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21 de setembro de 2014

207 - SUHAILA SALIMPOUR

207 por Maria Carvalho - SEMANA 16 (VÍDEO)

Neste vídeo vemos pedacinhos do Show Sherazade, indicado ao Prêmio Isadora Duncan de Dança.

Uma das partes mais interessantes é quando Suhaila diz que a dança é a
terapia da mulher no Oriente Médio, ora ora...e não é assim para nós também?

De quebra ainda tem Jamila e Isabela... guenta coração!

Vamo que vamo, bye bye Suhaila outro adorável bailarino nos aguardará semana que vem.
Xeros

20 de setembro de 2014

208 - SUHAILA SALIMPOUR

208 por Carine Würch - SEMANA 16




Segue mais um pequeno trecho traduzindo por mim de uma entrevista feita por Shareen El Safy  do The Best of Habibi com Jamila e Suhaila Salimpour falando um pouco sobre sua visão sobre a dança.

Sobre o básico: 

Jamila: Minha base tornou mais fácil para as pessoas assistirem e serem capazes de analisar um movimento... A bailarina deve ser capaz de fazer isso. Não deve ser um mistério. 

Suhaila: Tem havido um monte de comentários de bailarinas dizendo que já dominam o básico do formato de Jamila Salimpour. As pessoas não percebem que ele não é um formato básico, é extremamente complexo, e pode ir para níveis tais que, mesmo agora, eu estou tentando fazê-lo. Eles talvez dominem um terço do que ela deixou disponível para os bailarinos. 

Sobre Técnica: 

Jamila: A coisa mais frustrante para mim é o onde a dança está indo. Eu gostaria de pensar que as pessoas estão definitivamente pensando em termos de técnica, onde se torna tão excitante e tão impossível, que o mundo vai dizer que isso é realmente uma forma de arte - não apenas poses e posturas. 

Suhaila: Isso é realmente importante, porque as pessoas estão falando sobre coreografia e técnica versus sentimento e improvisação, mas em todas as outras formas de dança, a técnica é uma questão de fato. Nunca é uma situação de escolher entre um ou outro... Eu acho que um monte de dançarinos do Oriente Médio estão tão interessados em ser esses artistas emocionais que se esquecem que eles precisam gastar seu tempo treinando... Uma Dançarina de Dança do Oriente Médio tem sido comparado a um músico de jazz, e é uma boa comparação. Tem que haver um sentido de espontaneidade e emoção, mas o músico é geralmente tão tecnicamente soberbo, que eles podem decolar em qualquer direção que eles queiram. 

Sobre o Treinamento

Suhaila: dançarinas orientais não estão se completando como bailarinas. Estão gastando dinheiro em figurino, mas não gastam dinheiro suficiente em aulas. Eu recomendo ballet para postura e no conhecimento muscular que não usamos na dança oriental. Qualquer outra forma de dança tem um arabesco melhor do que nós ... mais elevado e elegante. 

Jamila: Tecnicamente falando, eu acho dançarinos profissionais com formação clássica, podem muito bem desenvolver qualquer forma de dança no mundo, mas sentimento é outra coisa. Se houvesse um interesse em estudá-la (a dança do ventre), eles poderiam absolutamente bater a qualquer outra bailarina neste país. Mas eles não a consideram uma forma de arte,  eles não consideram isso um desafio. 

Poder da Dança

Jamila: Eu sinto que esta dança pode ser quase como uma forma de yoga ou meditação, porque quando você entrar no espírito da música e da dança, pode realmente diminuir o nível de estresse. É uma expressão maravilhosa. Ela pode ser muito espiritual. 

Suhaila: Todos os movimentos fazem sentido para o corpo de uma mulher. Você não tem que lutar ou brigar com eles. É um regresso a casa. 

Jamila: Eu não quero ficar mística ou falar sobre a Deusa Mãe como o todo-poderoso, porque eu acho que há um equilíbrio entre a energia masculina e a energia feminina. Sempre tem que haver esse equilíbrio, ou não funciona. Quando um domina e o outro é submisso, não é bom. Eu acredito que há um fundo ritual para a dança, e uma poderosa mitologia. 

Suhaila: Homens e mulheres podem tornar-se muito ameaçada quando vêem uma dançarina do ventre, porque ele encarna as qualidades positivas de ambos os sexos: 'Meu Deus, ela está no palco e ela está lidando e controlando toda esta platéia e ainda assim ela está se movendo de forma muito sensual, feminina e poderosa. Isto pode ser confuso e ameaçador, ou pode ser rejuvenescedor se eles estão felizes com o que vêem. Quando você é um dançarino, você é tão livre! 


Sobre o futuro

Jamila: Estou pensando em termos de preservação de uma forma de arte. A menos que seja catalogado e organizado, e temos dado terminologia a nossa dança, não vai a lugar nenhum. Tem que haver uma base para a dança ou a dança não tem futuro.




Fonte:

19 de setembro de 2014

209 - SUHAILA SALIMPOUR

209 por Maria Carvalho - SEMANA 16

O que Suhaila fez para dança do ventre foi levar o conceito geral de isolamentos e breaks, e aplicá-los a todos os movimentos de dança do ventre (não apenas alguns), com uma abordagem orientalizada. 

No final de 1970, Suhaila acrescentou muitos isolamentos ao formato de sua mãe, incluídas no  Danse Orientale Manual, publicado em 1978. Ela ensinou, identificando os músculos específicos que eram a principal força por trás de cada movimento. Pela primeira vez, dançarinas do ventre, estavam sendo ensinadas a se mover de dentro para fora, movendo seus músculos. Seu método também forneceu um meio para ensinar e treinar camadas dos músculos. O método de Suhaila deu aos alunos uma maior capacidade de movimento, expressão e individualidade. Agora, todos os dançarinos podem aprender todas as possibilidades de isolamento e todas as opções de movimentos específicos dos músculos, tento disciplina e treinamento regular.

Jamila é chamada a mãe da dança do ventre tribal americana, por causa da influência significativa de sua técnica, aplicada à sua trupe Bal Anat

Igualmente importantes são as influências de Suhaila na fusão tribal.

Suhaila foi a primeira a trazer os breaks, isolamentos, e camadas que são agora elementos comuns do tribal fusion, e de muitas estilizações da dança do ventre hoje.

Até o momento, Suhaila terminou o ensino médio em 1985.

Suhaila delineou seu formato, principalmente enquanto estava ensinando e desenvolvendo-o, por quase dez anos. Ela passou a década seguinte dançando em casas noturnas (prestigiado Byblos em Los Angeles e no Oriente Médio). Durante esse tempo, ela colocou tanto seu próprio formato em teste, quanto o de sua mãe, continuando a aperfeiçoar e desenvolver os mesmos. 

Depois de se aposentar de sua carreira na noite, Suhaila começou, e continua até hoje, a ensinar, coreografar, em tempo integral, além de suas performances de teatro (individuais e coletivas). Em 1996, criou a Companhia de Dança Suhaila. Em 1999, Suhaila lançou o programa de certificação Suhaila e assumiu a direção do Bal Anat. Em 2009, ela lançou o programa de certificação Jamila Salimpour.

Formato de Suhaila não existiria sem Jamila!  O formato de Jamila é a história da dança do ventre, dando um esboço das famílias dos passos básicos, com estilização egípcia clássica. Apesar de uma formatação completa e sólida em seu próprio formato, o de Jamila foi ampliado e enriquecido com a introdução de elementos de Suhaila. Então, como ela ensinou o formato de sua mãe, Suhaila queria opções de expandir para além dos passos básicos e estilização. Ela criou seu próprio formato, que englobava as famílias recompostas de sua mãe, mas permitiu opções ilimitadas, camadas e estilizações. Tanto o formato de Jamila, quanto o de Suhaila, transformaram como a dança do ventre é analisado e ensinado até hoje.


Fonte:

18 de setembro de 2014

210 - SEMANA 16

210 por Carine Würch

Acabo de traduzir um texto interessantíssimo de autoria de Jamila Salimpour sobre as Benat Mazin e um pouco da história da família de Suhaila, seu pai e seus avós.

http://nossatribo-fusoes.blogspot.com.br/2014/09/suhaila-e-as-benat-mazin.html


Achei interessante esta menção:


"Em um momento, há muito tempo, antes do banimento para o Egito e a imigração para os Estados Unidos, poderia ter sido possível que as Mazins e os Salimpours ter se conhecido em uma das festas, saído juntos, e se tornado parentes distantes ou talvez primos. "

Quem diria que estes dois ramos distintos (ou não) trariam tão rica forma de dança para nossa vida? 
Ghawazee e Tribal.
Luxor, 1975: Mazin ghawazi show Al-Shaf'i what they can do. Several of these artists (Khairiyya, Raja, Faïza and Samia) were subsequently invited to perform with the Nile Folk Arts Ensemble, and have since done so on numerous occasions.

Khairiyya and Rajá, Banat Mazin Ghawazi (photo: Aisha Ali)
Fontes:

17 de setembro de 2014

211 - SEMANA 16

211 por Maria Carvalho 

A chegada do Popping e Locking.
Pô, chegou na dança muiiiiito antes do Fusion

Enquanto Suhaila continuava seu crescimento, pessoal e profissional, ela observava que o padrão criado por Miss J comportava enxertos. Assim sendo, dedicou-se a ampliar o repertório de movimentos e possibilidades.

Nossa menina prodígio passou a escrever e documentar o formato que chamaria de seu. Alguns dançarinos já tinham mencionado sobre quebras de movimentos, alguns isolamentos, mas foi com a primogênita de Jamila que se viu, em primeira mão, a quebra dos movimentos e sua reintegração com movimentos percussivos e fluídos.

Lembram que citamos, no post de ontem, sobre as várias aulas de dança que ela fazia?! 
Pois é, isto a influenciou a ver como essas diversas formas de expressão poderiam ser orientalizados e como representa-los dentro da dança oriental.

E a mania da dança urbana americana da ocasião era o que? Popping e Locking!!!

Suhaila procurou adicionar esses isolamentos a dança ao longo dos anos...

Bem, é uma opinião muiiito pessoal ok, mas penso que é natural para as americanas incorporar a dança das ruas, aquela que brota da expansão e expressão das pessoas. Como aqui no Brasil, por mais que alguém diga "não sei sambar", certamente terá mais molejo que um gringo. Contudo, tirando o Tribal-Brasil que incorpora elementos de nossa cultura popular, pouco vemos de nossa raiz nas Fusões Tribais.

Algo para pensarmos!!! 

Xeros e vamo que vamo.

16 de setembro de 2014

212 - SEMANA 16

212 por Maria Carvalho

Caiu no mar, ou nada ou perece!

Bem, continuando nosso tro-lo-lo sobre a jovem Salimpour hoje falaremos um pouco de suas influências no que foi começado por sua mamacita e sua trajetória, lógico.

Observo, que muito embora o mundo de Miss J (era como as alunas de Jamila a chamavam) girasse ao redor do universo Tribal, sua filha seguiu os caminhos do bellydance, é bem evidente no estilo do trabalho que ela desenvolve até hoje.

Nascida em 1966, segundo relatos da própria Suhaila, aprendeu a dança observando sua mãe ministrar aulas, paralelamente desde tenra idade iniciou-se no ballet, jazz... e adaptou tudo que via criando um formato de linhas corporais mais ocidentalizadas.
Deu no que deu, aos 9 anos Suhaila ensinava com sua mãe e aos 12 ministrava workshops por todo país viajando sozinha. Dá pra imaginar tanta liberdade e responsabilidade numa menininha? Sabe, tem gente que não adianta por cabresto, a pessoa já nasce com essa urgência de libertação.

Lembrei de nosso relato sobre Mish-Mish quando ela dizia que Jamila ensinava a dançar (ou seja, a pescar), agora o jogo de cintura para se dar bem nos palcos (pegar o peixe) era por sua conta e risco. A aprendiz era atirada no mar, umas nadavam, outras afundavam. Se lermos atentamente a trajetória de Suhaila observamos que esta linha de comportamento também lhe foi aplicada. Acredito que a unica (e talvez a mais preciosa) distinção era o fato de que Su estava  aprendendo diariamente ao ver sua genitora dançando, se apresentando e lecionando, então 50% foi a sorte de nascer filha de quem foi, o restante demandou muita determinação.

É aquilo né, vamos numa aula... a coisa não sai, na outra idem, e assim vai, uns desistem e outros se esmeram a aprender, dure o quanto durar. Segredo: vá a aula toda semana! Ou procure um curso quase impossível (Danças Clássicas Indianas - nossasssssinhora, trem difícil - mas é lindo demais), daí o que parecia difícil vai virar papinha de bebê. kkkk 

Não tardou para Suhaila agregar conhecimento suficiente para complementar o trabalho iniciado por Miss J, sua vontade era ampliar o repertório de movimentos e possibilidades... mas isso é assunto para amanhã. Acompanhe!

Vamo que vamo
Xeros


FONTE:

15 de setembro de 2014

213 - SEMANA 16

213 por Maria Carvalho

Provavelmente um dos legados mais conhecidos de Jamila; sua filha Suhaila Salimpour!

Esta semana falaremos da Su, olha a intimidade...
Melhor parar com isso, as americanas são super reservadas e nós cheios de amor pra dar. Lembrei de uma história: uma amiga ao rever uma conhecida americana vai na típica forma brasileira de cumprimento, beijo e abraço, xeros, tal e coisa... e a americana um pouco assustada informa; olha você tá invadindo meu espaço, tem que manter uma distância, não é assim. Uia!!!

Voltando, olhar para uma trajetória como a de Suhaila me faz pensar na história que a água só corre por mar, afinal tá tudo confabulando a seu favor, é faca e queijo na mão... resta cortar. Já nós que começamos do zero, ou - zero temos que matar todo dia um leão farejar o joio do trigo e assim evoluir.

Desde pequenina vemos fotos de Jamila com sua filha, quem anda acompanhando nossas postagens já pode ver imagens de Suhaila em diversas fases da vida, aprimorando sua dança até chegar a desenvolver seu próprio método.

Por um de seus trabalhos, os espetáculo Sherazade, ela foi indicada ao Prêmio Isadora Duncan Dança e foi a primeira artista do bellydance a ser nomeada a tal honraria. Quem conhece Isadora Duncan? Não, não conhece? Falaremos dela, não é um Pilar do Tribal, é um Pilar da Dança!

Bem, vamo que vamo que tem muita informação sobre a jovem Salimpour.