Lembro-me de
quando estava em casa numa tarde qualquer, há uns sete anos atrás, quando minha
amiga, a bailarina Mell Borba, me enviou um vídeo pelo finado MSN Messenger,
alegando que era “a minha cara”. Era uma moça com ar misterioso que serpenteava
ao som de uma música hipnotizante, com notas orientais. Lembro-me de como
fiquei estarrecida e maravilhada, mas, acima de tudo, lembro-me de como queria
aquilo pra mim. A moça em questão era a Rachel Brice em sua famigerada
apresentação em Paris no ano de 2005, época em que integrava o Bellydance
Superstar. Descobri o Tribal Fusion e “fez-se a luz”. O que veio depois disso e
antes do ATS® é papo para uma outra hora mais oportuna.
Mas o que isso
tem a ver? Nessa época considerava o ATS® chato e repetia como um papagaio que
não tinha nenhum interesse em conhecê-lo melhor. Ver como minha forma de pensar
mudou após me permitir o conhecimento me alegra. Mais ainda. Me gratifica a
oportunidade de semear esse conhecimento e promover novos reconhecimentos.
Então, senti uma mixórdia de emoções ao ministrar minha primeira aula de ATS®,
quando me encontrei diante de tantos rostos que foram atrás de conhecimento...
comigo! Felicidade, realização, gratidão, medo, ansiedade... Não sei como, mas
acho que cheguei a sentir todas essas emoções ao mesmo tempo. Nos rostos à
minha frente: Curiosidade.
As aulas do
primeiro Módulo se iniciaram dia 1 de agosto no espaço Pura Luz Yoga, em Recife.
A primeira aula foi marcada pela conexão inicial com o ATS® e seu significado.
Senti a expectativa daquelas que estavam diante de mim e tentei responder à
altura do que esperavam. Algumas das alunas já estavam familiarizadas com o ATS®,
como as meninas da Troupe Valkírias Tribal que marcam presença nas aulas,
outras não conheciam nada além da palavra Tribal que estava presente no nome. Passar
o conhecimento dessa “ancestralidade moderna” foi algo mágico. Após a conexão
entre pessoas, iniciei o trabalho de conexão com a terra e a ancestralidade, um
reencontro com as deusas multifacetadas que existem em nós. Pude perceber o
quanto as travas sociais, a rotina exaustiva e o stress diário influenciam a
nossa postura. Liberar essas travas está sendo um desafio para todas, mas os
resultados já podem ser observados. Uma aluna em especial conseguiu melhorar
tanto após seu reconhecimento e sua integração no grupo, que seus movimentos
simplesmente fluíram. Sem travas. Foi incrível, mágico.
E enfim, ao fim
da primeira aula, pude visualizar em toda sua essência a atual logo Sister
Studio: Mulheres com braços elevados segurando flores. A imagem é mais do que
apenas gráfica. Sua representatividade, seu simbolismo, vai além do que meras
palavras podem descrever. A felicidade foi receber fotos das flores entregues
naquela aula, após duas semanas, ainda vivas. A sensação de saber que aquele
momento significou tanto para suas alunas quanto significou pra você é
recompensador. A cada dia amo mais essa arte e me sinto lisonjeada em poder
transmitir um pouco desse sentimento em minhas aulas.
Quando gostamos de algo e trabalhamos com dedicação e amor, conseguimos desatar
nós que antes achávamos impossíveis.
Tamyris Farias - Coluna Sementes & Frutos
Biografia completa - AQUI
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