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24 de agosto de 2014

235 - MISH MISH {vídeo}

235 por Carine Würch - SEMANA 12 


Para melhor organização do nosso acervos, tentaremos sempre fazer uma Playlist dos vídeos encontrados, ficando mais fácil para todos procurarem os vídeos em um único local.



Segue então alguns vídeos de Mish Mish.



Adicionaremos mais conforme formos encontrando!


23 de agosto de 2014

236 - MISH MISH

236 por Carine Würch - SEMANA 12

KamalaVocê se lembra de algum dos músicos e quais músicas tocavam naquela época?
Mish Mish: Claro que me lembro muitos dos músicos, mas apenas algumas peças de música: Maroun Saba, Maurice, Jamil, Adel Sirhan, Suhail Nasser, Saadoun Al Bayati, Najib Khoury, George Hyatt, Kasim, Ali Darwish, Suhail Kaspar, Hanni Nasser, Aziz Khadra, Tony Ayad, Henri, Manoush Shadeghi, John Belizikjian, Bashir, Raja, Semon Shabkie, Abdel Khalik, Ussri Esmaiele, Adel Moursi, Moustapha Sax, Reda Darwish, Ghazi Darwish, Abdulla Kdouh, Jihad Racy, Mohamid Murray. 

Algumas das peças musicais tocados para mim foram: é claro que eu muitas vezes Hamawy Ya Mish Mish (ouça aqui), mas também Nebtidi Menien El Hikaya (ouça aqui), Fatet Ganbena (ouça aqui), Ala HASB Weddad (ouça aqui), Sawah (ouça aqui), Sallam Allay (ouça aqui), Zaina (ouça aqui), Inta Omry (ouça aqui), Toubie , Tamra Henna (ouça aqui), Arousa , Leyl Ya Layali, Mashael , Sahara City.

KamalaVocê se lembra de quando a cena mudou em cerca de 1977 ou 78 com a chegada da música egípcia e dançarinos para Omar Khayam


Mish Mish: O que foi tão incrível quando os músicos egípcios chegaram, é o fato de que eles realmente tocavam peças musicais inteiras. Foi quando tudo mudou nos shows. Eu acredito que foi também o momento em que a maior parte do estilo de improvisação de dança também mudou. Algumas de nós tivemos tempo de ensaio com os músicos e somos capazes de coreografar nossos shows. Tornou-se mais profissional. 


Houve uma dançarina egípcia que trabalhava na Koko antes da chegada de Nahed Sabri. O nome dela era Sahar. Eu nunca vou esquecer, estávamos todos horrorizados com suas combinações de cores nos figurinos! Esta foi a primeira vez que que se viu laranja e verde misturados. Ela era tão bonita e diferente, e na verdade foi a primeira vez que vi uma dançarina com um show ensaiado e bem feito, assim os shows eram realizados na Europa. Isso foi tão completamente novo e estranho para todas nós. Sempre tivemos cinco partes para a dança:  aparecíamos de véu, fazíamos nossa entrada, primeiro taxim era onde retiramos nossos véus, em seguida, com música rápida novamente, era feito a dança chão, em seguida, música rápida novamente e Solo de Derbake e final. Aqueles eram espetáculos longos! O estilo egípcio era geralmente em três partes. Uma pequena entrada com véu e quase imediatamente descartado, taxim, solo de derbake e final. Às vezes, ela usava algum adereço. Essa foi a primeira vez que vi o candelabro equilibrado sobre a cabeça de alguém. 

Houve também outra dançarina antes de Nahed, que fazia uma dança estilo europeu, mais tarde apelidado de estilo egípcio. O nome dela era Suzie Ashar. Ela comprou e abriu um clube em Hollywood Boulevard perto Grauman’s Chinese Theater e chamou de Sahara. Ela era uma dançarina maravilhosa e eu me lembro agora que ela se assemelhava a Mona Said, em aparência e estatura. Seu truque era equilibrar algo como seis bastões. Um na cabeça, um no peito, um ou dois no quadril e uma em cada mão. Eu tive a oportunidade de trabalhar lá por um tempo também.

Com a chegada de Nahed, tudo pegou fogo! Ela mal falava Inglês, por isso era sempre necessário um intérprete. Felizmente, por minha causa, e de meu marido Faisal, e eu fui capaz de conhecê-la melhor, e obter alguma crítica construtiva quando ela vinha até nossa casa para visitas. Lembro-me de uma festa muito divertida que Shirin fez em sua casa pra recebê-la em nossa comunidade de dançarinos. Todo mundo estava lá (a maioria dos dançarinos que trabalhavam em LA) e tivemos um show particular. 

Seus shows eram quentes e ela também! Sendo assim muito temperamental, muitas vezes que ela não estava feliz com alguma coisa no show: a música que não era do seu gosto, ou alguém dizendo ou fazendo algo na platéia que não demonstrava respeito, como falar durante seu show. Ela, às vezes, começa a xingar em árabe e saia do palco, terminando assim o seu show. Ela era tão mimado pelos músicos e donos de boates, seus caprichos sempre eram feitos. A maioria dos músicos, na realidade, morria de medo dela. Mas todos eles me disseram que ela era a sua bailarina favorita, entre todas que haviam trabalhado.

Aqui uma pequena playist do trabalho de Nahed Sabri em filmes:


FONTE:
** Tradução livre - Carine Würch **

22 de agosto de 2014

237 - MISH MISH

238 por Maria Carvalho - SEMANA 12

Sabendo mais e mais sobre Mish Mish...   

Assim como já citamos sobre a necessidade de Jamila tornar as aparições do Bal Anat menos improvisadas e com cores de dança coreografada. Mish Mish nos narra a mesma necessidade, pelos idos de 1977, com a chega da música egípcia. 

Houve também uma dançarina que trabalhava no Koko, Sahar. Todos se escandalizaram com a vivacidade das cores do figurino, Mish Mish narra ter sido a primeira vez que tinha visto uma dançarina combinar cores como laranja e verde, além do fato de ser perceptível que o show era ensaiado.

O que me chama atenção é que Jamila já tinha começado este esquema no Bal Anat, como vimos vários post atrás, como então o show ensaiado foi causar tanta estranheza a Mish Mish?! (Teremos que perguntar diretamente a ela).

Sahar trouxe um novo estilo de show, dividido em 3 partes, entrada com véu, que quase de imediato era retirado de cena, taxim, solo de derbake no final.

Segundo Mish Mish, teria sido a primeira vez que ela viria um candelabro na cabeça de uma dançarina.

E vamo que vamo...em nossas descobertas
Xeros

21 de agosto de 2014

238 - MISH MISH

238 por Carine Würch - SEMANA 12

Continuamos na Entrevista de Mish Mish para Kamala, no Gilded Serpent

Lembro-me de ter os melhores dias da minha vida! Eu nunca fui de acordar cedo, então dormir tarde para mim era maravilhoso. Era como se eu estivesse sendo paga para fazer festa. Infelizmente, muitos de nós poderíamos facilmente ter nos tornado alcoólatras, com os clientes continuamente enviando-nos bebidas. Esta foi a pior parte em relação aos clubes, além das constantes investidas dos clientes, proprietários do clube, e músicos. Era difícil tentar manter formal e profissional, e conseguir não misturar negócios com divertimento. 

Ao contrário de São Francisco, os proprietários do clube eram bastante flexíveis com deixar-nos trabalhar em mais de um clube. Isso tornou fácil ter uma agenda cheia. O que eu mais amava sobre como trabalhar em LA, era que a maioria dos bailarinas se mantinham unidas e apoiavam-se mutuamente. 

Nós não permitiríamos que os proprietários dos clubes tirassem proveito, ou colocassem-nos umas contra os outras. Nós até entrarmos em greve e tentamos formar nosso próprio sindicato e para termos contratos com melhores condições de trabalho. Essa organização original é M.E.C.D.A. (Middle Eastern Cabaret Dancers Association).

MECDA protest at the Khayam Restaurant in Los Angeles. The owner appeared wtih his gun, but we had a police permit to picket. We asked for contracts and payment of our unpaid salaries, and fair treatment

Samrah Masoud -  Sherin Burton in front and I believe that is Nessim. Perhaps Samrah in back of Sherin on right

Samrah Masoud - Ixchel (who used to perform with me at the Fez in '73) in front of the police car

Samrah Masoud - more BDers of MECDA picketing at the Khayam. Meanwhile Majid (the owner) and two other men yelled "sharameet! and shuyu'in!"
Samrah Masoud Feiruz Aram at the demonstration against Khayam - MECDA

FONTE:
** Tradução livre - Carine Würch **

20 de agosto de 2014

239 - MISH MISH {vídeo}

Mish Mish, 1973, 
SC. Renaissance Pleasure Faire
Posted with permission from 
Pamela Sklavos-Jaque (Mish Mish)

239 por Maria Carvalho - SEMANA 12

Seguindo nossos estudos sobre Mish Mish, aliás o nome é tudo de bom... 

Lendo ontem o post da Carine aprendemos o porque do nome, super sugestivo, e hoje observo no vídeo que separei a chamada da bailarina, as coisas meio que se casam.

Divirtam-se!
Vamo que vamo



19 de agosto de 2014

240 - MISH MISH

240 por Carine Würch - SEMANA 12

Kamala: quando você começou a dança do ventre, e que foi sua professora (professoras)? 

Mish Mish: A primeira vez que vi uma trupe de dança do ventre foi em 1971 na Northern California Renaissance Pleasure Faire. Por ter uma estatura baixa, eu fiz o meu caminho até a frente do palco, no momento exato em que uma dançarina fez um giro incrível com uma espada sobre a cabeça e ao girar, empunhou a espada e terminou com um cambret, ao mesmo tempo que cravou a espada no palco, ao som da última batida da música, bem na frente de onde eu estava! Mais tarde eu descobri o nome da dançarina era Rhea, que na época estava na trupe "Bal Anat". Decidi ali mesmo, eu queria aprender esta forma de arte incrível. Comecei a estudar com Jamila Salimpour na primavera seguinte, em 1972. 

Eu aprendi muito rápido e me tornei a dançarina principal da Renaissance Faire, no final daquele ano. Aquele ano foi muito divertido! Além de dançar na Renaissance Faire, eu comecei a dançar no Casbah na Broadway, em Sao Francisco. 

Foram Fadil Shahin, dono da Casbah, e Jamila, que inventaram o nome Mish Mish, que significa, pequeno damasco doce e suculento. Hah! Ou, como já foi dito, era como diz o ditado americano "como tomate quente". Frutas, legumes ... que seja!!! Eu gostei, se encaixa, e é fica na mente. Eu gostaria de dizer que eu sou a original e não devo ser comparada com a outra dançarina em Seattle. Depois que me casei eu adicionei o sobrenome El-Atrash, para distinguir entre as duas. Eu sinto os bailarinos devem escolher seus nomes com mais cuidado e verificar se ele não está sendo usado por outro.

Eu dou crédito e graças a Jamila Salimpour pelo meu treinamento formal na arte da Dança do Ventre, eu também estudei um pouco com Samia Nasser

Estudei diversas danças: Tap, Ballet, Flamenco, havaiano, Tahitian, polinésia, e eu amava especialmente dos Balcãs e Folclore Internacional. Alguns dos grupos que eu trabalhei e e me apresentei são: Bal AnatPitu Guli ou mais tarde chamado BabaganoushAvaz com Tony Shay como diretor, e ajudou a formar o Gypsy Moor Dancers, que mais tarde seria conhecido como Hahbi Ru.

Kamala: O que você lembra sobre a cena noturna de Los Angeles árabe a partir do final dos anos 70 ao início dos anos 80? Quais os clubes que você trabalhou em? 

Mish Mish: Trabalhei em tantos clubes em LA! Eu fique lá por seis anos.  Clubes árabe: A Fez, Ali Baba, Khyam, Abu Nawas  |Persa: Dalila, Caberet Teerã, Colbeh, Sahara |Grego: Vila grega, Atenas Jardins


18 de agosto de 2014

241 - MISH MISH

241 por Maria Carvalho - SEMANA 12

O efeito dominó!


Uma pausa em nosso estudo sobre Mish-Mish. A vida é interessante, projetamos algo, mas daí vem ela....em sua acelerada forma de dizer, não se programe porque de inopino tudo pode mudar.

Então, comentei semana passada e em vários posts atrás sobre o efeito positivo da dança, enquanto me preparava para nossa conversa desta semana li este comentário da Aida Al Adawi e parei para refletir:

http://contrapposto.deviantart.com/art/Dancer-with-a-Face-60439500

"Robin Williams death is such a loss as a human being and as a great talent and inspiration. So many of us, me included suffer from serious depression. Teaching and performing for many of us is the thing that saves us from self destructing and keeps us moving forward. There are many days when I can't get up or find any motivation or self value. It is always a struggle with those of us who are ADD and may also have shades of Bipolar. We learn to get through our daily lives by creating a detailed environment ranging from putting our key always in the same place by the door to carrying around lists of what we need to do minute to minute. Unless you have had to live with this there is no way to understand how hard we have to work just getting through every day. Often people who are not ADD think it is just an excuse or that it is "over prescribed" but when you truly are it is simply a way of life that if we are lucky we are diagnosed and learn to live with. Dr. Daniel Amen, has given us many tools to help us learn to make our lives more productive. I only recently have begun to be able to read. His books show brain scans of the 7 types of ADD and provide clear explanations of all the different combinations of factors that relate to them. What an eye opener. I lost my sister to suicide in the mid 70s and my brother was murdered in the mid 90s. Both struggled with forms of ADD. Those left suffer greatly from the loss. My heart goes out to Robin Williams family. The hardest thing is that they make the choice for what they think they need to be at peace and we can't go back and help change it. We are left here in this life and as his wife said, we need to remember all the positive and beauty that he gave to all of us. But we also will have to grieve the terrible loss and hope that the next generation will have better tools to help those going through this to find the help they need to save them from this kind of pain. I am sad but I do understand the pain."

Temos oportunidade de escolher a luz, mas alguns preferem as sombras. Viver
é uma grande aventura com dificuldades mil, parece aqueles vídeo-games cheios de fases a serem ultrapassadas. Encontrar algo que lhe motive a sair da cama toda manhã é vital, isso ficará evidente quando alcançarmos o outono da existência e observarmos que a nossa vitalidade é a mesma dos 20 anos, para tanto as escolhas que fazemos hoje serão fundamentais.

Cada um com seus conflitos, dificuldades...e para todos os problemas há milhões de alternativas, é necessário estar apto a enxerga-las. Olhamos bailarinas como a Aida, que citei, e pensamos queria ser ela, dançar como ela, esquecemos que todos somos seres humanos, cada um com sua cruz  e uma longa (espero) jornada a ser trilhada.

A dança pode ser o divisor de água, quando tudo parece estar desmoronando escore o penúltimo dominó, quebre o efeito e se permita!!
Nós, ocidentais, estabelecemos que ela é puro entretenimento, parece normas do direito consuetudinário, então ninguém em sã consciência pensa em viver exclusivamente disto, antes há a medicina, engenharia, direito,...correto?! E da nossa alma quem cuida? 

Amanhã voltamos a Mish-Mish
Xerinhos quentes em todos.