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28 de junho de 2015

ALUNAS DE JAMILA - Em que ano foi o que...


Nesta conversa no Facebook, vemos Anzelle, Aida, Mish Mish e Habiba conversando sobre seus tempos de Bal Anat e tentando lembrar o ano da foto, e o que cada uma fazia durante aquele ano específico, no espetáculo do Bal Anat.


Anzelle Pieretti  - Eu amo que estou nesta foto com você (Aida) e obrigado por me deixar compartilhá-la. (Anzelle é a primeira da foto, na parte de trás, tocando snujs, com um lenço na cabeça).

Habiba Dajani - 1972 foi meu primeiro ano no Bal Anat, as dançarinas com espada eram Signa, Libby, Vealah, Cassandra, Meta, Asmahan, Shukriya e eu ... Signa, Meta, Libby e eu nos revezávamos fazendo o solo em frente do grupo, bonitas fotos.
Habiba Dajani - Esqueci de incluir Laura Choulos no grupo espada. Ela era uma mulher bonita, nós ensaiávamos sob as sequoias em sua casa

Anzelle Pieretti  - Pensei que nós havíamos dançado com espada um ano juntas, Habiba Dajani. (Eu não estava nesse grupo mencionado acima).

Pamela Sklavos-Jaque Desculpe vocês, mas acredito que isto tinha era 1971, porque 1972 foi o ano em que eu comecei e a dançar Khatak com Jamila e Meta. Também nesse ano dancei com cobras junto com Samira & Sue Corsola e algumas vezes dancei o Finale. Lembro que este ano, a Dança com Espadas foi apresentado por Lisa & Hilary 

Habiba Dajani Estou olhando fotos antigas e creio que foi o ano de 1973, como acredito que foi o primeiro ano de John (Compton) com Bal Anat, foi o ano das grandes danças em grupo, que ano você dançou Karshalma com o grupo?

Aida Al Adawi Não pode ser 1971 porque era o meu primeiro ano e tenho a imagem que tinha o pote na minha cabeça. No meu primeiro ano, não fiz o Finale. Então tinha que ser 1972 ou mais tarde. 

Pamela Sklavos-Jaque Habiba ... Fui a primeira dançarina Kashlama. Dancei pela primeira vez como um solo nesse ano (72) na Feira Dickens, em seguida, no outono seguinte Renaisance Faire em 1973 com o grupo. Esse foi o primeiro ano em que Jamila deixou que todos fizessem seus próprios figurinos e coreografia. Naquele ano infame do Pink Ladies.

31 de dezembro de 2014

106 - RETROSPECTIVA 2014 - parte 3

106 por Carine Würch - Semana 31

NOVEMBRO - neste mês tivemos diversos personagens, alguns com poucas palavras, mas granes histórias! Percebemos como a presença de Jamila fez a diversa em tantas vidas (fora as que não conseguimos contabilizar). Por outro lado, percebemos como foi difícil fazer uma melhor busca de alguns personagens, pois realmente não encontramos nada online... Asmahan, Baraka, GalyaSelwa, Atash, Afrita (Badawia), Amina (que não foi aluna), DeAnn, Masalima - Satrynia.
23ª Semana | 24ª Semana | 25ª Semana | 26ª Semana |

DEZEMBRO Masalima - Satrynia, Reyna Alcala, Debbie Goldmann - Amoura Latiff e Rashid encerraram nosso ano.
27ª Semana | 28ª Semana | 29ª Semana | 30ª Semana | 31ª Semana
RETROSPECTIVA 2014:

JUNHO - falamos praticamente de Jamila & Bal Ana, um pouco do início de tudo. 

JULHO - também nos dedicamos a falar de Jamila & Bal Anat, construindo a base da nossa História dentro da Dança Tribal. Muitas reflexões e descobertas. 

AGOSTO - observamos que muitas alunas de Jamila também criaram seus próprios métodos de ensino, tendo reconhecimento dentro e fora dos EUA. E optamos por contar e relatar fatos destas pessoas que tiveram Jamila como base, e o quanto isto influenciou em suas carreiras e também nas suas trupes e alunas. Aida al AdawiMish Mish & Rhea

SETEMBRO - neste mês em diante, nos dedicamos a estudar as alunas alunos de Jamila, que fizeram parte do Bal Anat, ou apenas tiveram algum tempo de aulas com ela. Aqui estão nossos personagens de Stemebro - Katarina BurdaJohn ComptonSuhaila SalimpourDiane Webber (que não foi aluna de Jamila, mas foi contemporânea na Renaissance Faire), Nakish e Rebaba.
14ª Semana | 15ª Semana | 16ª Semana | 17ª Semana | 18ª Semana |

OUTUBRO - estudamos mais sobre YasmelaAziza!Anne Lippe e Asmahan.
19ª Semana | 20ª Semana | 21ª Semana | 22ª Semana |

NOVEMBRO - neste mês tivemos diversos personagens, alguns com poucas palavras, mas granes histórias! Percebemos como a presença de Jamila fez a diversa em tantas vidas (fora as que não consegumos contabilizar). Por outro lado, percebemos como foi difícil fazer uma melhor busca de alguns personagens, pois realemnte não encontramos nada online... Asmahan, Baraka, Galya, Selwa, Atash, Afrita - Badawia, Amina (que não foi aluna), DeAnn, Masalima - Satrynia.
23ª Semana | 24ª Semana | 25ª Semana | 26ª Semana |

DEZEMBRO - Masalima - Satrynia, Reyna Alcala, Debora Goldmann - Amoura Latif e Rashid encerraram nosso ano.
27ª Semana | 28ª Semana | 29ª Semana | 30ª Semana | 31ª Semana

30 de dezembro de 2014

RETROSPECTIVA 2014 - parte 2

107 por Carine Würch - Semana 31 - Parte 2

SETEMBRO - neste mês em diante, nos dedicamos a estudar as alunas alunos de Jamila, que fizeram parte do Bal Anat, ou apenas tiveram algum tempo de aulas com ela. Aqui estão nossos personagens de Setembro - Katarina BurdaJohn ComptonSuhaila SalimpourDiane Webber (que não foi aluna de Jamila, mas foi contemporânea na Renaissance Faire), Nakish e Rebaba.
14ª Semana | 15ª Semana | 16ª Semana | 17ª Semana | 18ª Semana |

OUTUBRO - estudamos mais sobre YasmelaAziza!Anne Lippe e Asmahan.
19ª Semana | 20ª Semana | 21ª Semana | 22ª Semana |


RETROSPECTIVA 2014:

JUNHO - falamos praticamente de Jamila & Bal Ana, um pouco do início de tudo. 

JULHO - também nos dedicamos a falar de Jamila & Bal Anat, construindo a base da nossa História dentro da Dança Tribal. Muitas reflexões e descobertas. 

AGOSTO - observamos que muitas alunas de Jamila também criaram seus próprios métodos de ensino, tendo reconhecimento dentro e fora dos EUA. E optamos por contar e relatar fatos destas pessoas que tiveram Jamila como base, e o quanto isto influenciou em suas carreiras e também nas suas trupes e alunas. Aida al AdawiMish Mish & Rhea

SETEMBRO - neste mês em diante, nos dedicamos a estudar as alunas alunos de Jamila, que fizeram parte do Bal Anat, ou apenas tiveram algum tempo de aulas com ela. Aqui estão nossos personagens de Stemebro - Katarina Burda, John Compton, Suhaila Salimpour, Diane Webber (que não foi aluna de Jamila, mas foi contemporânea na Renaissance Faire), Nakish e Rebaba.
14ª Semana | 15ª Semana | 16ª Semana | 17ª Semana | 18ª Semana |

OUTUBRO - estudamos mais sobre Yasmela, Aziza!, Anne Lippe e Asmahan.
19ª Semana | 20ª Semana | 21ª Semana | 22ª Semana |


3 de novembro de 2014

164 - ASMAHAN

164 por Carine Würch - SEMANA 23

Escrito por Asmahan of London para o Gilded Serpent


Lynette entrou em contato comigo com a idéia de uma turnê filmada pelos famosos clubes noturnos de árabes de Londres. Iriamos até às instalações e filmaríamos onde os clubes existiam anteriormente. Eu descreveria os clubes como eram nos dias de glória. Fui uma dançarina da Califórnia, que veio a Londres para dançar nas discotecas árabes. Tive o privilégio de fazer parte desse momento maravilhoso. O que se segue é o meu artigo sobre estes clubes fabulosos, as dançarinas, músicos e cantores que fizeram esta época sensacional.

São Francisco - 1972 
Asmahan dances at Sultan's Palace
Asmahan at Sultan’s Palace, performing on a stage that was a
giant aquarium, with fish swimming beneath her feet.
Dancing on water! Ali on dumbek, and Joseph Alexander on def
Foi minha grande sorte experimentar a Dança Oriental, pela primeira vez, no Renaissance Pleasure Faire em Marin County, perto de São Francisco. O grupo de dança Bal Anat estava se apresentando com música ao vivo. O som era exótico e encantador, e estava totalmente cativada. Os instrumentos tocados eram santour, derbak, def, dehola, mismar, miswige, nai, snujs, e sistros. Era pontuado por zagareets (ululação) - que tinha ouvido falar, no filme, Lawrence da Arábia. As bailarinas dançavam em formatos coreografados e improvisados. A interação entre os dançarinos e os músicos era apaixonante, os tambores bateram em meu coração. A dançarina do final foi Galya, sua beleza e dança magnífica deixou uma impressão para vida toda. Rhea fazia uma dança com espada que gostaria de imitar. Esse show me inspirou muito, quis ser uma dançarina e dançar com música ao vivo.

Jamila Salimpour apresentava um show que ela descreveu como "pré napoleônica" (antes de influência ocidental no Oriente Médio). Ela pesquisou livros de história, usando as fotos dos dançarinos orientalistas para saber mais sobre seus trajes. Essas idéias eram uma mistura das culturas dos Beduínos, Ghawazee e Ouled Nail. Sem lantejoulas, franja bordadas, lamê, ou brilhos eram permitidos, os corpos dos bailarinos eram cobertos com Assuit, tecidos da rota da seda, jóias étnicas, bordados e moedas do Oriente Médio. Ghawazee significa "invasores do coração" em árabe.

O primeiro show em um clube árabe que eu vi foi no Casbah na Broadway, em São Francisco. O proprietário era Fadil Shahin, um cantor talentoso que tocava oud. Ele estava acompanhado por Jalal Takesh, que tocava Kanoon, e Salah Takesh que tocava derbak. Na banda também havia dois músicos que tocavam violino e nai. Rhea, apresentou seu show de dança com espada, e outros dois dançarinos fizeram o formato tradicional show, com véu, Taksim, canção, floorwork, balady e um solo de derbak.

Depois de ter aulas com Jamila Salimpour, comecei a dançar profissionalmente no Casbah, começando uma vida inteira de aprendizagem sobre a música e as danças do Oriente Médio. Seu ensino se caracterizava pelo estilo das dançarinas dos filmes clássicos egípcios: Samia Gamal, Naima Akef, e Taheya Karioka. Fadil se apresentava com músicas de Farid Al Atrash, Om Kalthoum e Abdul Halim Hafez. Eu ouvia "Abdul Halim Hafez ao vivo do Royal Albert Hall, em Londres", e ficava impressionada com a beleza da música de sua orquestra e a interação com o público.


Houve uma dançarina árabe que se apresentava no Casbah, chamada Princesa Samia Nasser. Ela era do Iraque e tinha o cabelo vermelho brilhante e pele pálida e branca. Usava trajes com bordados glamourosas e foi muito querida comigo. Ela me deu conselhos de beleza, me dizendo para não usar trajes de moedas. "Você não está realçando sua beleza" era seu constante comentário para mim.

Nosso melhor cliente naquela época, era o filho do rei da Arábia Saudita. Ele me pagou meu primeiro drinque, e costumava me dar notas de cem dólares como gorjetas, as quais economizei para o meu futuro.

Um violinista libanês, Aboud Abdel Al, que havia se apresentado em Londres e estava em uma turnê, chegou a San Francisco com alguns músicos de sua orquestra. Ele produziu um álbum de música de dança do ventre com Fadil Shahin. Os músicos foram Bashir Al Adbel, Mohammad El Berjway, George Basil, e Chazi Darwish. A música de entrada nesta gravação foi uma peça chamada "Siqa". Eu não sabia como dançar essa música, como era no estilo egípcio moderno, do qual não tinha conhecimento. Foi baseado em um passo chamado arabesque, a partir da influência do balé do Bolshoi no Cairo. Estes foram os tempos antes de vídeos - e nós nunca tínhamos visto os bailarinos do Cairo ou Beirute. Estudantes da Arábia Saudita da Universidade de Stanford costumava vir e dizer-nos coisas sobre dançarinas egípcias. Diziam, por exemplo, que elas não faziam floorwork e todos usavam trajes bordados. Aida, uma dançarina no Casbah, convidou vários dançarinos para a casa dela, para assistirmos um filme que tinha recebido de uma dançarina egípcia chamada Samiha. Ela vestia um traje alaranjado bordados, muito chamativo, com uma saia de lantejoulas laranja, mostrava muito suas pernas, e dançava um estilo que nunca tinha visto, a música que nunca tinha ouvido falar. Estávamos espantados e intrigamos sobre o mundo da dança "lá fora".

Aboud Abdel Al aconselhou-me a ir a Londres para dançar em Omar Khayyam. Meu coração estava pulando! Sempre quis levar uma vida de aventuras, e este parecia ser o início de uma grande aventura. Seguria meus sonhos e dançaria para os árabes em suas boates, restaurantes, hotéis, cabarés, e casamentos. Meu objetivo seria dançar a autêntica música árabe no contexto da cultura árabe. Era meu plano para dançar em Londres, Paris, Viena, Beirute, Dubai, Bahrein e Cairo.








ASMAHAN - EXTRA

2 de novembro de 2014

165 - ASMAHAN

165 por Maria Carvalho - SEMANA 22 (VÍDEO)

O que todas as bailarinas que falamos, pós Jamila, tem em comum? A vontade-desejo-necessidade de dançar fora, sair dos EUA e ganhar o mundo. Em cada biografia uma história de determinação e busca incensante dos objetivos é como se sair da América e ser reconhecida fosse o Certificado de Qualidade para um trabalho bem sucedido.

Várias histórias me marcaram até aqui, Mish-Mish cujo nome da vontade de ser pronunciando continuamente, Nakish pela forma integra com que tratava a dança e seus pupilos, John que me rouba altas risadas com a referência de sua dança, inicialmente, apenas no começo vamos frisar, parecer um frango atropelado, contudo as danças, ainda que havendo as influencias de Jamila, estão longe da Tribal praticada através do ATS e do Fusion

Uma pergunta não me deixa a mente, quais os motivos afastaram Suhaila da criação de algo como o ATS ou um padrão mais tribal? Por que todas pupilas de Jamila seguiram uma linha bellydance? Afinal Jamila é conhecida como o maior Pilar do Tribal, no entanto suas alunas  O que desencadeou em Masha uma ruptura dessa linha comum, onde todos navegavam?

No fim das contas, sendo sua linha o bellydance, tribal-fusion, dark-fusion, tribal-Brasil, ATS... todos sofremos influencias de nossos sucessores, conhecer o período em que trabalhavam, suas influencias é fundamental para que a identidade se forme e consolide.

Asmahan levou na mala muito mais que figurinos pesados, ela buscava reconhecimento e conseguiu, olha nós, décadas depois falando sobre seus feitos.

Xeros e vamo que vamo!!!
Playlist

1 de novembro de 2014

166 - ASMAHAN

166 por Carine Würch - SEMANA 22

Minha aventura começa! por Asmahan - PARTE 3

Aida cantava canções de Om Kalsoum com a banda. Lembro-me especialmente Inta OmrySelwa e eu ficamos muito amigas. Ela era tão linda, fez figurinos incríveis de pérolas, tinha o cabelo que quase tocava o chão, e era uma dançarina fabulosa. Pedi a Fadil que me permitisse redecorar o camarim. Selwa me ajudou. Arrumei quadrados de carpete de graça e fiz uma nova capa para o piso. Nós pintamos a porta e madeira, e colocamos um papel brilhante azul e prata nas paredes e no teto, que fez com que o quarto se iluminasse. Então, o convenci em me deixar redecorar o local onde toda a publicidade para o clube era vista pelo público. Drapeei um veludo roxo, pedi a todas dançarinas suas melhores fotos de publicidade, e as enquadrei uma folha dourada, e fiz um layout agradável. Isso deve ter sido em 1974. Quando voltei de Londres para ver todo mundo, em 1984, minha foto ainda estava lá e a mesma tela com algumas fotos diferentes nos outros quadros. Minha foto foi exibida durante dez anos em North Beach. Trouxe-a e ainda tenho aquela foto desbotada. 

Aida estava sempre ocupada produzindo o Bal Anat. Ela era o maior suporte de Jamila. Ensaiava os músicos, ajudava as dançarinas com os figurinos, trabalhando com os adereços, ajudando dançarinas com suas performances. Eu tinha comprado uma espada no Lion and The Sun e estava praticando meu equilíbrio. Esperava ser uma dançarina de espada algum dia. 

Jamila foi convidada para ser um artista de destaque em uma convenção de dança do ventre em Las Vegas. Ela estava levando algumas de suas dançarinas e me pediu para fazer um desfile de moda com meus figurinos. Tive que vestir cerca de sete dançarinas; cada um de nós mudou uma vez de roupa, então havia quatorze figurinos diferentes. Estávamos dançando, ao invés de desfilar. O desfile tinha música ao vivo, e precisou um pouco de organização para que todas as dançarinas trocassem de roupa e dançassem. Mas foi tudo um sucesso. 

Aboud Abdel Al chegou a San Francisco com sua orquestra. Ele tinha vindo de Londres, onde havia se apresentado após deixar Beirute por causa da Guerra Civil. Fadil tinha arranjado para este famoso grupo, gravar um álbum com ele. A música que estava tocando era muito diferente do que a música com a qual normalmente dançávamos. Eles fizeram um álbum com George Elias também e a música de entrada, Siqa, era bonita, mas eu não sabia como dançar. Aboud disse que deveria vir a Londres para dançar. Ele disse que poderia dançar em Omar Khayyam. Soube então que eu ia viajar e, eventualmente, iria para o Oriente Médio. Entendi também que precisaria fazer alguns trajes bordados me tornar mais glamourosa. Comecei minha coleção, para uma nova carreira. 

Já estava dançando em San Francisco por três anos. Agora era 1976. Não queria dançar em qualquer outro lugar nos EUA, e tudo que eu conseguia pensar era em chegar ao coração da cultura do Oriente Médio. Estava guardando meu dinheiro e agora começava o processo de preparação para dançar em Londres. Fiz um cinto de contas de azeviche e prata e um sutiã, comprei um tecido de paetês em preto e em prata, que costurei em saias rodadas. Então, fiz um traje strass com as cores de um pavão, um traje bordado em dourado. Também fiz várias saias para cada um, para fazer muitas combinações. Quando tinha seis figurinos, eu pensei que estivesse preparada. Fui a Nova York para dançar no casamento da minha irmã. Enquanto estava lá, fiz uma sessão de fotos com um famoso fotógrafo de moda. De volta a San Francisco, os meus últimos meses foram gastos para vender minhas posses e carro, comprar todas as minhas necessidades de viagem, meu passaporte, a organização da publicidade e portifolios, encerrando todos os meus negócios. A minha última noite no Casbah foi muito emocional. Fadil fez um belo discurso, quando ele me anunciou pela última vez. Eu costumava fazer videos dos meus shows, e tenho este ainda. Meu último fim de semana, North Beach Leather deu uma festa de despedida para mim na Bimbo com 350 pessoas. Levei a banda do Casbah com Fadil, e Aida cantou. Foi realmente uma grande despedida! 

Na manhã da minha partida, Aida veio se despedir. Ela me deu a Mão de Fátima, que foi um presente de Jamila, e disse que era para me proteger. Fui para Londres com a minha tabla sob meu braço, minha espada em um case sobre o meu ombro, uma bagagem de mão com os meus três trajes de moedas, assuit e snujs. Havia quatro malas de roupas e figurinos. Minha bagagem muito acima do peso. 

Selwa me levou para o aeroporto e deixei os Estados Unidos com o meu coração cheio de expectativa, o meu espírito voava com a alegria, pois estava fazendo que havia sido feita para fazer. Estava criando minha vida como uma aventura, estava fazendo o meu próprio destino: isto era meu Kismet!



Fonte:
** Tradução livre - Carine Würch **


31 de outubro de 2014

167 - ASMAHAN

167 por Carine Würch - SEMANA 22

Minha aventura começa! por Asmahan - PARTE 2

Galya
Pedi a Masha que me ajudasse a encontrar moedas árabes para um traje, tecido assuit, e muitas jóias turcas. Era difícil conseguir moedas do Oriente Médio na época, então comprei algumas moedas inglesas dela, apenas para ter alguma coisa. As pintei para que parecessem que vieram de algum país exótico do Oriente Médio! 


Minha grande ídola na dança era Galya. Costumava ir vê-la no Greek Taverna em Oakland. Ela sempre foi tão gentil, prestativa e solidária. Ela me deu o seu cartão de visita, que tinha uma foto maravilhosa - ainda a tenho, e fiz uma grande cópia colorida a partir dele. 





Aida
Aida sempre foi muito útil também. Eu tinha um monte de dificuldade de entender a música e a complexidade dos ritmos dos snujs, padrões de quadril e footwork, todos trabalhando juntos em uma espécie de oposição. Aida, ex-cantora de ópera, tocava o mizmar, por isso ela entendia muito sobre música. Ela me deu algumas aulas particulares. Eu fiz-lhe uma saia e véu que ela amava. 

Em 1973, fui ao Casbah ver o show muitas vezes. Quando fiz o teste, Fadil disse que poderia começar em alguns meses, assim que houvesse uma abertura.

No BagdadYousef me contratou na hora e disse que poderia começar imediatamente, mas não quis. Foi-me oferecido um emprego no Greek Taverna por quatro noites por semana, incluindo uma noite a cada fim de semana. Era um belo restaurante de estilo familiar e uma ótima maneira de começar a experiência de palco. As gorjetas eram fantásticos, e eu podia comprar todas as semanas novos tecidos e jóias. 

Jamila tinha um estilo, que ela chamou de pré-napoleônica, isso significava: materiais árabes antes da influência da cultura ocidental. 

Fiz um cinto de moeda e sutiã de moedas de bronze marroquinas que comprei de Masha. Trabalhei para o Lion and the Sun, que era uma loja de importação persa. Eles tinham tecidos persas maravilhosos e jóias. Consegui moedas persas lá para fazer um cinto de prata e sutiã. Projetei cintos para que eles produzisse e fez figurinos para eles venderem. 

Fadil 
Depois de alguns meses Fadil me deu algumas noites no Casbah. Era tão competitivo! Havia cerca de cinco bailarinas por semana, chegando para trabalhar. O ambiente era fantástico, a música maravilhosa. Fadil tem a voz mais bonita. Ele fez essas boas versões de Abdul Halim HafezOm Kalsoum, e Farid el Atrache. Ele estava sempre cantando as músicas mais recentes do Golfo com os ritmos Ayoub, que eu amava. Tive aulas de derbak com o músico de tabla do BagdadGeorge Dabai. Isso me ajudou a me tornar uma dançarina melhor, enquanto aprendia os padrões rítmicos. Ele me ensinou a tocar def, então, tocava no palco com os músicos no primeiro set. Este era um sonho se tornado realidade. Jalal e Salah eram músicos maravilhosos; eles tocavam músicas persas, turcas e árabes. Os clubes entretinham muitos árabes, incluindo os príncipes da Arábia Saudita (que pareciam estar todos estudando em na Universidade de Stanford). Um dos clientes favoritos era o príncipe Musab al Saud. Na minha primeira noite, ele me elogiou e disse que parecia uma egípcia. Ele queria me comprar uma bebida. Eu nunca tinha tido qualquer tipo de álcool na minha vida. Perguntei a Musab o que ele estava bebendo, ele disse uma cerveja, então escolhi o mesmo. 

Minha primeira bebida foi uma cerveja com o filho do rei da Arábia Saudita

No Casbah, nesse momento, as bailarinas eram: 
AidaRainaSafiaSelwaRhea, e Princess Samia Nasser. Meus figurinos eram "pré-napoleônicos", e com três shows por noite, (eu tinha que ter três trajes diferentes) eram muito pesados para carregar. Aida disse-me onde conseguir uma mala com rodinhas. Elas eram raras de encontrar naquele tempo. 

Todos as outras dançarinas usavam trajes bordados. Fiquei chocada que a única dançarina árabe, Samia Nasser, usava as cores mais ultrajantes, muito pálidas, usava sapatos de salto alto, tinha cabelo curto vermelho-alaranjado, e um olhar que só pode ser descrito como "Plastic Fantastic". 

Samia era muito doce e costumava me dar conselhos. Muitas vezes pedi a ela para me contar sobre os bailarinos no Oriente Médio. Ela me disse que todos os bailarinos profissionais usavam trajes bordados ​​e muito glamourosos. Além disso, ela me disse que não estava tirando o melhor proveito do meu look. Ainda frequentava aulas, que continuei a fazer pelo tempo dancei profissionalmente. 



Senti que havia sempre algo para trabalhar e mais, para aprender. Assisti todas as dançarinas e aprendi muito! RainaSafia, e Selwa eram realmente lindas e usavam trajes muito sensuais. Entendia que as minhas moedas, pulseiras de metal, tecidos antigos, cocares turcomanos, não eram tão atraentes para os clientes. Precisávamos ir até as mesas para as gorjetas, era esperado fazermos um bom dinheiro, e era a tradição dar metade do dinheiro para a banda. George, o porteiro, era um personagem a parte, ele usava um fez (barrete árabe) e entertia os clientes com latidos e dançando, para que eles entrassem. Haroun, o barman, parecia um personagem de um filme. Na verdade, a atmosfera no Casbah era como estar em um filme (como "Casablanca"). Eu estava apaixonada por minha nova vida: vestir me com figurinos árabes toda a noite, maquiagem dramática - olhos pretos delineados, usando montes de jóias pesadas, arrumando figurinos, vendo todos esses personagens incríveis, e estar rodeado por esta música fabulosa!


SEGUE ... 

Fonte:
** Tradução livre - Carine Würch **


30 de outubro de 2014

168 - ASMAHAN

168 por Carine Würch - SEMANA 22

Minha aventura começa! por Asmahan - PARTE 1

Vivenciar a Renaissance Faire foi uma experiência que mudaria minha vida! Depois de terminar os meus estudos universitários, trabalhei como designer, e morei em Marin County, Califórnia, onde tive uma bela loja, "Aquarian Princess". Projetava e fazia roupas de alta costura, jóias e vestidos de noiva. Mesmo lojas na Rodeo Drive, em Beverly Hills estavam mostrando minha roupa em suas vitrines. Minha vida era fantástica. Estava quase noiva de um homem fabuloso, que apoiou a minha carreira artística, e tinha uma casa maravilhosa. Tinha um grande círculo de amigos e uma vida social fantástica. 

Bal Anat Troupe
Em setembro, eu ajudei uma grande amiga com sua estande na Renaissance FaireÀs 9:30 em um sábado de manhã, vi uma performance do Bal Anat

A primeira bailarina que eu vi foi Jamila Salimpour.

Depois Meta equilibrando uma bandeja, Aida dançando com véu, Rebaba dançando com um jarro, e Rhea dançando com uma espada. Galya dançou a última música, tocando snujs, fazendo floorwork e um solo de derbak. 

Todas as dançarinas do coro tocavam instrumentos autênticos. O som dos tambores, santour, mizmar, snujs, e acompanhado por zagareet (ululação), era o som mais exótico que tinha ouvido. Os figurinos de assuit, cintos de moedas e sutiãs, jóias, véus e belos tecidos esvoaçantes me encantou. Esta foi a primeira vez na minha vida tinha visto dança árabe e ouviu música árabe. Foi como uma experiência religiosa. 

Fui até Jamila após o show e disse que era a coisa mais linda que já tinha visto. Ela pegou minha mão e disse: "Você parece com uma egípcia, venha dançar comigo." Vi meu futuro. Usaria todas as minhas habilidades de design para fazer figurinos e me tornar uma dançarina. Foi como fugir para se juntar ao circo! 

Vendi minha loja e me mudei para a cidade para estudar com Jamila. Estava na sala de aula com Masha Archer, quem conhecia da Alameda Flea Market, onde costumava ir todos os domingos para comprar os tecidos para o meu design de roupas. As aulas eram muito difíceis e competitivas. Precisávamos tocar snujs (sagaat) (ou zills como Jamila chamado-os na língua turca). Nosso estilo era o estilo clássico árabe turco, com véus, tocando snujs, fazendo floorwork acrobático e solos de derbak. Assistia três aulas por semana e praticava em casa todos os dias. Um dia, disse a Jamila que queria ser uma dançarina profissional, ela disse: "Então você deve ter um nome!" 

Em um instante, ela disse: "Você vai ser Asmahan." 
SEGUE... 


** Tradução livre - Carine Würch **