioneira no estilo nesta cidade, somente agora, dois anos depois, as alunas que têm me acompanhado desde o início estão se sentindo mais confiantes e preparadas para se apresentar fora do ambiente familiar da escola. A partir daqui o Espaço La Luna ajudará o ATS® a conquistar o mundo!   *\o/*


Na sua opinião, qual a maior dificuldade dentro do curso? (desafios físicos, mentais, financeiros?)
Felizmente, ao contrário do que imaginava, não senti dificuldades neste curso. Talvez quando fiz o GS em São Francisco tenha sentido bastante cansaço, devido, todavia, à falta de costume à postura e, claro, à ansiedade. Desta vez foi só alegria! Definitivamente o curso não foi caro pelo que promoveu. Cada centavo investido não paga o valor do conhecimento que se desenvolveu ali. 

A única coisa que aconteceu que me gerou um certo cansaço mental foi o fato de em várias explicações algumas perguntas serem repetidas, muitas vezes com as mesmas palavras, mesmo havendo uma tradução simultânea de alta qualidade. Acredito que tenha sido pelo tamanho da turma e por distrações momentâneas. Claro que o importante é que todos os participantes tenham concluído o treinamento com suas dúvidas resolvidas!

Com esta formação, pretende dar aulas regulares de ATS?
Continuarei dando minhas aulas semanais, e provavelmente desenvolverei cursos intensivos.

O que mais você absorveu de toda esta experiência?
Percebi que um fenômeno muito interessante acontece quando praticantes desse estilo de dança se reúnem: uma amostra do que o amor que inúmeras pessoas têm por um só objetivo gera. Quando 140 braços se levantaram e snujs começaram a ser tocados, olhava ao meu redor boquiaberta. Me senti num transe que só acabou uma semana depois. Se temos pessoas com verdadeira empatia com os princípios do ATS®, cooperação e respeito é o que passa a reger as interações. É uma simulação de uma comunidade boa e civilizada!


Como é ter aulas com a criadora do Estilo? Sua percepção em relação a Carolena (mãezona? Rígida? etc) é diferente do que você imaginava anteriormente? Conte-nos. :)
Carolena Nericcio-Bohlman é o que ela prega. Bom, na verdade ela prega aquilo no qual acredita, seguindo princípios adquiridos na sua formação familiar e artística. Professora de respeito, que não precisa fazer macaquices ou ser durona para chamar a atenção. É precisa e sincera no que diz, e muito generosa com seu conhecimento. Tudo isso ela faz não por princípios morais, mas pelo amor à sua arte e desejo de que sua criação se expanda por todos os cantinhos desse mundo. É alguém que se orgulha do que faz e que não tem vergonha de mostrar e de defender isso.


Deixe uma mensagem para nossas leitoras.
Acho que todas as pessoas deveriam praticar ATS® um pouco na vida. Também acho isso da música e dos esportes, por outros motivos. O ATS® ajuda a desenvolver rapidamente um pacotinho de habilidades das quais sinto tanta falta quando olho para as pessoas no dia-a-dia, tanto que às vezes me pego pensando: "isso não estaria acontecendo se essa pessoa soubesse dançar ATS®". Seja o olhar nos olhos, seja a comunicação não-verbal, a postura que lhe dá poder e confiança, a noção espacial, a capacidade de trabalhar em conjunto para um bem maior, único e impessoal, e ter e expressar a gratidão e reconhecimento por tudo aquilo que faz você ser você. Todos esses elementos eram inexistentes em mim antes do Tribal aparecer. Desde então não tive mais dores nas costas, consigo me impor de forma positiva numa discussão, me faço presente no meu trabalho, passei a conseguir fazer amigos mais facilmente (um verdadeiro desafio para a pessoa tímida como eu!) e a me amar.

Por isso sou grata pelos encontros com as pessoas certas ao longo da vida, que me levaram até aqui e me ensinaram a apreciar a arte, que pode não ser essencial para a sobrevivência fisiológica, mas inestimável para a vivência social. (Mariana Esther)

3 de maio de 2015

PILARES ENTREVISTA - Carol Feitas

Entrevista elaborada por Carine Würch para os participantes do General Skills e Teacher Training com Carolena Nericcio e Megha Gavin, em abril de 2015 em São Paulo. 
Conte uma breve trajetória da sua dança. (Carol Freitas)
Bom, eu comecei no balé clássico com 4 anos. E sempre que eu ia dormir, o meu avô e minha mãe me contavam histórias das culturas: greco-romana, egípcia, celta, nórdica, hindu. Quando eu entrei na pré-adolescência meu corpo mudou bastante. Tinha mais seios, mais quadril do que as outras meninas. E isso não era nada bom para os padrões do balé clássico. Antes das apresentações, a professora colocava faixas em mim para diminuir tamanho de seios e coxas. 

Eu quase desisti de dançar. Porque eu comecei a me achar feia, que nada estava bom o suficiente. E durante esse período, graças às histórias que sempre ouvi quando pequena, eu comecei a ler sobre uma dança que a essência era o feminino: dança do ventre

Comecei a fazer a adorei! Eu era aceita, todas eram! Mas eu ainda sentia falta de algo, porque eu gostava de dançar outros tipos de música, de colocar movimentos de dança irlandesa ou flamenco ou do balé. E eu gostava dos aspectos teatrais, pois sempre gostei de dançar criando um personagem e histórias. Foi quando eu vi um vídeo de uma mulher dançando toda misteriosa, com tatuagens... e eu pensei: pronto! É isso que faltava!


O que fez você escolher fazer o curso com Carolena Nericcio?
Minha primeira aula de Tribal Fusion foi com a Paula Braz, uma professora que tenho um carinho muito especial. Também fiz aulas com outras professoras e professores. Um dia, em uma aula teórica com a Paula, aprendi o que veio antes do Tribal Fusion: ATS®. E que a criadora deste estilo estava por aí linda, se apresentando e ensinando.

Eu logo pensei: preciso fazer aulas com a Carolena! Quantas pessoas têm a chance de fazer aula com a criadora do estilo?? 
Eu já estava me preparando para ir aos USA, quando chegou a notícia: a Carolena, a mãe do ATS®, vem para o Brasil. Eu simplesmente não podia perder essa oportunidade!

Você já fazia aulas regulares de ATS? Participa de algum grupo/ trupe que se dedica ao estilo?
O grupo de dança que eu fazia parte se chamava Filhas da Lua. Éramos um trio: Shabbanna Dark, Walkiria Eyre e eu. Minhas irmãs de dança e coração! Nós sempre nos colocamos como um grupo Vaudeville Avant-Garde FusionNunca tinha feito aulas regulares de ATS®. Tudo o que eu aprendi foi com DVDs do FatChanceBellyDance®, DVD da Rebeca Piñeiro e um workshop com a Isabel de Lorenzo, que veio aqui no DF e nos deu um gostinho do ATS®.

Na sua opinião, qual a maior dificuldade dentro do curso? (desafios físicos, mentais, financeiros?)
Para mim, os maiores desafios foram mentais e físicos. Eu tenho depressão e hipotireoidismo. E o ano passado e o início deste ano foram muito difíceis para mim. A minha depressão voltou com força total e o problema da tireoide também. Até cheguei a pensar em desistir da dança. Então, esse curso também me serviu como um desafio: eu precisei voltar a acreditar em mim.

Com esta formação, pretende dar aulas regulares de ATS?
Mas é claro que sim! Eu não consigo aprender algo e ficar só para mim. Eu tenho essa necessidade de sair espalhando, dividindo o que aprendi! Adoro! Claro que com o compromisso: turma de Tribal Fusion e turma de ATS® separadas! 

O que mais você absorveu de toda esta experiência? 

Aprendi a acreditar e a confiar mais em mim de novo. E reforçou algo que eu sempre valorizei muito: o trabalho em equipe e o respeito pelas suas colegas de dança. 

Como é ter aulas com a criadora do Estilo? Sua percepção em relação a Carolena (mãezona? Rígida? etc) é diferente do que você imaginava anteriormente? Conte-nos. :)
Ter aula com a criadora do estilo é algo maravilhoso! Você bebe na nascente! Ela explica o porquê dos passos, você escuta dela mesma como que tudo isso aconteceu. Carolena nos acolheu, respondeu nossas dúvidas e cobrou disciplina. Ou seja, uma mãe!

Antes de fazer o curso, eu escutei de muita gente que ela era rígida, uma pessoa muito difícil. Eu fui pro curso pensando "caramba, ela deve ser parente da minha antiga professora de balé!". 

Já imaginei a Carolena passando no meio de nós, todas em filas perfeitas executando os exercícios... e Carolena com uma vara na mão corrigindo tudo. Mas ela não fez nada disso, claro! Ela não era isso. 

Carolena apenas é de uma cultura diferente. Mas é algo que eu já estou acostumada, porque eu também tive uma criação diferente. Enquanto ela fala, não gosta de ser interrompida. E quando você falava algo, ela também não te interrompia. 

Carolena é pontual e cobrou isso. O que foi ótimo, porque muita gente aprendeu a ter disciplina e Carolena conseguiu cumprir todo o cronograma dela conosco.

Deixe uma mensagem para nossas leitoras.
Aprenda a respeitar os seus limites e o das suas colegas, porque o ATS® não acontece sozinho. É um trabalho em equipe. Tem que aprender a dominar o ego, a confiar em si e em suas companheiras. Criar uma conexão. Assim, todas dançam, todas brilham e todas se divertem. E público também se diverte, pois toda essa energia é passada para a plateia =) 

http://pilaresdotribal.blogspot.com.br/2015/04/carolena-no-brasil-2-dia-carolena-e.html  (nesse link tem fotos minhas com a Maria Badulaques e a Raisa, minhas duas grandes companheiras de curso, de almoço, de desabafos!)

A primeira foto que eu a Raisa Latorraca, logo depois que recebemos nossos certificados! Aqui no DF somos as primeiras. Uma grande honra e responsabilidade. 
A outra foto é com a Grande Mãe Carolena Nericcio. Segurando muito para chorar neste momento!(Carol Freitas)

2 de maio de 2015

PILARES ENTREVISTA - Tata Correia

Depoimento de Tata Correia sobre o General Skills e Teacher Training com Carolena Nericcio e Megha Gavin, em abril de 2015 em São Paulo.  
Falando por mim, ser uma Sister Studio é ser um instrumento para passar a filosofia do ATS® adiante, mostrando o quanto a dança é empoderadora e inclusiva.

Dois anos atrás, ouvi de uma determinada pessoal que gorda não pode dançar tribal – quem me conhece já está cansado de me ouvir falando isso, mas acho importante frisar para contextualizar.

De 2013 para cá, estudei com muita gente, conheci muita gente e me descobri no ATS®. Me vi representada no estilo. Me vi inserida dentro de um estilo em que não importa se você é magra, gorda, alta, baixa, novinha, idosa ou qualquer coisa do gênero.

O que importa é dividir o sorriso com quem você gosta no palco. O que importa é compartilhar com o público a alegria de uma dança tão nova que tem suas raízes calcadas na ancestralidade de várias tribos.

O que importa é o sentimento de união entre as pessoas que integram essa família – e a comprovação de que ego inflado não tem espaço.

E, pessoalmente, quero mostrar para as garotas gordas/plus size que é possível sim! 

É possível dançar em cima de um palco sem sentir vergonha do corpo, é possível sorrir e estar segura entre as amigas, e é possível estar em um ambiente sem ser julgada pela sua forma física. Eu sou prova disso. E quero disseminar isso com cada vez mais força.

Acho que é isso, meninas.
Beijo e muito obrigada!  Tata Correia



Conte uma breve trajetória da sua dança. (Tata Correia)
Tive experiência com dança na infância - aquela coisa da mamãe querer que você faça ballet, rs - por pouco mais de um ano, acho. Depois disso, fiquei parada e fui fazer outras coisas. Voltei a ter contato com a dança em 2011/2012, mas a vida virou do avesso mesmo quando conheci o Tribal Fusion (via os vídeos do Indigo - eu queria ser Rachel Brice, hahahaha) e, principalmente, o American Tribal Style®. Comecei a estudar com a Rebeca Piñeiro na escola Campo das Tribos em fevereiro de 2013, e a partir daí fui aprofundando meu contato com outras professoras, outras pessoas, e me encontrei mesmo no ATS®, seja pelas amplas possibilidades que o estilo abre como pela sua filosofia feminista e inclusiva. Atualmente estou um pouco parada com as aulas regulares, mas pretendo voltar a faze-lo em breve.
O que fez você escolher fazer o curso com Carolena Nericcio? 


Basicamente, a oportunidade de estudar com a responsável pelo desenvolvimento do ATS®. Não é sempre que se tem a chance de estudar direto com a fonte em seu país. Abracei a chance, fechei o olho e fui, rs


Você já fazia aulas regulares de ATS? Participa de algum grupo/ trupe que se dedica ao estilo? 
Estudava na Escola Campo das Tribos até o começo deste ano, mas pretendo retomar meus estudos semanais para seguir limpando técnica. E sou uma orgulhosa integrante do Thelema Troupe - alô Karina, Tati, Rosana! <3 - desde sua fundação, no final de 2014.


Na sua opinião, qual a maior dificuldade dentro do curso? (desafios físicos, mentais, financeiros?) O desafio financeiro, em alocar uma quantidade grande de dinheiro para encarar 30 horas seguidas de aula. Pedi férias do meu trabalho regular para poder me dedicar da forma que o curso exigia. Desafios mentais sempre existem, principalmente quando você percebe que é a única mulher realmente acima do peso - e que não é profissional da dança - a estar ali, junto com tanta gente que você aprendeu a admirar ao longo da estrada. Fiz todo o curso com uma proteção no joelho e no tornozelo para driblar as dores, e não me arrependo nem um pouco. E também queria provar para mim mesma que era capaz disso.



Com esta formação, pretende dar aulas regulares de ATS? Quero seguir estudando, e eventualmente pretendo dar aulas particulares de ATS® na minha região e para garotas que não se sentem muito confortáveis com seu corpo - essa é uma bandeira que sempre pretendo defender. Tem espaço para todo mundo, e se você tem um corpo, dance!
O que mais você absorveu de toda esta experiência? Que a técnica é realmente muito importante, mas o fundamental mesmo é aliar a técnica limpa com paixão em dividir o momento com as amigas no palco e com o público que te assiste. Como disse Carolena Nericcio no curso, você É a dança quando está no palco. E espalhar essa magia por aí é algo que todas nós devemos fazer, como professoras certificadas, como Sister Studio® ou mesmo como dançarinas de ATS® em nossas trupes. E também ficou muito claro que o ego não tem espaço neste tipo de dança, o mais legal é se compartilhar o momento.




Como é ter aulas com a criadora do Estilo? Sua percepção em relação a Carolena (mãezona? Rígida? etc) é diferente do que você imaginava anteriormente? Conte-nos. :) A experiência mais surreal que alguém apaixonada pelo ATS® pode ter! Carolena é extremamente sucinta, direta nos pontos que quer abordar, e muito preocupada em passar a técnica de forma que todas pudessem entender - afinal de contas, a turma era uma boa mistura da América Latina. E tudo isso com um sorriso no rosto. A presença dela é magnética - e bem diferente da postura mais ditatorial que nos passaram anteriormente. E a Megha Gavin é muito divertida.



Deixe uma mensagem para nossas leitoras. 
Não deixem que as convenções sociais te impeçam de fazer algo que você queira. Se você tem um corpo, dance. Sorria, compartilhe sua história e experiência com outras pessoas. E estude. MUITO. (Tata Correia)

1 de maio de 2015

PILARES DO TRIBAL - Juliana Santos (Ayanna Munirah)

Entrevista elaborada por Carine Würch para os participantes do General Skills e Teacher Training com Carolena Nericcio e Megha Gavin, em abril de 2015 em São Paulo. 
Conte uma breve trajetória da sua dança. (Juliana Santos) - Professora de Dança do Ventre, Tribal Fusion e atividades rítmicas e expressivas. Tenho doze anos de experiência em Dança Oriental, acerca de quatro anos, estudo e trabalho com o Tribal Fusion, e há dois anos, estudo o ATS®. 


Formada em Educação Física na Escola Superior de Educação Física de Jundiaí. 


Por influência da faculdade trabalho também com o Belly Fitness, que é um treinamento funcional da dança árabe criado e desenvolvido por Bruna Nassif.

Formação em Danças Orientais:
Especialização em Dança do Ventre com Rosangela Bronca. 
Curso profissional em Tribal Fusion com Rachel Brice (EUA). 
Curso intensivo (módulo I e II) em ATS® com Mariana Quadros. 
Credenciamento Belly Fitness com Bruna Nassif. 
Aulas e Workshop com diversos professores da área, alguns deles são: Vânia Leite (Dança do Ventre), Lulu Sabongi (Dança do Ventre), Aziza Mor Said (Dança do Ventre), Fairuza (Tribal Fusion), Fernanda Palmeira (Dança Indiana), Shaide Halim (Dança Indiana e Tribal Fusion), Lukas Oliver (Tribal Fusion e Fluid Fusion), Joline Andrade (Tribal Fusion). 
E também com alguns profissionais de renome mundial da dança do ventre: Jillina (EUA), Raqia Hassan (Egito), Samir (Argentina), Tito (Egito), Isis (México) e também do ATS®: Kristine Adams (EUA).

O que fez você escolher fazer o curso com Carolena Nericcio? 
Desde de que comecei a estudar o Fusion, sentia um buraco na minha minha base de dança, buraco esse que meus professores de fusion não preenchiam, e consequentemente, isso me incomodava demais na hora de repassar meus conhecimentos às minhas alunas. Por isso procurei o ATS na escola Campo das Tribos. Quando soube que a Mama viria para o Brasil, NÃO TIVE DÚVIDAS!!! Com certeza, buscaria os meus estudos direto na nascente!! ;)

Você já fazia aulas regulares de ATS? Participa de algum grupo/ trupe que se dedica ao estilo? Não fazia aulas regulares, mas fiz aulas com a Mariana Quadros e continuei estudando por conta. Também não tenho um grupo específico de ATS, mas isso daqui pra frente está com os dias contados!!


Na sua opinião, qual a maior dificuldade dentro do curso? (desafios físicos, mentais, financeiros?)

Sem dúvida, pra mim foi o desafio financeiro, em primeiro lugar!!

De repente, há dois meses, precisei entrar no aluguel residencial e isso me quebrou por completo, quase não consigo o valor total para terminar de pagar o curso!! Mas a Rebeca é uma linda, que segurou ao máximo o prazo pra mim, e eu deixando de pagar convenio médico e cartão de crédito por três meses tudo deu certo no final!! rsrs


Mas é claro que o desafio psicológico e afetivo também gritaram muito comigo, pois sendo do interior (Jundiaí/SP) acho que irá demorar alguns anos para eu conseguir esse retorno financeiro dando aulas por aqui. A pressão de fazer pela realização própria e não fazer pela falta de retorno financeiro realmente foi dolorosa.

Com esta formação, pretende dar aulas regulares de ATS? Sim, pretendo!! Com toda certeza e paixão pelo ATS !!!


O que mais você absorveu de toda esta experiência? 
A real essência do ATS... A unidade!! A humildade de dançar numa entidade!! A magia de vc simplesmente não conseguir parar de sorrir depois de uma dança em formação com suas parceiras(os). 

Eu falo do ATS e lembro o que eu vivi nesses dias e meu coração se enche de amor e de alegria!!! Não dá pra não sorrir!


Como é ter aulas com a criadora do Estilo? Sua percepção em relação a Carolena (mãezona? Rígida? etc) é diferente do que você imaginava anteriormente? Conte-nos. :) A Mama é simplesmente EXTRAORDINÁRIA!!! 

Mudei totalmente a impressão que eu possuía dela. Achava que fosse estilo militar, rígida e turrona ... Kkkk... 

Ela é uma fofa! Doce! Brincalhona! Ela é rígida sim quando se diz respeito à fazer o que é certo dentro de sua arte. Porque na verdade o que ficou muito claro pra mim, é que o ATS não é um estilo de dança legal que elas criaram, o ATS é a vida dela!! Ali sendo compartilhada para todos aqueles que estiverem dispostos a respeitar e cumprir o combinado dentro do estilo!!!

Estes foram dias únicos em minha vida!! Que guardarei em meu coração para todas as outras vidas que terei!! E não falar da Megha é um pecado!! Tudo isso vale também pra ela!! Mulher incrível!! Amei conhecê-las!!




Deixe uma mensagem para nossas leitoras.
Meninas e meninos,
Acho que tudo que já escrevi descreve quão maravilhoso e mágico é o ATS, entrem pra nossa Tribo!! Venha ser feliz conosco!!

I💜ATS
bjinhos Juh Santos(Ayanna Munirah)