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25 de outubro de 2014

173 - AZIZA!

173 por Maria Carvalho - SEMANA 21

As amizades pelo caminho.

Há aqueles que simplesmente não nos vemos sem e de uma hora pra outra, pluft...somem! Assim foi entre Aziza e Jamila.

Uma amizade que servia de apoio a ambas, carinho, reciprocidade, cuidado, tudo aquilo que estrutura e sedimenta relações sociais e que nos faz olhar pra alguém com o carinho e vínculos da irmandade. Aziza lembra com saudosismo dos ensinamentos, da ajuda com o filho pequeno que ficava com Miss J para que ela pudesse sair e sem maiores explicações este pilar caiu. (Nakish deve ter aprendido com Jamila esta lição, lembram dela e seus cuidados com os alunos?)

Não é da nossa conta as razões, Aziza alega não saber os motivos, mas deixa transparente a saudade daquele apoio e irmandade. Neste contexto vejo pertinência de trazer a baila o assunto, quantos
Pilares que um dia foram tão importantes em nossa história não tombaram no caminho pelos mais diversos (e pessoais) motivos?! Parece-me que algumas relações nascem destinadas a um objetivo e uma vez cumprido, tudo se dissipa no ar. Assim seja, tudo é aprendizado!

Aos amigos que se foram...aqueles que mantemos e aos que virão: a alma não esquece o que a emociona, sigamos.

Vamo que vamo
Xeros

24 de outubro de 2014

174 - AZIZA!

174 por Carine Würch - SEMANA 21


Aziza! iniciou sua carreira profissional em 1966, quando ela estreou no lendário Bagdad Cabaret em Sao Francisco. Ela trabalhou lá, e mais tarde em outros clubes e restaurantes do Oriente Médio e gregos, na região, por muitos anos, enquanto não estava em excursões. 

Aziza! fez muitas apresentações, tendo sua própria banda e cantora, e ela foi a primeira bailarina de dança do ventre em várias cidades do país, e duas províncias canadenses. Em muitos desses lugares, o público nunca tinha visto uma apresentação! Foi uma das bailarinas originais do prestigioso Bal Anat, grupo de dança de Jamila, e membro da Greater Bay Area Teachers' Guild. Ela tem sido um juíza no concurso Belly Dancer of the Year Pageant, desde 1979.

Aziza! deu aulas por muitos anos, e tinha sua própria trupe, o infame Zelzeleh. Problemas no joelho trouxeram ao fim sua carreira de dança, e ela agora é mais conhecida por seus figurinos, que são usados ​​pelos dançarinos em muitos lugares em todo o mundo. 

Você pode ver uma seleção do meu trabalho no meu site: azizaparker.tripod.com



Texto original: 
** Tradução livre - Carine Wurch **

23 de outubro de 2014

175 - AZIZA!

175 por Maria Carvalho - SEMANA 21



O processo é assim, me sento vejo a pauta e então vou ler o que já temos publicado sobre o destaque da semana, pronto tudo que tinha pensando em escrever se esvai inexoravelmente, sou tomada por um frisson, um êxtase e tudo que quero neste momento é ser transportada aqueles tempos.


Iria contar novas histórias de Aziza, mas bah... quero é fazer reverberar a coragem dela e de tantas outras em largar os rumos traçados pra suas vidas e encarar a dançar como exclusivo meio de sobreviver. Pausa, meu cérebro chama Dora Ângela Duncanon, mais conhecida como Isadora Duncan, observa-se alguns passos do ATS inspirados nela, o camelwalk (pra mim) é um deles... vamos tirar a dúvida com Miss Nericcio.


Anos atrás se minha filha me dissesse que seria dançarina (de qualquer estilo) como meio de vida, certamente eu seria a primeira a pular em seu pescoço, imagina! Hoje, sou a maior incentivadora de minha bailaora, olé!!! Penso diariamente em largar tudooo e viver 24h, subtraída às 8h de sono, dançando, dançando... todo meu tempo livre é gasto dançando, falando de dança, pensando nos próximos cursos e me vendo dançando da forma que vem nos sonhos. Opa e eles viram realidade com muita prática, determinação e indo as aulas toda semana kkk.
Aziza é uma inspiração, não é exatamente o formato de bailarina que desejo pra mim, mas isso não diminui (ao contrário) sua importância e beleza em cena. Quando ela menciona o que fez para ter seu primeiro figurino, vender fogão... rachei de rir, sou fissurada em sapatos, antes da dança me arrebatar acredito que tinha uns 300 pares ou mais, este ano não comprei um único e misero par... já figurinos :) 
A dança é isso, para alguns, e não importa quando o chamado chega... se logo cedo, se na maturidade da sua vida... dê ouvidos, não é esquizofrenia é tua alma convidando pra dançar!
Amo dançar, amo ATS... amo, amo, amo.
E, pq? Pq sim, amor não se explica, se vive intensamente.

Vamo que vamo
Xeros.

-- Isadora Duncan foto

22 de outubro de 2014

176 - AZIZA!

176 por Carine Würch - SEMANA 21

The Beginning - by Aziza!

Minha mãe sempre se culpou pela minha carreira na dança do ventre. Ela sentia que se ela não tivesse me levado para aulas de dança (ballet, sapateado e etc) quando era criança, nunca teria sabido que gostava de dançar! Ela também me ensinou dança folclórica e de quadrilha e pagou por aulas de dança de salão - e por minha conta, mais tarde, tive aulas de dança moderna, Flamenco, afro-cubana, taitiana, e muito mais, mas ela achava que havia sido aquela primeira formação fatídica, que realmente me colocou no caminho da dança. Fico feliz em dizer que quando ela finalmente me viu dançar, dez anos depois comecei, e viu que era bom - e que eu ainda era a mesma pessoa - ela mudou de ideia sobre a necessidade de se "culpar".

Mas meu pai, até o dia que ele morreu, estava convencido de que eu estava fazendo o desagradável cootchie-coo! (hootie-cootchie)

Em 1966, eu estava frequentando a Universidade da Califórnia em Berkeley como um grande russo, com a intenção de ser um bibliotecário com uma linha lateral de traduzir os muitos materiais russos que começavam a estar disponível para bibliotecas. O major russo era apenas uma manifestação do meu interesse em outras culturas - em suas línguas, seus costumes e trajes, sua música e dança.

Um dia, vi no jornal do campus, um anúncio de aulas de dança árabe a ser ministradas por uma profissional aposentada - Respondi ao anúncio, conheci Jamila Salimpour, e todo o curso da minha vida mudou!


Jamila estava ensinando em seu apartamento na Telegraph Avenue, em Berkeley, e a partir do momento que entrei, fui pega pela magia. Havia incenso aceso na porta da frente, havia gravuras de desenhos exóticos e fotografias de Jamila com seus figurinos nas paredes, um lance indiano no sofá, e que a música - que música! - enchendo a sala de estar. Uau! Ia feliz para as aulas a cada semana, as aulas eram cheias de muito treinamento de passos e com os snujs [zills] (havia um grande quadro na parede, mostrando padrões a serem tocados para nossa prática, e estou certa de que a minha total facilidade e conforto com snujs, foi devido a toda a prática exigida), mas também cheias de fofocas e histórias e a oportunidade de se debruçar sobre as fotografias de outros bailarinos na sua Rogues' Gallery.

Jamila grávida na época, mas ela não teve nenhum problema nos ensinar todos os movimentos, e costumávamos brincar que ela poderia simplesmente ficar parada e deixar o bebê fazer o trabalho na barriga dela.

Éramos sua segunda leva de estudantes - a primeira, incluía a magnífica Galya - e havia cerca de cinco de nós na classe. Uma outra passou a fazer dança profissional por um tempo, mas fui a única naquela turma que seguiu carreira.

Uma das coisas que Jamila exigia era que fossemos a Sao Francisco ver os dançarinos nos clubes. Havia apenas dois clubes do Oriente Médio que eu conhecia naquela época, os dois em North Beach. O primeiro que meu marido e eu visitamos foi o Bagdad Cabaret, onde eu vi minhas primeiras dançarinas do ventre ao vivo: Eu vi Karoun Omar e Tahia Sirhan, e que contraste elas eram! Karoun era suntuosa, com um belo movimento gracioso e um ar arrogante. Ela usava uma saia de crepe branca e  pesada, com acabamento em preto para combinar com o sutiã preto, e o cinto que ela usava com algum tipo de material bordado, Jamila chamava de "decoração abajur." (Mais tarde fiz algumas aulas com Karoun. Ela se mudou para Nova York, e, depois de uma estadia desastrosa e trágica lá, voltou para a São Francisco, por um curto período de tempo. Mesmo assim, gostava de vê-la dançar mais do que a maioria das outras dançarinas daquele tempo!)


A outra menina, Tahia, era uma coisa selvagem, supostamente uma louca beduína. Ela usava uma saia roxa e um sutiã e cinto de moedas de ouro, com um grande punhal traspassado seu cinto! Ela dançou energicamente, e depois parecia discutir em árabe com os músicos. Ela sentou-se no palco, fez beicinho, pegou as unhas dos pés e balançou a cabeça, e, de repente, saiu do palco, mas foi persuadida por Yousef a voltar. Quando ela saiu para dançar na platéia, pensei comigo mesma: "É melhor que ela não fique muito próximo ao meu marido!"

Desde então, tenho me divertido com a lembrança deste pensamento, e entendo a reação de algumas mulheres em relação a uma bailarina.

No Gigi's Port Saidvimos Leila Lisa, a dançarina que mais tarde viria a aparecer em "From Russia with Love" na cena do acampamento cigano.  (assita aqui) (Ela não foi, no entanto, a dançarina por trás dos títulos em que o filme, e sim Tanya Lemani). Leila usava um monte de saias e tinha uma série de lenços enfiados na linha dos quadris. Ela era uma dançarina bem magra, e eu me lembro que ela tinha o hábito de puxar o lábio superior para baixo sobre os dentes, como se quisesse esconder um overbite, embora ela tivesse um.

Depois que havia feito aulas por cerca de três meses (e ensaiado como uma louca em casa, o que era difícil, pois os únicos discos que encontrei eram "Port Said", de Mohammed El Bakkar e um álbum de música turca pirata), Jamila me disse que estava pronta para entrar no palco! Eu já tinha um figurino, um preto e prata. Tinha vendido um fogão para comprar um cinto que Jamila fez para vender, e tinha feito uma saia e véu e cobri um sutiã com moedas para combinar com o cinto. Rapidamente fiz uma roupa que se usava no clube entre os shows - uma longa saia preta e uma elegante blusa de cetim verde e chiffon preto, e comprei alguns cílios postiços e fiz o meu cabelo na quarta-feira antes da minha estréia. Queria grandes cachos, e prender meu cabelo como o de Jamila, mas como não fiz com um profissional, parecia um crisântemo murcho! Não importa! Estava pronta, embora com grande temor e tremor!

Foto do interior, não sei quem é a bailarina

Jamila me garantiu que só teria que fazer um show curto na minha primeira vez.

Antoinette Awayshak e Fatma Akef estavam trabalhando lá, de modo que estava tudo bem. No entanto, quando eu cheguei, descobri que Antoinette estava em casa, doente, que havia somente eu e Fatma. 


Yousef me convenceu a fazer três shows na minha primeira noite - 10 minutos, 12 minutos e 15 minutos! (Agora parece tão pouco, mas para um primeiro tiro, foi muito emocionante!). Me diverti muito, Yousef estava de bom humor, e tudo correu bem. No dia seguinte, ele chamou Jamila e disse: "Onde você conseguiu isso fireball ?!" E assim, comecei a trabalhar no Bagdad Cabaret, uma noite por semana no início, então, gradualmente, com mais freqüência. 

E assim começou ...

Texto original:
** Tradução livre - Carine Würch **

21 de outubro de 2014

177 - AZIZA!

177 por Carine Würch - SEMANA 21

Texto escrito por Nazely do The Belly Blog. com




Aziza floresceu como dançarina oriental em meados dos anos 1960 na Califórnia. Ela dançou em clubes em São Francisco, Hollywood e em muitos lugares - é dela o crédito de ser a primeira bailarina de Dança do Ventre vista nas "terras de ninguém", em estados como Omaha e Nebraska, bem como foi a primeira bailarina vista nas províncias canadenses como SaskatoonSaskatchewan... 

(Fale-me sobre um público difícil... Ri muito!)




Ela saiu em turnê para todos esses lugares e muito outros, com sua própria banda e cantora... soa como um sonho! 

Aziza trabalhou e estudou com Fatma Akef, cuja irmã era a lendária dançarina egípcia Naima Akef. Ela era um dos membros da trupe de Jamila Salimpour -  Bal Anat.


Depois de tropeçar em algumas fotos dela, me senti tão inspirada em fazer uma reportagem sobre ela o mais rápido possível. Seus trajes, o todo - ela parece ser o epítome da bailarina vintage, elegante, e ao mesmo tempo sexy que gostaríamos de imitar em nossa dança hoje. Nós amamos como ela levou a dança para lugares onde não haviam ido antes, ao redor os EUA e CANADÁ. Uma verdadeira pioneira em todos os sentidos da palavra! Ela contribuiu com histórias incríveis, loucas e engraçadas para o site Gilded Serpent. Me diverti muito lendo tudo isso. Aqui está um link para uma lista de artigos muito legais que ela escreveu!






Queremos agradecer a Aziza por contribuir com todas as suas memórias para a Comunidade da Dança - é emocionante como dançarina em crescimento pode aprender sobre o passado a partir de uma perspectiva tão especial e única.


Texto original:
** Tradução Livre - Carine Würch **

20 de outubro de 2014

178 - JOHN COMPTON

178 por Carine Würch - SEMANA 21


Seguindo um pouco em relação às críticas do estilo, temos um depoimento de John Compton, e também uma entrevista, onde ele fala mais sobre o que pensa sobre o assunto:

ATS:
Eu perguntei a John sobre o American Tribal Style e o que ele pensei nisso. Respondeu: "A comunidade da Dança do Ventre está erroneamente chamando minha trupe, Hahbi 'ru, de American Tribal Style, e nós até fazemos parte do livro intitulado "The Trible Bible"! "Nós não somos! Eles têm, na minha opinião, uma postura tensa e uma apresentação muito diferente da nossa. Os nomes dos movimentos são todos o mesmo, mas são executados como uma equipe de performance de precisão, com passos perfeitamente ajustados de forma estruturada. Hahbi'ru é diferente e único, devemos talvez ser rotulado como "Tribal Folclórico." Para mim tribal tem a ver com uma unidade familiar, e, certamente, ATSBal Anat de Jamila, e Hahbi 'Ru todos têm isso em comum. Baseamos nossas danças na tradição**, mas interpretamos essa tradição com um pouco de liberdade criativa, alterando algumas coisas e deixando eles mais agradáveis para o palco. Nós esgueirar-se em alguns movimentos modernos, mas tentamos integrá-los dentro do "estilo antigo". O grupo de Jamila tinha um look dos anos 1940 ou dos anos 50. Um look com muito uso de Assuit, que eu acredito que veio de fotografias antigas. Descreveria o Hahbi 'Ru como um look "country chamativo " ou "folclórico colorido".

Entrevista de John Compton para Lynette - Texto original:

** falaremos disto mais adiante com Patty Farber, que foi uma estudiosa das danças folclóricas de diversos países, por isto a formação do Hahbi 'Ru é mais próxima ao folclore do que o Bal Anat de Jamila, que trouxe muito do que ela lia e via, junto com sua imaginação.


Aqui segue o link para o podcast:
http://www.yippodcast.com/2012/01/episode-53-john-compton_29.html

E logo abaixo, achamos o comentário deste Podacast, feito por Shay Moore, que é professora de ATS e Tribal Fusion do Deep Roots Bellydance:

Shay Moore disse... 

Eu tenho que dizer, ouvindo John Compton desdenhosamente falar sobre ATS dizendo que é "sempre a mesma" , me deixa triste (amo ele, por que ele não pode me amar de volta ?!). Mas é também me faz sentir como "a panela falando da chaleira", quando um show Hahbi 'Ru é totalmente coreografado - mesma música exata, passos, tudo, em cada show - acho isto muito mais "do mesmo" toda vez, do que qualquer show ATS

Quero dizer, sério...? Quantas vezes vi Lorke Lorke, ou Jamilo, ou Dança com Sunjs? Mas enlouqueço toda vez que vou assisti-los! Não é que exija que esses shows sejam diferentes a cada vez, exijo que sejam de alta qualidade, com grande energia e um nível elevado de carisma. E sinto que tanto Hahbi 'Ru, como o bom ATS têm isto em comum. 

E não me fale sobre o outro comentário desdenhoso sobre a "adulteração" dos movimento de Jamila no ATS, quando ele mesmo ri sobre "roubar" movimentos e coreografias para seus shows. Não vamos atirar pedras, Sr. Compton. Você é um dançarino incrível, e um dos muitos pioneiros admirados da Dança do Ventre que eu adoro. Você não precisa se ​​elegantemente dar tapa de luvas em outros dançarinos e estilos para provar o seu valor. Você é melhor do que isso. 

Essa é a minha história e eu me mantenho firme a ela.

** Tradução Livre - Carine Würch **