9 de abril de 2015

PILARES ENTREVISTA - EMINE DI COSMO - PARTE 1

Emine e Carolena -  foto de Freddie Kaz

06 por Maria Badulaques - SEMANA 45

Entrevista com a Sister Studio Emine, uau!!!

Emine baila na Argentina e de lá nos enviou essa entrevista que compartilhamos com vocês, vamos a uma breve biografia.

Emine Di Cosmo foi pioneira no estilo tribal estudo e ensino de dança do ventre, na Argentina. Ela começou seu treinamento como uma autodidata, quando não havia instrutores do estilo em seu país, e continuou aprendendo e se aperfeiçoando com Carolena Nericcio (sua primeira professora e referência eterna), Megha Gavin, Kristine Adams, Kae Montgomery, Wendy Allen, Sandy Boll... Emine tem trabalhado duro por mais de sete anos para introduzir e difundir na Argentina o ATS® em seu formato original, formou os principais dançarinos de estilo em seu país e participou de inúmeros eventos nacionais e internacionais de ensino e oficinas de dança dentro do país e no Uruguai, Chile, México, Brasil, EUA, Espanha e Itália.

Em 2014 ela recebeu o prêmio pelo conjunto de seu trabalho da revista Infoárabe em "Prêmios Infoárabe 2014".

Agora nossa conversinha...

Quando e como foi Seu Primeiro Contato com o ATS? Meu primeiro contato com o ATS foi através de vídeos e fóruns na Internet. Na época, o ATS me interessava  por ser a mãe da fusão e, como tal, é considerada essencial para ser uma dançarina com bases fortes. Em 2008, tive a oportunidade de viajar para o México para participar da "Pura Tribal" com Carolena Nericcio e Megha Gavin, foi quando me apaixonei definitivamente pelo estilo e decidi continuar a aprofundar o meu conhecimento, para aperfeiçoar e assumir a tarefa árdua, mas bonita de apresentar e transmitir em meu país respeitando o FatChanceBellyDance formato original e os ensinamentos de Carolena.

Buscar o Sister Studio foi processo natural? Como foi essa experiência? Foi um processo absolutamente natural. Em 2008, quando eu estudei o "Tribal Pura" Carolena falou de workshops intensivos onde ensinou tudo sobre ATS (General Skills), e a possibilidade de obter a certificação como professor (formação de professores). Eu não tinha interesse em obter um certificado, eu só queria dançar o ATS sem limites. Eu amei o que Carolena e Megha tinha nos ensinado, e queria mais do que isso!

Por dois anos eu continuei a minha formação autodidata, e em 2010 viajei para Los Angeles para participar do General Skills. No "Pura Tribal" Carolena nos  disse que era melhor fazer o General Skills, estudar um ano para praticar e aperfeiçoar o conteúdo e, em seguida, tomar a Formação de Professores, então é isso que eu fiz.

Finalmente, em 2012, eu pude viajar para participar da Formação de Professores, tive que atravessar o oceano e chegar à Suíça para fazê-lo. Naquele mesmo ano trouxe Carolena Nericcio a Argentina, sua primeira vez na América do Sul.

Comentário: DETERMINAÇÃO!!!!

Estamos aguardando a chegada de Carolena e Megha, pela primeira vez no Brasil que dicas você daria para quem está se preparando para o General Skills e o Sister Studio? Minha recomendação é para abrir seus corações e entregar-se à magia do ATS, Carolena e Megha. O ATS tem crescido muito nos últimos anos, e hoje há um estudo febril com Carolena e  a busca do certificado. Minha recomendação é para estudá-la com a inocência que nos dá o amor, aprender, observar, nutrir a cada segundo, a cada movimento, deixe os pensamentos de lado e se deixe fluir.

Quanto tempo entende ser necessário para se preparar para um Sister Studio? Não acho que há um tempo certo. É algo muito pessoal que tem a ver com as expectativas pessoais e profissionais de cada um. Ser Sister Studio é assumir o compromisso de apresentar o ATS em seu formato original e de pertencer a uma comunidade que honra e respeita esta forma de dança, o seu criador e da própria comunidade.

O que mudou em sua vida após o Sister Studio? 
Bem, como eu disse antes, tornando-se a Irmã Estúdio para mim foi um processo muito natural e gradual. Não houve mudanças abruptas na minha carreira. No entanto, a sensação de ser oficialmente parte de uma comunidade que trabalha no crescimento e proteção desse estilo de dança e sua filosofia é grande.

Assisti a apresentação do seu grupo durante o ATS HomeComing e me emocionou ouvir a música típica da Argentina como abertura. Fale sobre essa escolha. 
ATS HomeComing
Eu sempre gostei de usar a música espanhola, música que um expectador ocidental não tem a menor ideia do mundo oriental  e assim com a música espanhola pode se sentir conectado. Eu gosto de músicas que dizem algo, não expressam apenas emoções abstratas, mas se envolve com social e transmite um pensamento, uma ideologia, canções que ensinam algo ou nos convidam a refletir.
A apresentação no ATS HomeComing foi com a  MEM Tribe, um grupo formado em 2008 com Lore e Cecy Rojas García (do México). Os três se encontraram no "Pura Tribal" e temos sido grandes parceiras nesta aventura chamada "Tribal". Em nosso trabalho, tanto ATS e Fusão de música sempre usamos espanhol, então era natural que apresentássemos no ATS Mostra algo que tinha a ver com a nossa essência.
A canção "Cinco séculos" de León Gieco, falando do saqueamento sofrido pelos povos nativos da América por seus colonizadores europeus. Eu acho que a história nos une muito, há o sofrimento dos povos colonizados por todo o mundo (incluindo os povos do oriente). Portanto, é uma música que tem um peso muito forte.


Comentários: Faz todo sentido pra mim, as palavras de Emine!!! Todo!!! Tanto no que diz respeito a certificação e esse estudo pausado, quanto com a escolha das músicas do repertório. Acredito no poder da mensagem... e quando fundida a dança nos provoca uma sensação de conexão fortíssima. Quem viu o vídeo do ATS HomeComing? Super recomendo, belíssimo!!! Confere aí, na página do HomeComing no facebook:

https://www.facebook.com/video.php?v=943047662373708&set=vb.132394420105707&type=3&video_source=pages_video_set

Xeros e vamo que vamo, amanhã segunda parte do papo com Emine.
Força-foco-fé.


VERSIÓN EN ESPAÑOL

Emine Di Cosmo ha sido pionera en el estudio y la enseñanza de la danza del vientre estilo tribal en Argentina. Comenzó su formación como autodidacta cuando no había maestras del estilo en su país, y continuó aprendiendo y perfeccionándose con Carolena Nericcio (su primer maestra y eterna referente), Megha Gavin, Kristine Adams, Kae Montgomery, Wendy Allen, Sandy Ball... Emine ha trabajado arduamente durante más de siete años para presentar y difundir en Argentina el ATS® en su formato original, ha formado a las principales bailarinas del estilo en su país y ha participado de numerosos eventos a nivel nacional e internacional dictando talleres y bailando en el interior del país y en Uruguay, Chile, Mexico, Brasil, USA, España e Italia.

En 2014 recibió el premio a la trayectoria otorgado por la revista Infoárabe en los "Infoárabe Awards 2014".
Emine ama el ATS® por la belleza de su formato y la intensidad de su espíritu/ filosofía. Además es bailarina y maestra de danza del vientre fusión tribal y su propio estilo alternativo que ha tenido la oportunidad de presentar junto a la disuelta banda de rock argentino "Los Piojos" ante más de 80.000 personas en el Estadio River Plate y con televisación a nivel nacional."

Quando e como foi seu primeiro contato com o ATS?

Mi primer contacto con el ATS fue a través de videos y foros en Internet. En su momento el ATS me interesaba por ser la madre de la fusión, y como tal lo consideraba imprescindible para ser una bailarina con bases sólidas. En el año 2008 tuve la oportunidad de viajar a México a cursar el “Tribal Pura” con Carolena Nericcio y Megha Gavin, fue entonces cuando me enamoré definitivamente del estilo y decidí continuar profundizando mis conocimientos, perfeccionarme y emprender la ardua pero hermosa tarea de presentarlo y difundirlo en mi país respetando el formato original de FatChanceBellyDance y las enseñanzas de Carolena.


Buscar o sister studio foi um processo natural? quando aconteceu e como foi essa experiência?

Fue un proceso absolutamente natural. En el 2008 cuando cursé el “Tribal Pura” Carolena nos habló de unos talleres intensivos donde enseñaba todo el ATS (General Skils), y de la posibilidad de certificarnos como maestras (Teacher Training). Yo no tenía interés en obtener ningún certificado, yo simplemente quería poder bailar el ATS sin límites. Estaba enamorada de lo que Carolena y Megha nos habían transmitido, y quería más de eso!
Durante dos años continué mi formación de forma autodidacta, y en el 2010 viajé a Los Ángeles a cursar el General Skils. En el “Tribal Pura” Carolena nos había dicho que lo mejor era tomar el General Skils, darnos un año para practicar los contenidos y perfeccionarnos y luego cursar el Teacher Training, así que eso fue lo que hice.
Finalmente en el 2012 pude viajar a cursar el Teacher Training, tuve que cruzar el océano y llegar hasta Suiza para hacerlo.
Ese mismo año la traje a Carolena Nericcio a la Argentina, siendo su primera vez en Sudamérica.

Estamos aguardando a chegada de Carolena e Megha, pela primeira vez no Brasil que dicas você daria para quem está se preparando para o General Skill e o Sister Studio?

Mi recomendación es que abran sus corazones y se entreguen a la magia del ATS, de Carolena y Megha. El ATS ha crecido muchísimo en los últimos años, y hoy en día existe una fiebre por estudiar con Carolena y certificarse. Mi recomendación es que estudien con ella con la inocencia que nos da el amor, aprendan, observen, nútranse de cada segundo, de cada movimiento, dejen los pensamientos de lado y fluyan.

Quanto tempo em média você acredita ser necessário para se preparar para o Sister Studio?

No creo que haya un tiempo. Es algo muy personal que tiene que ver con las expectativas personales y profesionales de cada una. Ser Sister Studio es asumir el compromiso de presentar el ATS en su formato original y de pertenecer a una comunidad que honra y respeta esta forma de danza, a su creadora y a la comunidad en sí misma.

O que mudou em sua vida após o Sister?

Bueno, como te contaba anteriormente, el llegar a ser Sister Studio para mi fue un proceso muy natural y paulatino. No hubo cambios bruscos en mi carrera. Sin embargo el sentimiento de ser oficialmente parte de una comunidad que trabaja en el crecimiento y la protección de este estilo de danza y su filosofía es estupendo.


Assisti a apresentação do seu grupo durante o ATS HomeComing e me emocionou ouvir a música típica da Argentina como abertura. Fale sobre essa escolha.

Siempre me gustó utilizar música en español, música con la que un espectador occidental que no tiene idea del mundo oriental pueda sentirse conectado. Me gustan las canciones que dicen algo, que no expresan sólo emociones abstractas, sino que se involucran con lo social y que transmiten un pensamiento, una ideología, las canciones que enseñan algo o que nos invitan a reflexionar.
La presentación en el ATS Homecoming fue con Tribu MEM, un grupo que formamos en el 2008 con Lore Rojas y Cecy García (de México). Las tres nos conocimos en el “Tribal Pura” y hemos sido grandes compañeras en esta aventura llamada “Tribal”. En nuestros trabajos tanto de ATS como de Fusión siempre utilizamos música en español, por lo tanto fue normal que en el ATS Homecoming presentáramos algo que tenía que ver con nuestra esencia.


La canción “Cinco siglos igual” de León Gieco, habla del saqueamiento que han sufrido los pueblos originarios americanos por parte de los colonos europeos. Creo que esa historia nos une mucho al sufrimiento que han padecido los pueblos colonizados en todo el mundo (incluyendo los pueblos de oriente). Así que es una canción que tiene un peso muy fuerte.

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