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11 de maio de 2015

PILARES ENTREVISTA - Marcelo Justino - A postura masculina no ATS

Os homens no ATS, entrevista com Marcelo Justino. 
Por Maria Badulaques

Inegavelmente, eles ocupam todos os espaços e o que fazem é sempre nababesco!

Pilares - Depois de 20 anos de dança e tanta bagagem o que lhe atraiu no ATS? O que mais me atraiu no ATS foi a beleza dos movimentos, essa fusão de estilos, que me abriu a mente para muitas possibilidades de criação de movimentos fusionados.

Pilares - O ATS foi feito pensando no corpo feminino, como você observa esses movimentos se estruturando no seu corpo? Não consigo sentir  diferença na execução dos movimentos num corpo masculino, mas pra mim, a minha  maior dificuldade é executar os movimentos onde os quadris são soltos e relaxados, como a estrutura da pelve masculina é diferente  e não temos o dito "quadril" e nem cintura tão acentuada, executar esses movimentos é um pouco mais difícil.

Pilares - Como descreveria o seu ATS? Eu ainda estou em aprendizagem, ainda estudando e com muita coisa para aprender. Diferente do que muitos dizem, que dançar ATS é fácil, pra mim não acontece do mesmo jeito. São muitos detalhes, muitos movimentos, muitas nuances que fazem desse estilo algo tão singular e belo.

Pilares - O ATS é uma dança coletiva, você é um bailarino eminentemente solista como observa esse lado coletivo da dança? Apesar de ser solista, dou aula há muitos anos, ou seja, sempre tive que montar coreografia para grupo, e raramente para solista. Sempre preguei para os alunos a relação de grupo, o perceber e enxergar os parceiros de dança, o respeito em grupo e a união em cena, então viver isso com o ATS não me causou estranhamento, só tive que pôr em prática aquilo que sempre preguei para meus alunos.

Pilares - Pensa em ser brother studioNão penso em ser brother studio, quero sim ainda estudar bastante e continuar mantendo minhas aulas regulares. Se algum dia vir a ser "brother" será apenas por consequência dos estudos, mas hoje não é algo que eu almeje.

Pilares - Você já fez curso com Carolena, que passo lhe chamou mais atenção? Eu fiz um work com a Carolena em Buenos Aires e na época o passo que mais me encantou foi o Medusa. Tem uma base de estrutura indiana que eu gosto muito.

Pilares -  O Dress Code masculino está em aberto, como pensa estruturar o seu? 
Pensar o figurino masculino para o ATS foi e ainda continua sendo uma dificuldade. Como não se tem  muito em que inspirar, a dificuldade  para isso é grande. Impreterivelmente usarei  calça, não consigo me imaginar usando saias e  manterei o xale de quadril. A maior dúvida é se mantem o tronco nú ou se cubro com uma bata ou colete. Como gosto muito do artesanato brasileiro, quero que meus figurinos sempre sejam estruturados com os acessórios com base na minha cultura. Mas para minha primeira apresentação em publico estarei com o torso coberto com um colete.

Pilares -  Para você o ATS é a base do tribal fusion? Depois que conheci o ATS, tenho plena certeza que ele é a base do tribal fusion. Pra mim tudo se originou com ele.

Pilares -  Após todas experiências novas, percebe modificações em sua dança? Eu percebo diferença no meu estilo tribal fusion. O ATS me ajudou a trabalhar melhor minhas fusões e com minha postura em palco na execução dos movimentos.

Pilares - Quais os pilares do seu ATS? Eu tenho apenas um pilar para o meu ATS, ESTUDARRRRR  e muito. Quanto mais aprendo, mais vejo que tenho muito mais a descobrir.


Comentários do Pilares: Fez sentido pra você? O olhar de Marcelo para o ATS e o Tribal Fusion casam com minha forma de analisar a dançar, essa conclusão então, frisando os estudos é algo a ser moldurado... afinal se um dançarino com mais de 20 anos de experiência, entende que a base de sua dança é o estudo... bem, precisa dizer mais nada. Parfait!!! 
{Maria Badulaques}

Super xeros e vamo que vamo.

4 de abril de 2015

PILARES ENTREVISTA - SISTER STUDIO - PARTE IV

10 por Maria Badulaques - Semana 44

Já falamos sobre estudos, dress code, técnica-essência, vamos comentar sobre os homens no ATS e a necessidade de dar continuidade nos estudos?! 

Escutei de Kristine Adams no work que fiz  em 2014, que sempre aprendemos com o General Skills, logo podemos depreender que ser uma professora certificada não é o fim, e sim o começo de um longo processo de estudo (dura pra sempre).

Então, observe bem o que dizem as Sisters, enquanto devora os ovinhos de Páscoa.

Pilares -  O que você pensa de homens dançando no ATS e que postura de agrada, neste caso? Uma postura eminentemente masculina dentro dos passos? Igualdade de formação junto aos demais integrantes?
"Gosto e acho que não deve ter distinção entre os integrantes. Na roda somos todos iguais." (Aline)

"O ATS é aberto para todos, só acho legal manter uma energia masculina mesmo nos passos." (Lilian)

"Homens podem ser excelentes dançarinos de ATS. Existe alguma coisa na configuração dos movimentos, especialmente nos rápidos, que combina muito com a energia que eles trazem. A postura é a técnica, essa independe do gênero, é igual para todos. Com certeza, igualdade de formação, não vejo sentido em mudar." (Mariana)

"Eu adoro homens dançando ATS. Acho que é uma dança para todos. Eu particularmente gosto de ver os homens explorando uma postura masculina, fazendo algo diferenciado. O corpo masculino e o corpo feminino se movimentam de forma diferente. Quando há enfoque na movimentação do corpo masculino, na minha opinião, é mais bonito que quando um homem tenta reproduzir a estética da movimentação feminina. Também não acho bonito homem dançando de saia e choli. Acho que fica caricato Mas essa é só minha opinião, não acho errado nem nada, não é regra nenhuma." (Natália)

Pilares -  Não há nada sacramentado quanto aos homens, como vc orientaria um homem qto ao Dress Code?
“O que fica melhor para o grupo?” É  a mesma orientação que dou para as minha alunas mulheres. Se a performance será em estilo mais simples, figurino de acordo com a proposta; se mais opulenta, idem pro figurino. Usar ou não o choli ou substituir por um colete, ou não usar saia ou só calças fica de acordo com a natureza da performance e o gosto da pessoa." (Aline)

"Eu acho muito legal usar a calça gênio e na parte superior um bodychain ou um colete, gosto bastante de turbante também." (Lilian)

"Manter o dress code, inclusive para que fique homogêneo com o grupo. A única modificação que acredito se fazer necessária é o sutiã com choli. Vejo muitos homens usando colete no lugar do sutiã e choli, eu particularmente gosto bastante!" (Mariana)

"Eu concordo com o que a Carolena disse no TT2 - Business of ATS que fiz. Prefiro que o homem não use a saia, e que use algo diferente de um choli na parte de cima do corpo. Talvez um colete. Algo que valorize a anatomia masculina. Mas eu orientaria a pessoa a se vestir como se sentisse melhor." (Natália)

Pilares - Após o sister, você continuou seus estudos? Como? Com quem?
"Com certeza! Estudei com a Kristine Adams presencialmente o máximo possível nesses dois últimos anos, continuo estudando os DVDs e vídeos, frequento os fóruns de discussão e comunidades de ATS do facebook (isso também é estudar)  e agora vou repetir o Teacher Training com a Carolena e a Megha." (Aline)

"Com certeza e vou continuar para sempre, principalmente porque sou professora. Kristine Adams em SP e Kae Montgomery na Argentina, e logo pretendo voltar ao Studio FCBD para uma reciclagem." (Lilian)

"Acho que depois do Sister eu comecei meus estudos! Era muito material para ser assimilado, para pôr em prática. A primeira coisa que fiz ao voltar, bem antes de começar a dar aulas de ATS, foi montar um grupo para aplicar o que aprendi. Só depois dessa experiência me senti segura para começar a dar aulas. Depois, além de continuar até hoje os estudos com DVDs, estudei com a Kristine Adams aqui no Brasil, tanto particular quanto em grupo." (Mariana)

"Claro. Fiz ainda algumas poucas aulas e workshops com Rebeca Piñeiro que havia sido minha professora de ITS e ATS antes de minha certificação, continuei tendo aulas com minha professora de ATS e fusion Gabriela Miranda (e até hoje ainda procuro fazer aulas com ela e busco suas orientações). Fiz alguns poucos workshops com a Mariana Quadros antes de seu hiato (menos do que gostaria...) e também com a Aline Muhana, profissional que admiro muito. Ia começar a estudar com a Lílian Kawatoko, mas por motivos logísticos não deu ainda. Não desisti, no entanto. Fiz todos os workshops oferecidos pela Kristine Adams em São Paulo e Rio de Janeiro, e fui ao ATS Homecoming. Continuo estudando. Me preocupo mais com estudar que com montar turmas minhas... eu sou muito nerd." (Natália)

Pilares - Estuda outras modalidades de dança? Quais? "Dança do ventre." (Aline)

"Sim, atualmente voltei ao ballet clássico e também estudo Kung Fu." (Lilian)

"Atualmente continuo o Tribal Fusion e ocasionalmente faço workshops/aulas de contemporâneo e dança do ventre. Pretendo ainda estudar muito mais, ballet clássico, contemporâneo e break dance." (Mariana)

"Sim. Estudo tribal fusion, Odissi eventualmente e balé clássico." (Natália)






Ou seja, vamos enfatizar...o estudo de todas Sisters é um processo continuado de aprimoramento. Capisce? Só o começo...

Feliz Sábado de Páscoa!!!

Domingo última parte dessa série de entrevistas que certamente deixará saudade.
Comendo chocolates e estudando
                                            Xeros no pulsante.

23 de março de 2015

22 - HOMENS NO ATS

22 por Maria Badulaques - SEMANA 42

Bem, o ATS não foi pensando pra eles. Quando recebemos as instruções para o curso de Carolena (no Brasil) há um rol de observações sobre comportamento e trajes, e o dos meninos está como "poderão usar calça gênio". 

Ou seja, tudo tá meio... e agora, José?!

Conversando com a Natii sobre o assunto, porque temos o Marcelo na trupe, e estamos nos preparando para uma apresentação com ele entre nós, ela dizia que a própria Carolena não se manifesta sobre o tema, dizendo que ao criar o ATS pensou unicamente nas mulheres, mas os homens estão aí e dançam, portanto fica a nosso encargo desenhar esse formato.

Pois bem, o corpo feminino é totalmente distinto do masculino, a beleza deles está num torso muito expressivo, acredito que o nosso é mais atraente no quadril... vendo a movimentação do Marcelo em nossos ensaios, adoooro quando observo o "peito de pombo" armando as variações, então ver esse torso desnudo é fundamental.

Há quem prefira uma performance feminina dos meninos, não crítico, cada um se expresse como desejar, mas lógico haverá as preferências, assim como as escolhas... gosto muito de ver homens dançando como homens, mesmo numa dança tão feminina... e se quiser ver este formato venha nos assistir no Festival da Carolena.

Agora, visão pessoal já saliento, independente de ser um homem dançando como homem, ou numa posição mais feminina, o fato de tê-lo em meio a tribo não deve induzir uma posição de destaque, diante do secto feminino... tribo é tribo, e assim qualquer membro deve ser tratado, como parte e não o todo. 

Penso que desta forma se verá dançarinos e não distinção de gêneros.

Lendo sobre o assunto vi várias conversas (lá fora) onde se discutia se haveria floreios masculinos, etc... etc... bem, o que você acha?

Dançar algo em construção é assim.... :)