10 de maio de 2015

HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO - PARTE VI

UMA HISTÓRIA DO ESTILO TRIBAL AMERICANO

Texto extraído do Blog Tribal Mind
*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira


Carolena Nericcio

Carolena Nericcio começou a estudar com Masha Archer aos quatorze anos de idade. Estudou com Masha durante sete anos, antes do início do FCBD em 1987. 

FatChance é uma mistura das duas metodologias em termos de figurino e formato de palco. O formato de estilo tribal veio da Jamila"...o coro, a montagem do coro de meia-lua e as dançarinas saindo individualmente para fazer uma pequena rotina de dois ou três minutos e depois voltando para o coro". 
Elas seguem o estilo da Jamila de usar trajes pesados, mais o estilo de Masha, de ter o mesmo visual de fusão para cada uma. 

Carolena enfatiza a  suas alunas a mesma presença de palco e personalidade em público que Masha Jamila ensinaram. 

Ela também preserva toda a intensidade do encorajamento das dançarinas entre si com zhagareets (zagrutas) (a ululação vocal) durante uma apresentação. 

Uma ligação direta à Masha é a postura, mantendo o tórax erguido e gracioso e mantendo uma consciência de integridade.

Masha tomou liberdades com esta forma porque ela sentia que era permitido por sua herança artística. 

Carolena, no entanto, executou a dança  próximo a suas raízes culturais usando principalmente música folclórica da Norte da África e Oriente Médio e mantendo os movimentos básicos para dança do ventre:

Carolena tem um profundo respeito pela cultura de onde a dança do ventre se origina. Mas ela também se considera uma artista que quer reunir peças convenientes: 

"Eu quero ser capaz de promover esta cultura por idéias mais criativas mas também quero defendê-la de pessoas que desmontariam a estrutura dela". (Carolena Nericcio)

Fiel à natureza cigana de adaptabilidade para sobrevivência, a ênfase principal na sua estrutura é um "estilo esteticamente agradável", o que fornece um bom espetáculo. 

FatChance dança músicas que as inspira e contribui para o sentimento tribal folclórico da trupe. 

Quando perguntaram se ela via Estilo Tribal Americano como puramente norte americano ou como uma forma diferente do contexto cultural, Carolena respondeu que ela era ambas. 

"Às vezes ela é mais norte americana e às vezes ela é mais egípcia.

O que é muito importante, entretanto, é que as dançarinas mantenham o espírito fiel à cultura. 

Carolena sabe a importância de permanecer fiel ao contexto cultural, mas ela sabe que o Estilo Tribal Americano está aqui para ficar e constantemente evoluirá. 

Reconhece que as dançarinas têm uma responsabilidade de trazer mais integridade à dança e manter o espírito das raízes culturais. 

Porém, ela tem sentimentos opostos sobre como ela gostaria de ver esta dança evoluir nos próximos cinqüenta anos. Parte dela gostaria de ver a dança ganhar status teatral respeitável no palco. Mas também percebe que uma parte importante seria perdida porque a essência da dança é a interação com as pessoas "bem ali nas ruas".

A linhagem norte americana desta forma de dança, representou circunstâncias variadas para a sua evolução. 

Jamila Salimpour iniciou a Bal-Anat por necessidade econômica e representava várias regiões em seu repertório de dança. 

Masha Archer estava mais preocupada com a beleza da forma de dança e se desligou da cultura original. 

Carolena Nericcio modifica a dança para manter o público entretido, mas sempre mantém o espírito da cultura dos ciganos do Oriente Médio. 

O fator de união das três professoras na linhagem de Estilo Tribal Americano é a paixão pela essência da forma de dança, em vez de representar uma réplica exata das dançarinas ciganas originais.


(texto com mais partes)

Texto Original - Aqui


Texto extraído do Blog Tribal Mind
*por Rina Orellana Rall, principal dançarina FCBD 1988-1998
Tradutora: Suzana Guerra | Revisão: Aline Oliveira

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