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22 de novembro de 2014

145 - AMINA

145 por Maria Carvalho - SEMANA 25

-- Onde paramos?

Ah, sim... uma casa, proposta de café, Amina sozinha e o dono da boate propondo uma conversinha em outro ambiente. Para se ver longe do constrangimento daquela massagem com óleos aromatizados, incensos, ela toparia ir para qualquer outro local, contudo ao abrir a porta o que se viu foi o quarto de dormir. A corrida em direção da porta foi certeira, ao fundo se ouvia "volte, sempre fui profissional com minhas bailarinas".
Amina precisava de dinheiro, tinha 3 filhos em tenra idade, dançar seria uma forma de completar o orçamento e entrar em forma, mas não a esse preço.

Essa passagem do inicio da carreira deve ser conhecida de algumas pessoas, os pedidos de show privado, um contato mais pessoal é típico, o desconforto provocado também. Fat Chance!!!

Já vi bailarinas serem selecionadas pelo contratante por suas estruturas físicas, beleza, sendo a dança secundária, quando a contratação começa neste viés é certeza de terminar no caminho errado.

Na dúvida não aceitem convites para um café, água, refri... pode terminar de forma intencionalmente desvirtuada, a postura com que se lida com a carreira determina como será tratada.

Vamo que vamo
Xeros

21 de novembro de 2014

146 - AMINA

146 por Maria Carvalho - SEMANA 25

"E agora com vocês, Amina!'

Aziza! a olhou e ela perguntou: quem é essa? Ora é você, um empurrão, depois e Amina subira no palco do Bagdad, o único club da cidade.

A estréia de Amina foi cheia de histórias engraçadas e macabras, duas me chamaram atenção. Ela precisava de um figurino, mas cadê tu-tu pra isso? Eis que lembrou de uma patinadora dos anos 30, e zaz, as cortinas da sala viraram a saia, o sutiã foi coberto com o tecido e um pouco de bordado para dar o glamour. Veio na minha cabeça O Vento Levou, Scarlet O'hara!!!


Quando Aziza! viu o lenço amarrado na cintura, questionou imediatamente, causou estranheza, mas Amina tinha tido um pacote de duas ou três aulas, antes de se aventurar no palco do Bagdad, sequer sabia que o cinturão não era feito junto a saia, mas toda essa explicação ocorrera 5 min antes do anuncio de sua dança, então o que fazer com o lenço na cintura? Aziza! respondeu; na música lenta você saberá. Jesuuuuuuuuuuuuuuuuus!!!

Naquela mesma noite havia necessidade de combinar as futuras apresentações com Yousef Kouyoumjian, dono do clube, todos foram embora, ele lembrou de um café, contudo o estabelecimento estava fechando, então sugeriu irem a sua casa, ali próximo, que dividia com sua mãe. 

Chegando na casa, sem mãe nenhuma, Amina se viu no desconforto de estar só com um homem que iniciava massagens com um óleo aromático em seus braços e pés, fala sério!!! 

Como terminou essa saia justa?
Cenas do próximo capítulo.

Xeros e vamo que vamo





FONTE:

18 de novembro de 2014

148 - AMINA

148  por Carine Würch - SEMANA 25

Mais uma contemporânea nos nossos estudos, assim como Diane Webber, temos a distinta Amina  Goodyear (a quem não vamos nos prender, mas que cruzou o caminho do Bal Anat e de Jamila:


"Amina foi a primeira a desempenhar o papel deusa mãe de Jamila. A trupe Bal Anat foi iniciada em resposta a Jamila ser convidada a fazer uma palestra na UCSF em Milberry Union

Ela queria fazer toda a cronologia da Deusa Mãe. Amina era conhecida por seus bellyrolls, então Jamila pediu a ela para fazer a dança do nascimento. Ela queria que Amina o fizesse de topless, mas Amina recusou-se. Então fez isso em um collant cor de pele. 

Amina não fazia parte do grupo de Jamila, apenas preencheu essa parte. 

Após a Renassaice FaireAmina lembra que Jamila fez vários "Festivais da Lua" no Casbah, que eram noites dos alunos." (Lynette)


FONTE:

** Tradução livre - Carine Würch **




Relato de Mark Bell (músico):

"Quando comecei a trabalhar no Bagdad, trabalhei segundas e terças a noite. Eram noites incrivelmente mortas, com talvez de 6 a 10 pessoas na platéia. O que foi bom para mim, pois precisava de um monte de trabalho. Tive que aprender sobre palco. Nunca tinha ouvido nenhuma das músicas George estava tocando. E também não tinha idéia sobre com tocar para dançarinas em casas noturnas.

Uma das imagens que me lembro, e que era muito legal: quando George Elias fazia um solo de Farid al Atrash no oud. Ele costumava tocar muito isto para Amina.

Amina fazia então um Taksim no solo tão incrível, jogava o cabelo para lá e pra cá, muito além das restrições coreográficas rotineiras aceitas nos floorworks da época. 

Eu não sei se ela entrava em transe, mas era realmente selvagem."
FONTE:
** Tradução livre - Carine Würch **

149 - AFRITA - BADAWIA

149 por Carine Würch - SEMANA 25

"Pouco depois de chegarmos a Nebraska, Gabriella precisou voltar ao México por causa de seu divórcio. Guy contatou seu agente em Los Angeles para que ele mandasse outra dançarina ou cantora, mas não havia ninguém apropriado, que estivesse disponível. Esse agente contatou alguém em Nebraska, e disse que havia visto uma menina da Jordânia dançando de brincadeira em um clube de dança - apenas com suas roupas do dia a dia - e pensou que ela poderia ser o que precisávamos. Assim que nos conhecemos, a jovem que viria a se tornar Badawia, muito conhecida e amada professora e bailarina de Oregon

Quando ela veio até nós, ela só sabia básico, e tivemos uma tarde para deixá-la preparada para ser uma Bellydancer - bem como fazer um figurino! Como você pode imaginar, Lincoln, Nebraska, em 1969, não era uma boa opção para encontrar os componentes para um traje de dança do ventre!

Depois de passar "pente fino" nas lojas, encontramos um pouco de chiffon verde para uma saia e cortamos um vestido dourado para fazer um cinto (algumas correntes e moedas penduradas deram um pouco de estilo e movimento) e para cobrir o top - usamos um de seus próprios sutiãs, pois ela apesar de magra, tinha seios muito grandes, e não foi nada fácil achar algo que servisse! Embora seu desempenho não fosse muito polido, o público a amava, pois sua doce personalidade irradiava. Usando o nome Afrita, ela ficou com a gente pelo resto da turnê, e a ensinei todos os dias. Eventualmente, ela foi para a Califórnia para continuar a sua nova carreira, inclusive teve algumas aulas com Jamila, e continuou a partir daí." ( Aziza!)

FONTE:


"Ela passou cinco anos estudando com Badawia, natural da Jordânia, a quem ela descreve como "intensa, incrível", e de quem ela aprendeu sobre a essência da dança como algo emocional, bem como física. Aisha viajou freqüentemente para Portland, Oregon, e seguiu sua mentora de workshop a workshop por todo o Noroeste." (A’isha Azar)

FONTE:



"... foi mais inspirada na década de 70 e início dos anos 80, por Badawia, uma intensa dançarina jordaniana de Portland, Oregon." (Rahma Haddad

FONTE:

17 de novembro de 2014

150 - AFRITA (Badawia)

150 por Maria Carvalho - SEMANA 25
Sair em turnê era muito comum nos idos de 1960-70, aliás até hoje o mundo artístico dá vazão ao seu trabalho desta forma. Aziza!, de quem já falamos, juntou-se ao músico Guy e colocou o pé, ou melhor o ventre :) na estrada.

1968 era o ano, Aziza! junto a Guy e seus músicos procuravam bailarinas para engrossar suas apresentações e no caminho encontraram Afrita. A técnica ainda não era muito polida, mas a forma doce de dançar se conectou com o público que a amava em cena.

Afrita acabou fazendo parte do grupo e aprendendo diariamente com Aziza!, após esse período foi para Califórnia onde iniciou aulas com Jamila.

On the road - assim foi o início de Afrita.