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27 de agosto de 2015

MAPEANDO O ATS NO BRASIL - SÃO PAULO


Neste post saberemos um pouco mais sobre Tata Correia (Thelema Troupe), Irene Rachel (Espaço Romany) e Karina Christmas (Thelema Troupe).

Nossa coluna super especial trará em cada post a história de trupes e bailarinas. Aqui você terá um espaço permanente para publicar sua experiência no ATS® e quem não conhece o estilo poderá se familiarizar com todos que compõem esse cenário. Posso adiantar que o material está incrível, muito emocionante saber mais sobre nossa enorme Tribo de ATS®.

Vamos as estrelas do dia:


Tata Correia (Thelema Troupe)

Em linhas gerais, minha jornada na dança teve início em 2010, quando tive meu primeiro contato com o Tribal Fusion. Depois de ouvir da pessoa que se propôs a me ensinar que “gorda não dançava tribal”, deixei o tribal e a dança por um tempo até que uma amiga, a Karina Christmas, me convidou para estudar o ATS® - American Tribal Style na escola Campo das Tribos, com a professora Rebeca Piñeiro, lá pelos idos de 2013. E pronto, foi o suficiente para me apaixonar.


Identifiquei-me com a filosofia feminista e, principalmente, com o fato de a dançarina não ter a sua aparência julgada pelas outras pessoas. O mais importante é compartilhar e estar em tribo, e isso é algo que quero transmitir a quem vier estudar ATS® comigo: qualquer uma pode dançar, independentemente da idade e tipo físico.

Em 2015, fiz o General Skills e o Teacher Training com Carolena Nericcio-Bohlman e Megha Gavin em São Paulo, e o curso me deu ainda mais certeza sobre a dança, sua filosofia e como me sinto bem em dividir isso com as pessoas ao meu redor. E essa “regra” também faz parte do Thelema Troupe, grupo ao qual orgulhosamente pertenço.

Gratidão a todas as pessoas que dividem comigo essa jornada. Que a caminhada seja divertida, cheia de snujs, sorrisos e alegria.



Irene Rachel 
Professora de dança oriental, gothic bellydance e tribal fusion. 

Trabalha no espaço Filhos do Vento, responsável pelo projeto social Maeve Bellydance.

"Comecei o ATS por causa do tribal fusion e acabei me apaixonando pela filosofia. Me encantou a parceria, a amizade e tudo mais que vem com uma dança que já é maravilhosa por si só. Hoje o ATS além de ter melhorado minha postura e minha dança me mudou também de forma comportamental e continua mudando. O ATS, quando ensinado de forma correta, transforma nossas vidas e melhora a saúde."



Karina Christmas

Meu primeiro contato com o ATS® foi no susto. Em 2010 assisti uns vídeos da Rachel Brice e da Zoe Jakes e pensei “quero isso pra minha vida”. Comecei então a estudar tribal fusion. Em 2013 conheci a escola Campo das Tribos e fui fazer tribal fusion com a Rebeca Piñeiro.

Só que só o Fusion não me bastava e então na hora da matrícula perguntei o que era esse tal de ATS® que tinha na escola. A Rebeca me explicou que se tratava da base do Fusion, era uma dança improvisada e em grupo e mencionou o Fat Chance Belly Dance®. Fui pra casa e corri pro tio youtube e puff...minha cabeça explodiu: COMO ASSIM ISSO É IMPROVISO????

Então nasceu a minha paixão. Descobri a filosofia de vida do ATS® e que não dançamos sozinhos. E faz o maior sentido né? Afinal, pra mim, dançar é viver...e quem aí vive sozinho? Impossivel né?


Graças a Rebeca consegui estudar com a Carolena Nericcio-Bohlman este ano e então me tornar Sister Studio®. Nem precisa falar que mudou minha vida né? Hoje em dia ainda dou uma espiadinha no Tribal Fusion porque existem bailarinas incríveis. Mas o meu coração é ATS®.



2 de maio de 2015

PILARES ENTREVISTA - Tata Correia

Depoimento de Tata Correia sobre o General Skills e Teacher Training com Carolena Nericcio e Megha Gavin, em abril de 2015 em São Paulo.  
Falando por mim, ser uma Sister Studio é ser um instrumento para passar a filosofia do ATS® adiante, mostrando o quanto a dança é empoderadora e inclusiva.

Dois anos atrás, ouvi de uma determinada pessoal que gorda não pode dançar tribal – quem me conhece já está cansado de me ouvir falando isso, mas acho importante frisar para contextualizar.

De 2013 para cá, estudei com muita gente, conheci muita gente e me descobri no ATS®. Me vi representada no estilo. Me vi inserida dentro de um estilo em que não importa se você é magra, gorda, alta, baixa, novinha, idosa ou qualquer coisa do gênero.

O que importa é dividir o sorriso com quem você gosta no palco. O que importa é compartilhar com o público a alegria de uma dança tão nova que tem suas raízes calcadas na ancestralidade de várias tribos.

O que importa é o sentimento de união entre as pessoas que integram essa família – e a comprovação de que ego inflado não tem espaço.

E, pessoalmente, quero mostrar para as garotas gordas/plus size que é possível sim! 

É possível dançar em cima de um palco sem sentir vergonha do corpo, é possível sorrir e estar segura entre as amigas, e é possível estar em um ambiente sem ser julgada pela sua forma física. Eu sou prova disso. E quero disseminar isso com cada vez mais força.

Acho que é isso, meninas.
Beijo e muito obrigada!  Tata Correia



Conte uma breve trajetória da sua dança. (Tata Correia)
Tive experiência com dança na infância - aquela coisa da mamãe querer que você faça ballet, rs - por pouco mais de um ano, acho. Depois disso, fiquei parada e fui fazer outras coisas. Voltei a ter contato com a dança em 2011/2012, mas a vida virou do avesso mesmo quando conheci o Tribal Fusion (via os vídeos do Indigo - eu queria ser Rachel Brice, hahahaha) e, principalmente, o American Tribal Style®. Comecei a estudar com a Rebeca Piñeiro na escola Campo das Tribos em fevereiro de 2013, e a partir daí fui aprofundando meu contato com outras professoras, outras pessoas, e me encontrei mesmo no ATS®, seja pelas amplas possibilidades que o estilo abre como pela sua filosofia feminista e inclusiva. Atualmente estou um pouco parada com as aulas regulares, mas pretendo voltar a faze-lo em breve.
O que fez você escolher fazer o curso com Carolena Nericcio? 


Basicamente, a oportunidade de estudar com a responsável pelo desenvolvimento do ATS®. Não é sempre que se tem a chance de estudar direto com a fonte em seu país. Abracei a chance, fechei o olho e fui, rs


Você já fazia aulas regulares de ATS? Participa de algum grupo/ trupe que se dedica ao estilo? 
Estudava na Escola Campo das Tribos até o começo deste ano, mas pretendo retomar meus estudos semanais para seguir limpando técnica. E sou uma orgulhosa integrante do Thelema Troupe - alô Karina, Tati, Rosana! <3 - desde sua fundação, no final de 2014.


Na sua opinião, qual a maior dificuldade dentro do curso? (desafios físicos, mentais, financeiros?) O desafio financeiro, em alocar uma quantidade grande de dinheiro para encarar 30 horas seguidas de aula. Pedi férias do meu trabalho regular para poder me dedicar da forma que o curso exigia. Desafios mentais sempre existem, principalmente quando você percebe que é a única mulher realmente acima do peso - e que não é profissional da dança - a estar ali, junto com tanta gente que você aprendeu a admirar ao longo da estrada. Fiz todo o curso com uma proteção no joelho e no tornozelo para driblar as dores, e não me arrependo nem um pouco. E também queria provar para mim mesma que era capaz disso.



Com esta formação, pretende dar aulas regulares de ATS? Quero seguir estudando, e eventualmente pretendo dar aulas particulares de ATS® na minha região e para garotas que não se sentem muito confortáveis com seu corpo - essa é uma bandeira que sempre pretendo defender. Tem espaço para todo mundo, e se você tem um corpo, dance!
O que mais você absorveu de toda esta experiência? Que a técnica é realmente muito importante, mas o fundamental mesmo é aliar a técnica limpa com paixão em dividir o momento com as amigas no palco e com o público que te assiste. Como disse Carolena Nericcio no curso, você É a dança quando está no palco. E espalhar essa magia por aí é algo que todas nós devemos fazer, como professoras certificadas, como Sister Studio® ou mesmo como dançarinas de ATS® em nossas trupes. E também ficou muito claro que o ego não tem espaço neste tipo de dança, o mais legal é se compartilhar o momento.




Como é ter aulas com a criadora do Estilo? Sua percepção em relação a Carolena (mãezona? Rígida? etc) é diferente do que você imaginava anteriormente? Conte-nos. :) A experiência mais surreal que alguém apaixonada pelo ATS® pode ter! Carolena é extremamente sucinta, direta nos pontos que quer abordar, e muito preocupada em passar a técnica de forma que todas pudessem entender - afinal de contas, a turma era uma boa mistura da América Latina. E tudo isso com um sorriso no rosto. A presença dela é magnética - e bem diferente da postura mais ditatorial que nos passaram anteriormente. E a Megha Gavin é muito divertida.



Deixe uma mensagem para nossas leitoras. 
Não deixem que as convenções sociais te impeçam de fazer algo que você queira. Se você tem um corpo, dance. Sorria, compartilhe sua história e experiência com outras pessoas. E estude. MUITO. (Tata Correia)