Entrevista elaborada por Carine Würch para os participantes do General Skills e Teacher Training com Carolena Nericcio e Megha Gavin, em abril de 2015 em São Paulo.
Conte uma breve trajetória da sua dança. (Carol Freitas)
Bom, eu comecei no balé clássico com 4 anos. E sempre que eu ia dormir, o meu avô e minha mãe me contavam histórias das culturas: greco-romana, egípcia, celta, nórdica, hindu. Quando eu entrei na pré-adolescência meu corpo mudou bastante. Tinha mais seios, mais quadril do que as outras meninas. E isso não era nada bom para os padrões do balé clássico. Antes das apresentações, a professora colocava faixas em mim para diminuir tamanho de seios e coxas.
Eu quase desisti de dançar. Porque eu comecei a me achar feia, que nada estava bom o suficiente. E durante esse período, graças às histórias que sempre ouvi quando pequena, eu comecei a ler sobre uma dança que a essência era o feminino: dança do ventre.
Comecei a fazer a adorei! Eu era aceita, todas eram! Mas eu ainda sentia falta de algo, porque eu gostava de dançar outros tipos de música, de colocar movimentos de dança irlandesa ou flamenco ou do balé. E eu gostava dos aspectos teatrais, pois sempre gostei de dançar criando um personagem e histórias. Foi quando eu vi um vídeo de uma mulher dançando toda misteriosa, com tatuagens... e eu pensei: pronto! É isso que faltava!
Bom, eu comecei no balé clássico com 4 anos. E sempre que eu ia dormir, o meu avô e minha mãe me contavam histórias das culturas: greco-romana, egípcia, celta, nórdica, hindu. Quando eu entrei na pré-adolescência meu corpo mudou bastante. Tinha mais seios, mais quadril do que as outras meninas. E isso não era nada bom para os padrões do balé clássico. Antes das apresentações, a professora colocava faixas em mim para diminuir tamanho de seios e coxas.
Eu quase desisti de dançar. Porque eu comecei a me achar feia, que nada estava bom o suficiente. E durante esse período, graças às histórias que sempre ouvi quando pequena, eu comecei a ler sobre uma dança que a essência era o feminino: dança do ventre.
Comecei a fazer a adorei! Eu era aceita, todas eram! Mas eu ainda sentia falta de algo, porque eu gostava de dançar outros tipos de música, de colocar movimentos de dança irlandesa ou flamenco ou do balé. E eu gostava dos aspectos teatrais, pois sempre gostei de dançar criando um personagem e histórias. Foi quando eu vi um vídeo de uma mulher dançando toda misteriosa, com tatuagens... e eu pensei: pronto! É isso que faltava!
O que fez você escolher fazer o curso com Carolena Nericcio?
Minha primeira aula de Tribal Fusion foi com a Paula Braz, uma professora que tenho um carinho muito especial. Também fiz aulas com outras professoras e professores. Um dia, em uma aula teórica com a Paula, aprendi o que veio antes do Tribal Fusion: ATS®. E que a criadora deste estilo estava por aí linda, se apresentando e ensinando.
Eu logo pensei: preciso fazer aulas com a Carolena! Quantas pessoas têm a chance de fazer aula com a criadora do estilo??
Eu já estava me preparando para ir aos USA, quando chegou a notícia: a Carolena, a mãe do ATS®, vem para o Brasil. Eu simplesmente não podia perder essa oportunidade!
Você já fazia aulas regulares de ATS? Participa de algum grupo/ trupe que se dedica ao estilo?
O grupo de dança que eu fazia parte se chamava Filhas da Lua. Éramos um trio: Shabbanna Dark, Walkiria Eyre e eu. Minhas irmãs de dança e coração! Nós sempre nos colocamos como um grupo Vaudeville Avant-Garde Fusion. Nunca tinha feito aulas regulares de ATS®. Tudo o que eu aprendi foi com DVDs do FatChanceBellyDance®, DVD da Rebeca Piñeiro e um workshop com a Isabel de Lorenzo, que veio aqui no DF e nos deu um gostinho do ATS®.
Na sua opinião, qual a maior dificuldade dentro do curso? (desafios físicos, mentais, financeiros?)
Para mim, os maiores desafios foram mentais e físicos. Eu tenho depressão e hipotireoidismo. E o ano passado e o início deste ano foram muito difíceis para mim. A minha depressão voltou com força total e o problema da tireoide também. Até cheguei a pensar em desistir da dança. Então, esse curso também me serviu como um desafio: eu precisei voltar a acreditar em mim.
Com esta formação, pretende dar aulas regulares de ATS?
Mas é claro que sim! Eu não consigo aprender algo e ficar só para mim. Eu tenho essa necessidade de sair espalhando, dividindo o que aprendi! Adoro! Claro que com o compromisso: turma de Tribal Fusion e turma de ATS® separadas!
O que mais você absorveu de toda esta experiência?
Aprendi a acreditar e a confiar mais em mim de novo. E reforçou algo que eu sempre valorizei muito: o trabalho em equipe e o respeito pelas suas colegas de dança.
Como é ter aulas com a criadora do Estilo? Sua percepção em relação a Carolena (mãezona? Rígida? etc) é diferente do que você imaginava anteriormente? Conte-nos. :)
Ter aula com a criadora do estilo é algo maravilhoso! Você bebe na nascente! Ela explica o porquê dos passos, você escuta dela mesma como que tudo isso aconteceu. Carolena nos acolheu, respondeu nossas dúvidas e cobrou disciplina. Ou seja, uma mãe!
Antes de fazer o curso, eu escutei de muita gente que ela era rígida, uma pessoa muito difícil. Eu fui pro curso pensando "caramba, ela deve ser parente da minha antiga professora de balé!".
Já imaginei a Carolena passando no meio de nós, todas em filas perfeitas executando os exercícios... e Carolena com uma vara na mão corrigindo tudo. Mas ela não fez nada disso, claro! Ela não era isso.
Carolena apenas é de uma cultura diferente. Mas é algo que eu já estou acostumada, porque eu também tive uma criação diferente. Enquanto ela fala, não gosta de ser interrompida. E quando você falava algo, ela também não te interrompia.
Carolena é pontual e cobrou isso. O que foi ótimo, porque muita gente aprendeu a ter disciplina e Carolena conseguiu cumprir todo o cronograma dela conosco.
Deixe uma mensagem para nossas leitoras.
Aprenda a respeitar os seus limites e o das suas colegas, porque o ATS® não acontece sozinho. É um trabalho em equipe. Tem que aprender a dominar o ego, a confiar em si e em suas companheiras. Criar uma conexão. Assim, todas dançam, todas brilham e todas se divertem. E público também se diverte, pois toda essa energia é passada para a plateia =)
http://pilaresdotribal. blogspot.com.br/2015/04/ carolena-no-brasil-2-dia- carolena-e.html (nesse link tem fotos minhas com a Maria Badulaques e a Raisa, minhas duas grandes companheiras de curso, de almoço, de desabafos!)
A primeira foto que eu a Raisa Latorraca, logo depois que recebemos nossos certificados! Aqui no DF somos as primeiras. Uma grande honra e responsabilidade.
A outra foto é com a Grande Mãe Carolena Nericcio. Segurando muito para chorar neste momento!(Carol Freitas)
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