30 de setembro de 2014

198 - REBABA | RITA ALDERUCCI

198 por Maria Carvalho - SEMANA 18

Rita, a fênix!

"Nunca estive mais feliz e tão a vontade em minha própria pele" (Rebaba)

É muito comum olharmos a vida de alguém, a carreira de uma pessoa que admiramos e desejarmos ser a pessoa, correto?! Pois é, contudo nem só de lantejoulas vive as bellydancers e a tribalistas.

Rita foi uma das grande companheiras do John, nosso querido ex-frango-atropelado (piadinha dele mesmo...quem leu o post sabe, a ha...ti peguei!!!), dançou no Bal Anat de Miss J e se descobriu viciada em drogas. Graças a família Hahbi´ru e amigos sofreu uma intervenção em 2004 e saiu deste universo macabro de auto-destruição.

A minha "droga" é a dança, o simples fato de ter uma coregrafia para assimilar celularmente, a adrenalina da apresentação, o orgasmo de dançar "casmigas" já me deixa em êxtase, mas com Rita não foi assim e o sofrimento de se ver num processo tão destrutivo, especialmente em se tratando de alguém talentoso é fodástico.

Não é fácil pedir ajuda, como igualmente não é simples tarefa aceitar ajuda.
Semana passada vi (aprendi) com Nakish conceitos que procuro cada vez mais por em prática; respeito a dança, conhecimento e agora lendo e descobrindo Rebaba lembro que todas essas divas-tribais que reverenciamos tem algo semelhante a nós, além do amor a dança... a INEXORÁVEL CONDIÇÃO DE MORTALIDADE...somos finitos, só existimos no aqui e agora, portanto escolher o caminho certo é de lei. Dica, siga a luz e nós do Pilares (perco o amigo, mas a piada noooom dá)
Rebaba dancing in an improv class.
Caption- " This photo is taken of when I was in the Performing Arts Workshop (PAW). I was in the Work-Study Arts Program and spent a minimum of 2 hours a day studying drama, improv, Ballet & Modern dance & Circus Arts. I was  a student there beginning in Junior High School abnd until I graduated from High School. It was the closets thing to a performins arts school in existence at the time in San Francisco, I was 13 years old in this picture. Gloria Unti, the director, is pictured in the background, left.

Super xeros e vamo que vamo.
Só começando...

Fonte:

29 de setembro de 2014

199 - REBABA | RITA ALDERUCCI

199 por Carine Würch - SEMANA 18

Este semana falaremos de Rebaba, ou Rita Alderucci, Co-​​Fundadora e Diretora de Hahbi'Ru Dance Ensemble, juntamente com John Compton.

Sensual e elegante, sua interpretação dramática, estilo e habilidade técnica lhe renderam uma reputação internacional, como uma das artistas mais emocionantes dos Estados Unidos na Dança Oriental. 

Estes atributos criaram as bases para o estilo de ensino exclusivo da Rita, que combinam precisão de movimento com caracterização emocional. Rita tem formação em Ballet, Dança Moderna, afro-haitiano e dança polinésia, quando ela começou a estudar dança oriental com Jamila Salimpour em 1969.

Rita começou a se apresentar como dançarina solo, bem como o no grupo de Jamila Salimpour: Bal-Anat, em 1970, fazendo, sua estréia nos shows de dança orientas e restaurantes gregos em sua terra natal, Sao Francisco logo depois. Em 1975, Rita tornou-se uma das primeiras bailarinas orientais da América do Norte, fazendo shows em Paris, e ao longo dos anos 1970 e 80, ela continuou a dançar extensivamente na Europa, Oriente Médio e África. 

Retornando para os EUA em meados de 1980, Rita fez sua casa em Hollywood, Califórnia, onde é bem conhecida na comunidade por seu desempenho na Dança Oriental. 

Fonte:
http://www.gildedserpent.com/aboutuspages/RitaRebaba.htm#axzz3ELN6h8A7

28 de setembro de 2014

200 - NAKISH

200 por Maria Carvalho - SEMANA 17

"O figurino tornou-se mais suave e mais bonito, mas há uma coisa que eu gostaria de passar. Uma das coisas mais importantes nesta dança de entender é a palavra coreografia, e de onde vem. Coreografia é o acúmulo de muitos passos individuais que é aplicada à música e que é ensinada para um dançarino de sua / seu instrutor que teve anos de experiência."

Ou seja, você precisa de repertório para encarar um solo e uma coreografia. Haverá um crescimento continuo e sempre, sempre haverá etapas a serem superadas.

Nakish continuou: 
"Não tenha pressa para sair e ser visto em público. Tome seu tempo e realmente aprender a dançar corretamente. "

No fechamento, Nakish declarou: "Esta dança já é um estilo de dança muito sexy. Você não tem que adicionar mais sensualidade para ele a fim de dançar muito bem."

O nome de Nakish, significa "Beautiful One", e de tudo que aprendi estudando-a entendo que ela faz jus ao nome que escolheu.

Vamo que vamo
Xerooooos

27 de setembro de 2014

201 - NAKISH

201 por Carine Würch - SEMANA 17


Em 1973, Nakish deixou o Bal-Anat e começou a ensinar. Embora ela realmente não gostasse do clima dos clubes noturnos, ela dançava mais ou menos uma vez por mês e era muito protetora com suas alunas. Ela exigia que os proprietários dos clubes respeitassem suas alunas, dizendo que se elas fossem desrespeitados, elas nunca mais dançariam naquele local, mas se fossem bem tratadas e respeitadas, elas lotariam a casa. 

Em 1983, Nakish foi convidada pelo Dr. Bousaini Farid, presidente do clube das mulheres no Egito, na época, para ir ao Egito e dançar para o programa Friendship Force International. Nakish diz que esta experiência era seu orgulho e alegria. Ela dançou no Nilo Hilton para a elite do Egito. Enquanto estava lá, ela também dançou no NYE no Iate Clube para mais de 50.000 pessoas, mas logo parou por causa de uma pneumonia. 

Nakish é uma explosão de criatividade. Ela não foi só pioneira na dança, e na dança com espada especificamente, mas também fez parte da equipe da Revista Belly Dancer, como editora de beleza. Desenhou trajes para grandes produções, como o San Francisco Ballet e também foi destaque em várias revistas e programas como o Belva Davis Show e o Jim Dunbar Show.

Você pode realmente ter uma noção de sua paixão por esta dança se ouvir esta entrevista. 

Ouvimos tudo e é tão interessante ouvir a sua perspectiva, e como ela vê a dança agora, e seu conselho para dançarinos. (EM inglês - se quiser pode pular direto para o minuto 4 )



http://www.blogtalkradio.com/blessedhipsbellydance/2007/07/09/listen-to-nakish-first-black-bellydancer-in-the-us



Fonte:
http://thebellyblog.com/2014/02/13/tbt-the-lady-with-the-eyes-nakish-beautiful-one/
http://www.gildedserpent.com/art39/SausanNakishInterview.htm

26 de setembro de 2014

202 - NAKISH

202 por Maria Carvalho - SEMANA 17

Nakish parou de ensinar dança completamente em 1993, depois que feriu-se trabalhando em "O Fantasma da Ópera, onde trabalhou no Departamento de Figurino. Passou então a ministrar workshops de beleza e maquiagem e muitas vezes desenhando figurinos de grandes produções. 

Ainda hoje trabalha com chapelaria, prata... lembrei de Masha, a grande designer de jóias, com uma mega pegada tribal.

O show mais memorável foi no Egito, quando ela dançou para a elite e como convidada! 



Esta linda dançarina desejava ardentemente que as jovens sucessoras conhecessem suas origens e como era duro o trabalho para tornar a dança respeitável.

Uau, olha nós aqui realizando seu desejo!!!!
"Eu trabalhei duro para os dançarinos em San Francisco, para acabar com a discriminação, e para me certificar de que todas as culturas fossem incluídas no desenvolvimento desta dança."
Nakish se cansava das pessoas ignorantes e ficava com raiva pela percepção que tinham deste estilo de dança. 



Uma linda dançarina, exuberante não só em palco, mas principalmente por seu posicionamento e ética.

Vamo que vamo.
Xeros

25 de setembro de 2014

203 - NAKISH

203 por Maria Carvalho - SEMANA 17
 
Nakish e o respeito.

Tudo casando nos posts dessa semana, falamos na segunda sobre a polêmica sensualidade da dança que se não for bem trabalhada nos transforma num objeto de consumo. Pois bem, lendo e pesquisando sobre essa linda e exótica mulher, observo sua atenção, peculiar, ao respeito próprio e a imposição deste conceito à terceiros.

A intenção de Nakish, me parece, que no esteio do que já lemos de Miss J era a propagação da dança, da técnica e não do culto a sensualidade e as formas, o que não significa dizer que devemos relaxar conosco, afinal nosso corpo, nosso templo.

Certa feita foi convidada a dançar em boates no Japão, mas antes de ser tomada pela euforia se preocupou em ir, conhecer e ver se o local e a proposta se adequavam a suas convicções, quando observou que a casa (boate) não se curvaria a suas orientações, simplesmente desistiu em ir e expor os alunos. Isso se chama RESPEITO.

Nesse mundo de meu Deus já vi cada coisa acontecendo... a visão do inferno, saravá!





"Eu realmente não me interessava pela cena dos clubes noturnos, não gosto disso. Gosto de fazer feiras." Nakish

Vamo que vamo.
Xeros

24 de setembro de 2014

204 - NAKISH

204 por Carine Würch
Nakish é conhecida como a primeira afro-americana nos EUA a ser bailarina de dança do ventre. 

Ela também foi a primeira e única bailarina negra no Bal Anat, no início dos anos 70.

Suas outras estreias incluem a primeira mulher negra a ensinar na YWCA (em San Francisco) em 1977, e uma das primeiras professoras do Rakkasah

Nakish nasceu em San Francisco. Dançarina desde de uma idade muito precoce, aos 6 ela tinhas aulas de ballet e mais tarde, na escola, ela estudou flamenco e dança moderna. Embora estudando a técnica de Martha Graham, ela não quis seguir para Nova York depois da escola, onde não conhecia ninguém. Em vez disso, ela foi para o San Francisco Conservatory of Dance e estudou dança moderna no City College simultaneamente. 

Em 1962, Nakish explorou outros aspectos de sua criatividade e foi para a Louise Slinger Academy of Fashion e formou-se em 1966, tornando-se assistente de Patricia do London Design em 1967. Nakish também teve interesse em design de pedras e lapidação e joalheria. 

Nakish foi apresentada a dança do ventre através de seu namorado que trabalhava na Renaissance Pleasure Faire como ferreiro. 

No início, ela não se sentia muito bem em participar como uma dançarina do ventre, porque não fazia parte de sua cultura étnica. Um ano depois, ela foi assistir e viu trupe de Jamila Salimpour: Bal Anat


Em entrevista à Gilded SerpentNakish disse: "Rhea estava dançando com sua espada. Ela me viu ali parada observando os dançarinos e veio até mim e disse: 'Você deveria dançar nosso grupo!"

E assim aconteceu. Em 1969 Nakish começou a estudar com Jamila e tornou-se a próxima dançarina espada no grupo, quando Rhea partiu para a Grécia.

Fonte:
http://thebellyblog.com/2014/02/13/tbt-the-lady-with-the-eyes-nakish-beautiful-one/
http://www.gildedserpent.com/art39/SausanNakishInterview.htm

23 de setembro de 2014

205 - DIANE WEBBER

205 por Carine Würch - SEMANA 17

Paralelo ao trabalho do Bal Anat, no Renaissance Pleasure Faire, temos o trabalho de Diane Webber, que teve uma carreira de atriz, modelo e bailarina, foi inclusive Playmate da Playboy em 1955 e 1956. 

A partir de 1969 até 1980 dedicou-se exclusivamente à carreira de bailarina (isto incluindo filmes em Hollywood), e formando seu próprio grupo o Perfumes of Araby, sendo uma das primeiras companhias de dança do ventre americanas.

Vivendo em uma década única, de expansão cultural, de arte, de vivências, experiências, esta oportunidade de crescimento e visibilidade de todo este movimento do Oriente Médio - música, língua, cultura, dança - abriu portas e oportunidades de trabalho.

 

 
Diane Webber foi professora de grandes nomes do cenário da Dança do Ventre nos Estados Unidos, como Jillina e Shareen El Safy, trabalhou com Jamila no Badgad em São Francisco, inclusive recomendando o trabalho de Jamila para suas alunas.

Ela mesma criava seus figurinos e incentivava suas alunas a fazerem o mesmo. baseava suas pesquisas em Ruth Denis, e nas pinturas orientalistas (um pouco de Jamila aqui também? Ou quem sabe de todas nós?). Se envolvia na escolha dos tecidos, e na estruturação dos figurinos. Eu acho isto o máximo. Acho que isto identifica muito o bailarino. Dá o toque pessoal a cada peça.




"Das longínquas performances dos anos 70 até as apresentações de grupo ou como artista solo, Diane Webber continuamente oferece a sua filosofia de se conectar a um entendimento espiritual: estando presente no momento e não pensando no futuro, vivendo a vida ao máximo nesse momento, em nosso próprio caminho; aspirando por uma conexão espiritual visceral, através da partilha de nossa dança. Nós somos os objetos de nossa própria fantasia." ( Stasha Vlasuk)



FONTES:
http://www.gildedserpent.com/cms/2011/07/05/stasha-perfumes-araby-diane-webber/#axzz3E9OZkW1k
http://scottpearce.com/2009/04/22/rip-diane-webber/
http://en.wikipedia.org/wiki/Diane_Webber
http://www.anaheed.com/perfumes.html
http://www.gildedserpent.com/cms/2011/08/08/stasha-perfumes-araby-diane-webber-2/#axzz3E9OZkW1k
http://www.gildedserpent.com/cms/2011/09/15/stasha-diane-webber-fantasy-part-3/

DIANE WEBER - EXTRA

22 de setembro de 2014

206 - DIANE WEBBER

206 por Maria Carvalho - SEMANA 17

A incômoda sensualidade de Diane Webber.
Falaremos desta linda integrante do Perfumes of Araby e aproveitando sua sensualidade vamos tocar neste ponto indigesto.

Podem observar que Diane tinha formas voluptuosas, a típica mulher que encheria uma cama e certamente valeria milhares de camelos. Que horror, piadinha xexelenta, sigamos com mais classe (blêh!!!!)



Então, ela a classe... versus a sensualidade. Hoje, alias ontem, conversava com uma amiga bailarina (elegante em cena pra chuchu) e sua visão do bellydance. Há um evidente incomodo para as mulheres, na plateia, ver a sensualidade, corpos muito expostos, movimentos muito sinuosos e tudo isto, muitas vezes em meio a um jantar, como é típico das apresentações dos famosos jantares árabes, passa o humus... passa o shimiiiie. Outra amiga, em visita a São Francisco fez o mesmo relato sobre as bailarinas de um famoso grupo tribal da região, porém da parte específica das bailarinas do ventre.  Ou seja, ninguém (opa, do gênero feminino) gosta de ver uma linda e exuberante jovem movimentando-se fluidamente, quando ao lado está o marido, namorado, caso, rolo, amancebado, principalmente se rolar muita sensualidade no ar. Há um liame tênue entre ser sensual e cair no vulgar, dosar para não escorregar no quiabo. E o mais importante, é isto que queremos deixar de mensagem com nossa dança?


Assim era também nas apresentações de Miss Webber na Renaissance Faire, havia muitas mulheres e crianças entre os expectadores, nem sempre agradava. Creio que o Dress Code da Tribal veio para jogar uma pá de cal em todo esse composto vulcânico, afinal é mais dança e menos bailarina.

Vamo que vamo com classe e fluidez!
Semana só começando.
Xeros

Fotos

21 de setembro de 2014

207 - SUHAILA SALIMPOUR

207 por Maria Carvalho - SEMANA 16 (VÍDEO)

Neste vídeo vemos pedacinhos do Show Sherazade, indicado ao Prêmio Isadora Duncan de Dança.

Uma das partes mais interessantes é quando Suhaila diz que a dança é a
terapia da mulher no Oriente Médio, ora ora...e não é assim para nós também?

De quebra ainda tem Jamila e Isabela... guenta coração!

Vamo que vamo, bye bye Suhaila outro adorável bailarino nos aguardará semana que vem.
Xeros

20 de setembro de 2014

208 - SUHAILA SALIMPOUR

208 por Carine Würch - SEMANA 16




Segue mais um pequeno trecho traduzindo por mim de uma entrevista feita por Shareen El Safy  do The Best of Habibi com Jamila e Suhaila Salimpour falando um pouco sobre sua visão sobre a dança.

Sobre o básico: 

Jamila: Minha base tornou mais fácil para as pessoas assistirem e serem capazes de analisar um movimento... A bailarina deve ser capaz de fazer isso. Não deve ser um mistério. 

Suhaila: Tem havido um monte de comentários de bailarinas dizendo que já dominam o básico do formato de Jamila Salimpour. As pessoas não percebem que ele não é um formato básico, é extremamente complexo, e pode ir para níveis tais que, mesmo agora, eu estou tentando fazê-lo. Eles talvez dominem um terço do que ela deixou disponível para os bailarinos. 

Sobre Técnica: 

Jamila: A coisa mais frustrante para mim é o onde a dança está indo. Eu gostaria de pensar que as pessoas estão definitivamente pensando em termos de técnica, onde se torna tão excitante e tão impossível, que o mundo vai dizer que isso é realmente uma forma de arte - não apenas poses e posturas. 

Suhaila: Isso é realmente importante, porque as pessoas estão falando sobre coreografia e técnica versus sentimento e improvisação, mas em todas as outras formas de dança, a técnica é uma questão de fato. Nunca é uma situação de escolher entre um ou outro... Eu acho que um monte de dançarinos do Oriente Médio estão tão interessados em ser esses artistas emocionais que se esquecem que eles precisam gastar seu tempo treinando... Uma Dançarina de Dança do Oriente Médio tem sido comparado a um músico de jazz, e é uma boa comparação. Tem que haver um sentido de espontaneidade e emoção, mas o músico é geralmente tão tecnicamente soberbo, que eles podem decolar em qualquer direção que eles queiram. 

Sobre o Treinamento

Suhaila: dançarinas orientais não estão se completando como bailarinas. Estão gastando dinheiro em figurino, mas não gastam dinheiro suficiente em aulas. Eu recomendo ballet para postura e no conhecimento muscular que não usamos na dança oriental. Qualquer outra forma de dança tem um arabesco melhor do que nós ... mais elevado e elegante. 

Jamila: Tecnicamente falando, eu acho dançarinos profissionais com formação clássica, podem muito bem desenvolver qualquer forma de dança no mundo, mas sentimento é outra coisa. Se houvesse um interesse em estudá-la (a dança do ventre), eles poderiam absolutamente bater a qualquer outra bailarina neste país. Mas eles não a consideram uma forma de arte,  eles não consideram isso um desafio. 

Poder da Dança

Jamila: Eu sinto que esta dança pode ser quase como uma forma de yoga ou meditação, porque quando você entrar no espírito da música e da dança, pode realmente diminuir o nível de estresse. É uma expressão maravilhosa. Ela pode ser muito espiritual. 

Suhaila: Todos os movimentos fazem sentido para o corpo de uma mulher. Você não tem que lutar ou brigar com eles. É um regresso a casa. 

Jamila: Eu não quero ficar mística ou falar sobre a Deusa Mãe como o todo-poderoso, porque eu acho que há um equilíbrio entre a energia masculina e a energia feminina. Sempre tem que haver esse equilíbrio, ou não funciona. Quando um domina e o outro é submisso, não é bom. Eu acredito que há um fundo ritual para a dança, e uma poderosa mitologia. 

Suhaila: Homens e mulheres podem tornar-se muito ameaçada quando vêem uma dançarina do ventre, porque ele encarna as qualidades positivas de ambos os sexos: 'Meu Deus, ela está no palco e ela está lidando e controlando toda esta platéia e ainda assim ela está se movendo de forma muito sensual, feminina e poderosa. Isto pode ser confuso e ameaçador, ou pode ser rejuvenescedor se eles estão felizes com o que vêem. Quando você é um dançarino, você é tão livre! 


Sobre o futuro

Jamila: Estou pensando em termos de preservação de uma forma de arte. A menos que seja catalogado e organizado, e temos dado terminologia a nossa dança, não vai a lugar nenhum. Tem que haver uma base para a dança ou a dança não tem futuro.




Fonte:

19 de setembro de 2014

209 - SUHAILA SALIMPOUR

209 por Maria Carvalho - SEMANA 16

O que Suhaila fez para dança do ventre foi levar o conceito geral de isolamentos e breaks, e aplicá-los a todos os movimentos de dança do ventre (não apenas alguns), com uma abordagem orientalizada. 

No final de 1970, Suhaila acrescentou muitos isolamentos ao formato de sua mãe, incluídas no  Danse Orientale Manual, publicado em 1978. Ela ensinou, identificando os músculos específicos que eram a principal força por trás de cada movimento. Pela primeira vez, dançarinas do ventre, estavam sendo ensinadas a se mover de dentro para fora, movendo seus músculos. Seu método também forneceu um meio para ensinar e treinar camadas dos músculos. O método de Suhaila deu aos alunos uma maior capacidade de movimento, expressão e individualidade. Agora, todos os dançarinos podem aprender todas as possibilidades de isolamento e todas as opções de movimentos específicos dos músculos, tento disciplina e treinamento regular.

Jamila é chamada a mãe da dança do ventre tribal americana, por causa da influência significativa de sua técnica, aplicada à sua trupe Bal Anat

Igualmente importantes são as influências de Suhaila na fusão tribal.

Suhaila foi a primeira a trazer os breaks, isolamentos, e camadas que são agora elementos comuns do tribal fusion, e de muitas estilizações da dança do ventre hoje.

Até o momento, Suhaila terminou o ensino médio em 1985.

Suhaila delineou seu formato, principalmente enquanto estava ensinando e desenvolvendo-o, por quase dez anos. Ela passou a década seguinte dançando em casas noturnas (prestigiado Byblos em Los Angeles e no Oriente Médio). Durante esse tempo, ela colocou tanto seu próprio formato em teste, quanto o de sua mãe, continuando a aperfeiçoar e desenvolver os mesmos. 

Depois de se aposentar de sua carreira na noite, Suhaila começou, e continua até hoje, a ensinar, coreografar, em tempo integral, além de suas performances de teatro (individuais e coletivas). Em 1996, criou a Companhia de Dança Suhaila. Em 1999, Suhaila lançou o programa de certificação Suhaila e assumiu a direção do Bal Anat. Em 2009, ela lançou o programa de certificação Jamila Salimpour.

Formato de Suhaila não existiria sem Jamila!  O formato de Jamila é a história da dança do ventre, dando um esboço das famílias dos passos básicos, com estilização egípcia clássica. Apesar de uma formatação completa e sólida em seu próprio formato, o de Jamila foi ampliado e enriquecido com a introdução de elementos de Suhaila. Então, como ela ensinou o formato de sua mãe, Suhaila queria opções de expandir para além dos passos básicos e estilização. Ela criou seu próprio formato, que englobava as famílias recompostas de sua mãe, mas permitiu opções ilimitadas, camadas e estilizações. Tanto o formato de Jamila, quanto o de Suhaila, transformaram como a dança do ventre é analisado e ensinado até hoje.


Fonte:

18 de setembro de 2014

210 - SEMANA 16

210 por Carine Würch

Acabo de traduzir um texto interessantíssimo de autoria de Jamila Salimpour sobre as Benat Mazin e um pouco da história da família de Suhaila, seu pai e seus avós.

http://nossatribo-fusoes.blogspot.com.br/2014/09/suhaila-e-as-benat-mazin.html


Achei interessante esta menção:


"Em um momento, há muito tempo, antes do banimento para o Egito e a imigração para os Estados Unidos, poderia ter sido possível que as Mazins e os Salimpours ter se conhecido em uma das festas, saído juntos, e se tornado parentes distantes ou talvez primos. "

Quem diria que estes dois ramos distintos (ou não) trariam tão rica forma de dança para nossa vida? 
Ghawazee e Tribal.
Luxor, 1975: Mazin ghawazi show Al-Shaf'i what they can do. Several of these artists (Khairiyya, Raja, Faïza and Samia) were subsequently invited to perform with the Nile Folk Arts Ensemble, and have since done so on numerous occasions.

Khairiyya and Rajá, Banat Mazin Ghawazi (photo: Aisha Ali)
Fontes:

17 de setembro de 2014

211 - SEMANA 16

211 por Maria Carvalho 

A chegada do Popping e Locking.
Pô, chegou na dança muiiiiito antes do Fusion

Enquanto Suhaila continuava seu crescimento, pessoal e profissional, ela observava que o padrão criado por Miss J comportava enxertos. Assim sendo, dedicou-se a ampliar o repertório de movimentos e possibilidades.

Nossa menina prodígio passou a escrever e documentar o formato que chamaria de seu. Alguns dançarinos já tinham mencionado sobre quebras de movimentos, alguns isolamentos, mas foi com a primogênita de Jamila que se viu, em primeira mão, a quebra dos movimentos e sua reintegração com movimentos percussivos e fluídos.

Lembram que citamos, no post de ontem, sobre as várias aulas de dança que ela fazia?! 
Pois é, isto a influenciou a ver como essas diversas formas de expressão poderiam ser orientalizados e como representa-los dentro da dança oriental.

E a mania da dança urbana americana da ocasião era o que? Popping e Locking!!!

Suhaila procurou adicionar esses isolamentos a dança ao longo dos anos...

Bem, é uma opinião muiiito pessoal ok, mas penso que é natural para as americanas incorporar a dança das ruas, aquela que brota da expansão e expressão das pessoas. Como aqui no Brasil, por mais que alguém diga "não sei sambar", certamente terá mais molejo que um gringo. Contudo, tirando o Tribal-Brasil que incorpora elementos de nossa cultura popular, pouco vemos de nossa raiz nas Fusões Tribais.

Algo para pensarmos!!! 

Xeros e vamo que vamo.

16 de setembro de 2014

212 - SEMANA 16

212 por Maria Carvalho

Caiu no mar, ou nada ou perece!

Bem, continuando nosso tro-lo-lo sobre a jovem Salimpour hoje falaremos um pouco de suas influências no que foi começado por sua mamacita e sua trajetória, lógico.

Observo, que muito embora o mundo de Miss J (era como as alunas de Jamila a chamavam) girasse ao redor do universo Tribal, sua filha seguiu os caminhos do bellydance, é bem evidente no estilo do trabalho que ela desenvolve até hoje.

Nascida em 1966, segundo relatos da própria Suhaila, aprendeu a dança observando sua mãe ministrar aulas, paralelamente desde tenra idade iniciou-se no ballet, jazz... e adaptou tudo que via criando um formato de linhas corporais mais ocidentalizadas.
Deu no que deu, aos 9 anos Suhaila ensinava com sua mãe e aos 12 ministrava workshops por todo país viajando sozinha. Dá pra imaginar tanta liberdade e responsabilidade numa menininha? Sabe, tem gente que não adianta por cabresto, a pessoa já nasce com essa urgência de libertação.

Lembrei de nosso relato sobre Mish-Mish quando ela dizia que Jamila ensinava a dançar (ou seja, a pescar), agora o jogo de cintura para se dar bem nos palcos (pegar o peixe) era por sua conta e risco. A aprendiz era atirada no mar, umas nadavam, outras afundavam. Se lermos atentamente a trajetória de Suhaila observamos que esta linha de comportamento também lhe foi aplicada. Acredito que a unica (e talvez a mais preciosa) distinção era o fato de que Su estava  aprendendo diariamente ao ver sua genitora dançando, se apresentando e lecionando, então 50% foi a sorte de nascer filha de quem foi, o restante demandou muita determinação.

É aquilo né, vamos numa aula... a coisa não sai, na outra idem, e assim vai, uns desistem e outros se esmeram a aprender, dure o quanto durar. Segredo: vá a aula toda semana! Ou procure um curso quase impossível (Danças Clássicas Indianas - nossasssssinhora, trem difícil - mas é lindo demais), daí o que parecia difícil vai virar papinha de bebê. kkkk 

Não tardou para Suhaila agregar conhecimento suficiente para complementar o trabalho iniciado por Miss J, sua vontade era ampliar o repertório de movimentos e possibilidades... mas isso é assunto para amanhã. Acompanhe!

Vamo que vamo
Xeros


FONTE:

15 de setembro de 2014

213 - SEMANA 16

213 por Maria Carvalho

Provavelmente um dos legados mais conhecidos de Jamila; sua filha Suhaila Salimpour!

Esta semana falaremos da Su, olha a intimidade...
Melhor parar com isso, as americanas são super reservadas e nós cheios de amor pra dar. Lembrei de uma história: uma amiga ao rever uma conhecida americana vai na típica forma brasileira de cumprimento, beijo e abraço, xeros, tal e coisa... e a americana um pouco assustada informa; olha você tá invadindo meu espaço, tem que manter uma distância, não é assim. Uia!!!

Voltando, olhar para uma trajetória como a de Suhaila me faz pensar na história que a água só corre por mar, afinal tá tudo confabulando a seu favor, é faca e queijo na mão... resta cortar. Já nós que começamos do zero, ou - zero temos que matar todo dia um leão farejar o joio do trigo e assim evoluir.

Desde pequenina vemos fotos de Jamila com sua filha, quem anda acompanhando nossas postagens já pode ver imagens de Suhaila em diversas fases da vida, aprimorando sua dança até chegar a desenvolver seu próprio método.

Por um de seus trabalhos, os espetáculo Sherazade, ela foi indicada ao Prêmio Isadora Duncan Dança e foi a primeira artista do bellydance a ser nomeada a tal honraria. Quem conhece Isadora Duncan? Não, não conhece? Falaremos dela, não é um Pilar do Tribal, é um Pilar da Dança!

Bem, vamo que vamo que tem muita informação sobre a jovem Salimpour.